A Porsche AG anunciou hoje que o 911 Speedster pode esgotar já em Outubro. O automóvel custa 275 mil dólares (201400 euros) e as encomendas aumentam a cada hora que passa.
Os automóveis começam a ser distribuídos em Novembro e a produção está limitada a 356 viaturas, avança a Bloomberg.
As previsões vendas de automóveis de luxo para este ano são favoráveis à indústria, garantem a Daimler e a BMW. Já a Volkswagen afirma acreditar que os carros de luxo que estão a apresentar também vão esgotar.
FONTE: http://www.ionline.pt/conteudo/81165-crise-porsche-speedster-pode-esgotar-ja-em-outubro
30 de setembro de 2010
EUA: Menino de três anos leva marijuana para a escola
Um menino de três anos foi apanhado com 20 gramas de marijuana numa escola pré-primária de Lake City, na Florida (EUA), depois de ser denunciado à professora por um colega.
Uma busca permitiu encontrar dois saquinhos de marijuana, que a criança afirmou pertencerem ao seu pai.
Suspenso pela escola durante o resto do dia, o jovem foi entregue à mãe, que negou ter qualquer conhecimento sobre a proveniência dos estupefacientes. Nada foi encontrado numa busca policial à casa onde residem.
Segundo a mãe, o menino terá "obtido a erva" na casa de um vizinho onde costuma ir brincar.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/eua-menino-de-tres-anos-leva-marijuana-para-a-escola
Uma busca permitiu encontrar dois saquinhos de marijuana, que a criança afirmou pertencerem ao seu pai.
Suspenso pela escola durante o resto do dia, o jovem foi entregue à mãe, que negou ter qualquer conhecimento sobre a proveniência dos estupefacientes. Nada foi encontrado numa busca policial à casa onde residem.
Segundo a mãe, o menino terá "obtido a erva" na casa de um vizinho onde costuma ir brincar.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/eua-menino-de-tres-anos-leva-marijuana-para-a-escola
Um erro para toda a vida
Às vezes é melhor não acreditar em tudo o que ouvimos na rádio. Há dez anos, David Winkelman ouviu um DJ da rádio 93 Rock oferecer um avultado prémio a quem tatuasse o logotipo da estação na testa.
Winkelman saiu a correr rumo ao salão de tatuagem e já não ouviu o DJ dizer que se tratava de uma brincadeira. Resultado: ficou marcado para toda a vida. Esta semana foi preso (desconhece-se o motivo) em Davenport, no estado norte--americano do Iowa, e a prova do erro lá está, bem visível, na fotografia tirada pela polícia.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/insolito/um-erro-para-toda-a-vida
Winkelman saiu a correr rumo ao salão de tatuagem e já não ouviu o DJ dizer que se tratava de uma brincadeira. Resultado: ficou marcado para toda a vida. Esta semana foi preso (desconhece-se o motivo) em Davenport, no estado norte--americano do Iowa, e a prova do erro lá está, bem visível, na fotografia tirada pela polícia.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/insolito/um-erro-para-toda-a-vida
29 de setembro de 2010
GNR critica aquisição de carros antimotim
Compra de blindados para cimeira da NATO é suportada pelo Governo Civil de Lisboa. Viaturas serão utilizadas pela PSP, que desconhecia o negócio
O dinheiro para aquisição de veículos blindados para intervenção urbana que irão ser utilizados em Lisboa, em Novembro, durante a cimeira da NATO, vai sair dos cofres do Governo Civil de Lisboa. São cinco milhões de euros que fazem parte dos lucros gerados em 2009 naquele organismo do Ministério da Administração Interna (MAI). As viaturas ainda não chegaram a Portugal e vários sectores dentro da PSP, que vai ser responsável pela utilização do novo equipamento, mostram algum receio por eventuais atrasos na formação do pessoal que os irá tripular. Mais críticos são os dirigentes da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), da GNR, que afirmam que tal compra é apenas um acto de duplicação de meios.
Ontem de manhã, depois de o Diário de Notícias ter noticiado a intenção de compra das viaturas antimotim sem que a PSP abrisse concurso público, a direcção nacional divulgou um comunicado em que afirmava não ir efectuar qualquer compra específica de material no âmbito das operações de segurança relativas à cimeira que irá decorrer nos dias 19 e 20 de Novembro.
Horas depois, também através de comunicado, o MAI contrariava a versão da PSP e admitia a compra dos veículos com recurso a verbas do Governo Civil de Lisboa. O ministério informava ainda que esta aquisição, tal como confere a lei, pode ser feita por ajuste directo.
Já durante a tarde, acabaria por ser a APG, ainda em comunicado, quem se insurgia contra o negócio, afirmando que o mesmo corresponde a uma duplicação de meios, uma vez que a GNR já possui viaturas idênticas. "Decisões deste tipo, bastante onerosas para os contribuintes, demonstram que a tutela tem as suas prioridades algo desfasadas daquilo que são as carências das forças de segurança", refere a nota de imprensa.
Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), da PSP, tem uma visão diferente da manifestada pela APG. Entende que as viaturas em causa fazem falta à polícia e até já haviam sido reclamadas quando da última visita do Papa. "Todo o equipamento de manutenção de ordem pública e pessoal é bem vindo, porque a PSP necessita estar sempre actualizada e de transmitir à população uma mensagem de capacidade e profissionalismo", disse ao PÚBLICO.
Apesar dos diversos contactos não foi possível apurar quais os blindados escolhidos pelo MAI e qual o país de origem. Sabe-se apenas que têm capacidade para transportar seis pessoas, capazes de intervir nos meios urbanos e que possuem algumas características específicas, como sejam o antifogo e a blindagem antimina.
As viaturas deverão ficar à guarda da Unidade Especial de Polícia (UEP), em Belas. Nesse corpo, que inclui cinco grupos de polícias especializados, contam-se polícias que já possuem experiência com viaturas idênticas, refere Paulo Rodrigues, apontando esse pessoal como os eventuais futuros condutores.
FONTE: http://jornal.publico.pt/noticia/29-09-2010/gnr-critica-aquisicao-de-carros-antimotim-20298390.htm
O dinheiro para aquisição de veículos blindados para intervenção urbana que irão ser utilizados em Lisboa, em Novembro, durante a cimeira da NATO, vai sair dos cofres do Governo Civil de Lisboa. São cinco milhões de euros que fazem parte dos lucros gerados em 2009 naquele organismo do Ministério da Administração Interna (MAI). As viaturas ainda não chegaram a Portugal e vários sectores dentro da PSP, que vai ser responsável pela utilização do novo equipamento, mostram algum receio por eventuais atrasos na formação do pessoal que os irá tripular. Mais críticos são os dirigentes da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), da GNR, que afirmam que tal compra é apenas um acto de duplicação de meios.
Ontem de manhã, depois de o Diário de Notícias ter noticiado a intenção de compra das viaturas antimotim sem que a PSP abrisse concurso público, a direcção nacional divulgou um comunicado em que afirmava não ir efectuar qualquer compra específica de material no âmbito das operações de segurança relativas à cimeira que irá decorrer nos dias 19 e 20 de Novembro.
Horas depois, também através de comunicado, o MAI contrariava a versão da PSP e admitia a compra dos veículos com recurso a verbas do Governo Civil de Lisboa. O ministério informava ainda que esta aquisição, tal como confere a lei, pode ser feita por ajuste directo.
Já durante a tarde, acabaria por ser a APG, ainda em comunicado, quem se insurgia contra o negócio, afirmando que o mesmo corresponde a uma duplicação de meios, uma vez que a GNR já possui viaturas idênticas. "Decisões deste tipo, bastante onerosas para os contribuintes, demonstram que a tutela tem as suas prioridades algo desfasadas daquilo que são as carências das forças de segurança", refere a nota de imprensa.
Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), da PSP, tem uma visão diferente da manifestada pela APG. Entende que as viaturas em causa fazem falta à polícia e até já haviam sido reclamadas quando da última visita do Papa. "Todo o equipamento de manutenção de ordem pública e pessoal é bem vindo, porque a PSP necessita estar sempre actualizada e de transmitir à população uma mensagem de capacidade e profissionalismo", disse ao PÚBLICO.
Apesar dos diversos contactos não foi possível apurar quais os blindados escolhidos pelo MAI e qual o país de origem. Sabe-se apenas que têm capacidade para transportar seis pessoas, capazes de intervir nos meios urbanos e que possuem algumas características específicas, como sejam o antifogo e a blindagem antimina.
As viaturas deverão ficar à guarda da Unidade Especial de Polícia (UEP), em Belas. Nesse corpo, que inclui cinco grupos de polícias especializados, contam-se polícias que já possuem experiência com viaturas idênticas, refere Paulo Rodrigues, apontando esse pessoal como os eventuais futuros condutores.
FONTE: http://jornal.publico.pt/noticia/29-09-2010/gnr-critica-aquisicao-de-carros-antimotim-20298390.htm
Cirurgia fatal sem culpados
Sem culpados. É assim que termina o caso da jovem de 25 anos que morreu três dias depois de ter feito uma lipoaspiração numa clínica privada, em Faro.
Depois de o Ministério Público ter acusado o médico, especialista em rins, de homicídio por negligência, a juíza de instrução criminal do Tribunal de Faro concluiu que o clínico que fez a cirurgia não deve ir a julgamento. A magistrada, após a fase de instrução, entendeu que não há indícios suficientes para imputar ao arguido a responsabilidade da morte de Fátima Santos. A cirurgia foi realizada a 12 de Janeiro de 2008 na EstéticAlgarve.
As dúvidas sobre as causas da morte foram cruciais para a decisão da juíza Ana Lúcia Cruz. Segundo o despacho de não pronúncia a que o CM teve acesso, "a autópsia realizada padeceu de insuficiências, designadamente por não se ter procedido a qualquer tipo de análises aos tecidos a fim de se poder determinar a concreta natureza das lesões cutâneas que a falecida apresentava, qual a sua causa e qual a sua relação com o evento morte que se veio fatalmente a verificar".
A autópsia indicou uma embolia pulmonar como causa de morte. No entanto, dois especialistas (um é o presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal, Duarte Nuno Vieira) colocaram em causa o relatório da autópsia. Por outro lado, a juíza concluiu que, após a cirurgia, o médico "efectuou observação clínica" e ministrou "medicação adequada aos sintomas apresentados".
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/cirurgia-fatal-sem-culpados
Depois de o Ministério Público ter acusado o médico, especialista em rins, de homicídio por negligência, a juíza de instrução criminal do Tribunal de Faro concluiu que o clínico que fez a cirurgia não deve ir a julgamento. A magistrada, após a fase de instrução, entendeu que não há indícios suficientes para imputar ao arguido a responsabilidade da morte de Fátima Santos. A cirurgia foi realizada a 12 de Janeiro de 2008 na EstéticAlgarve.
As dúvidas sobre as causas da morte foram cruciais para a decisão da juíza Ana Lúcia Cruz. Segundo o despacho de não pronúncia a que o CM teve acesso, "a autópsia realizada padeceu de insuficiências, designadamente por não se ter procedido a qualquer tipo de análises aos tecidos a fim de se poder determinar a concreta natureza das lesões cutâneas que a falecida apresentava, qual a sua causa e qual a sua relação com o evento morte que se veio fatalmente a verificar".
A autópsia indicou uma embolia pulmonar como causa de morte. No entanto, dois especialistas (um é o presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal, Duarte Nuno Vieira) colocaram em causa o relatório da autópsia. Por outro lado, a juíza concluiu que, após a cirurgia, o médico "efectuou observação clínica" e ministrou "medicação adequada aos sintomas apresentados".
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/cirurgia-fatal-sem-culpados
Mulheres obrigadas a urinar de pé
As estudantes da Universidade de Shanxi, na China, tiveram uma surpresa ao regressar de férias: em vez das sanitas nas casas de banho, depararam-se com... urinóis. A direcção da universidade decidiu instalar urinóis femininos porque chegou à conclusão de que, se as mulheres urinarem de pé gastam menos 160 toneladas de água por dia. Para que não haja dúvidas, foram colados nas paredes dos W.C. cartazes a explicar como usar os novos urinóis.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/insolito/mulheres-obrigadas-a-urinar-de-pe
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/insolito/mulheres-obrigadas-a-urinar-de-pe
Currículo para americano ver
Primeiro-ministro tem três currículos oficiais diferentes. José Sócrates aparece como fundador da JSD e licenciado em Coimbra no currículo oficial fornecido a uma universidade dos Estados Unidos.
José Sócrates "foi um dos fundadores da juventude do Partido Social Democrata" e estava "com 18 anos em Coimbra, onde se licenciou em engenharia civil". Estas são duas das informações do currículo oficial do primeiro-ministro no sítio da Universidade de Columbia, a propósito da recente visita de Sócrates a Nova Iorque.
Os novos dados agora apresentados contradizem outros currículos anteriores do primeiro-ministro. Quanto à sua passagem pelo PSD, no sítio do PS, na internet, é apenas indicado que "pouco depois do 25 de Abril, com 16 anos, ingressou na JSD, saindo em ruptura logo no ano seguinte", em 1975. Sócrates fez, de facto, parte da JSD da Covilhã, mas não consta da lista de fundadores.
Nos estudos de Sócrates, que tanta polémica já provocaram, verificam-se outras indicações contraditórias. Enquanto secretário-geral do PS, aparece como sendo "licenciado em Engenharia Civil" – na Universidade Independente e não em Coimbra –, com "uma pós-graduação em Engenharia Sanitária, na Escola Nacional de Saúde Pública".
Já como primeiro-ministro, o currículo oficial avança que "é licenciado em Engenharia Civil e tem uma pós-graduação em Gestão de Empresas (MBA)".
Finalmente, no currículo da Universidade de Columbia, onde o primeiro-ministro deu uma palestra na sexta-feira, como convidado proposto pelo ex-ministro da Economia Manuel Pinho, afirma-se que "recebeu um MBA em 2005" no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa e "foi engenheiro técnico na Câmara da Covilhã".
A universidade americana garante que todos os dados são "fornecidos pelo gabinete do primeiro--ministro, José Sócrates". Porém, fonte oficial do gabinete disse ao CM que "não houve qualquer contacto prévio" com a Universidade para a elaboração do currículo: "Os serviços fornecem a biografia disponível no sítio do Governo."
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/curriculo-para-americano-ver220839753
José Sócrates "foi um dos fundadores da juventude do Partido Social Democrata" e estava "com 18 anos em Coimbra, onde se licenciou em engenharia civil". Estas são duas das informações do currículo oficial do primeiro-ministro no sítio da Universidade de Columbia, a propósito da recente visita de Sócrates a Nova Iorque.
Os novos dados agora apresentados contradizem outros currículos anteriores do primeiro-ministro. Quanto à sua passagem pelo PSD, no sítio do PS, na internet, é apenas indicado que "pouco depois do 25 de Abril, com 16 anos, ingressou na JSD, saindo em ruptura logo no ano seguinte", em 1975. Sócrates fez, de facto, parte da JSD da Covilhã, mas não consta da lista de fundadores.
Nos estudos de Sócrates, que tanta polémica já provocaram, verificam-se outras indicações contraditórias. Enquanto secretário-geral do PS, aparece como sendo "licenciado em Engenharia Civil" – na Universidade Independente e não em Coimbra –, com "uma pós-graduação em Engenharia Sanitária, na Escola Nacional de Saúde Pública".
Já como primeiro-ministro, o currículo oficial avança que "é licenciado em Engenharia Civil e tem uma pós-graduação em Gestão de Empresas (MBA)".
Finalmente, no currículo da Universidade de Columbia, onde o primeiro-ministro deu uma palestra na sexta-feira, como convidado proposto pelo ex-ministro da Economia Manuel Pinho, afirma-se que "recebeu um MBA em 2005" no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa e "foi engenheiro técnico na Câmara da Covilhã".
A universidade americana garante que todos os dados são "fornecidos pelo gabinete do primeiro--ministro, José Sócrates". Porém, fonte oficial do gabinete disse ao CM que "não houve qualquer contacto prévio" com a Universidade para a elaboração do currículo: "Os serviços fornecem a biografia disponível no sítio do Governo."
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/curriculo-para-americano-ver220839753
Dívida custa 14 mil € a cada cidadão
Encargos com juros sobem 645 milhões de euros em 2010. Estado irá terminar ano com uma dívida de 142,2 mil milhões de euros. Cada português pagará 14 mil euros.
A crise da dívida pública portuguesa está a sair cara aos portugueses: em 2010, por causa do recurso ao financiamento nos mercados externos, a dívida do Estado vai custar a cada português, segundo os dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), cerca de 14 mil euros por ano, um aumento significativo em relação aos cerca de 13 mil euros no ano passado. Só em juros, Portugal pagará, este ano, por força da subida das taxas de juro, mais 645 milhões de euros. E o risco do País disparou: ontem, o juro das Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos atingiu 6,64%, o valor mais alto desde a adesão ao euro, e o spread pago aos credores aumentou sete vezes no último ano.
Os dados do INE indicam que, no final de 2010, a dívida bruta do Estado irá ascender a 142,2 mil milhões de euros, contra 127,9 mil milhões de euros no ano passado. Por este montante, o País pagará quase 5,45 mil milhões de euros em juros, um crescimento de 13,4% em relação aos 4,8 mil milhões de euros registados em 2009.
Como o risco da dívida pública portuguesa tem vindo a agravar-se desde o início do ano, tudo indica que, devido à subida das taxas de juro, os encargos com os juros serão, no próximo ano, ainda mais elevados. Para já, ontem, a taxa de juro das OT a 10 anos ultrapassou a fasquia dos 6,5%, um claro indicador de como os investidores encaram o risco de Portugal não pagar as suas dívidas.
Ao que o CM apurou, o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), no âmbito da sua estratégia de acção, tem enviado para os mercados financeiros sinais de confiança sobre a situação do País. O próprio Governo atribui o aumento do risco da República à "irracionalidade que caracteriza actualmente os mercados financeiros", segundo disse ontem o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças. Carlos Costa Pina foi categórico: "Quer se goste, quer não se goste de ouvir falar disso, é uma evidência." E precisou: "Enquanto não se conseguir resolver a questão no plano internacional, Portugal não terá o problema resolvido."
Certo é que, por comparação com a dívida pública da Alemanha, considerada a mais segura da Europa pelos mercados financeiros, ontem, os credores, para emprestarem dinheiro ao Estado português, pediam um spread de 4,27 por cento. Há um ano, os investidores compravam dívida pública portuguesa com uma margem de lucro de apenas 0,58 por cento.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/divida-custa-14-mil--a-cada-cidadao221013580
A crise da dívida pública portuguesa está a sair cara aos portugueses: em 2010, por causa do recurso ao financiamento nos mercados externos, a dívida do Estado vai custar a cada português, segundo os dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), cerca de 14 mil euros por ano, um aumento significativo em relação aos cerca de 13 mil euros no ano passado. Só em juros, Portugal pagará, este ano, por força da subida das taxas de juro, mais 645 milhões de euros. E o risco do País disparou: ontem, o juro das Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos atingiu 6,64%, o valor mais alto desde a adesão ao euro, e o spread pago aos credores aumentou sete vezes no último ano.
Os dados do INE indicam que, no final de 2010, a dívida bruta do Estado irá ascender a 142,2 mil milhões de euros, contra 127,9 mil milhões de euros no ano passado. Por este montante, o País pagará quase 5,45 mil milhões de euros em juros, um crescimento de 13,4% em relação aos 4,8 mil milhões de euros registados em 2009.
Como o risco da dívida pública portuguesa tem vindo a agravar-se desde o início do ano, tudo indica que, devido à subida das taxas de juro, os encargos com os juros serão, no próximo ano, ainda mais elevados. Para já, ontem, a taxa de juro das OT a 10 anos ultrapassou a fasquia dos 6,5%, um claro indicador de como os investidores encaram o risco de Portugal não pagar as suas dívidas.
Ao que o CM apurou, o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), no âmbito da sua estratégia de acção, tem enviado para os mercados financeiros sinais de confiança sobre a situação do País. O próprio Governo atribui o aumento do risco da República à "irracionalidade que caracteriza actualmente os mercados financeiros", segundo disse ontem o secretário de Estado do Tesouro e das Finanças. Carlos Costa Pina foi categórico: "Quer se goste, quer não se goste de ouvir falar disso, é uma evidência." E precisou: "Enquanto não se conseguir resolver a questão no plano internacional, Portugal não terá o problema resolvido."
Certo é que, por comparação com a dívida pública da Alemanha, considerada a mais segura da Europa pelos mercados financeiros, ontem, os credores, para emprestarem dinheiro ao Estado português, pediam um spread de 4,27 por cento. Há um ano, os investidores compravam dívida pública portuguesa com uma margem de lucro de apenas 0,58 por cento.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/divida-custa-14-mil--a-cada-cidadao221013580
ANSOL diz que o Estado desperdiça 121 milhões a comprar software à Microsoft
A ANSOL somou os custos de cinco compras de licenças de software à Microsoft e concluiu que o Estado poderia poupar, pelo menos, 121 milhões de euros se optasse por software livre.
ANSOL diz que o Estado desperdiça 121 milhões a comprar software à Microsoft
De acordo com Rui Miguel Seabra, presidente da Associação Nacional para o Software Livre (ANSOL), este é apenas um pequeno conjunto de exemplos dos custos suportados pela administração pública com a compra de licenças de software por ajuste direto (sem concurso), que não reflete os gastos efetuados por todos os organismos públicos, nem as diferentes soluções e marcas de software proprietário.
"No caso da Microsoft, há um efeito de rede: os utilizadores (profissionais da administração pública) estão habituados a usar o Windows e Office, e depois acabam por querer usar também o SharePoint, o Exchange ou a base dados SQL", atenta Rui Miguel Seabra, quando inquirido pela Exame Informática.
Num comunicado, a ANSOL dá a conhecer cinco compras de licenças de software efetuadas, através de ajuste direto, por organismos tutelados pelo Estado:
a) A Direcção-geral de Infraestruturas e Equipamentos (DGIEE) da Ministério da Administração Interna - 10 milhões de euros para renovação de licenciamento de software Microsoft
b) Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos dos Açores - 5 milhões de euros em renovação de Licenciamento Microsoft
c) CTT - cinco milhões de euros em licenciamento Microsoft
d) Município de Oeiras - 1 milhão de euros em licenciamento Microsoft
e) eEscolas e eEscolinhas - mais de 100 milhões de euros em licenciamento Microsoft
Os exemplos dados pela ANSOL têm por base a recolha de dados efetuada através de um motor de pesquisa que publica os investimentos efetuados na Administração Pública e um blogue dedicado ao software livre .
Rui Miguel Seabra lembra que os custos das licenças para os computadores do eEscolas e eEscolinhas são apenas uma estimativa com base na informação recolhida durante a Comissão Parlamentar de Inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis.
Tendo em conta o atual cenário de crise e o facto de estes exemplos apenas espelharem parte dos custos com licenças de software que hoje são suportados pela Administração Pública, a ANSOL apela ao Governo para que ponha "termo às aquisições não fundamentadas de licenças de software, optando por Software Livre exceto sob motivo de força maior ou ausência de alternativa".
Os responsáveis da ANSOL lembram que aplicação de uma política de "orçamento zero para licenças de software" poderia permitir alcançar resultados exemplares no que toca à contenção de despesas e ao esforço nacional contra a crise.
"Como se justificam ajustes diretos nestes volumes em tempo de crise? Continuarão agora que a OCDE nos manda aumentar os impostos e congelar salários, pairando a ameaça de intervenção do FMI? Serão sequer legais?", questiona Rui Miguel Seabra.
Em alternativa ao software proprietário, a ANSOL defende que o Estado aplique na formação de profissionais e adaptação de soluções de software livre uma fração dos custos que hoje são canalizados para as licenças de software.
FONTE: http://aeiou.exameinformatica.pt/ansol-diz-que-o-estado-desperdica-121-milhoes-a-comprar-software-a-microsoft=f1007325
ANSOL diz que o Estado desperdiça 121 milhões a comprar software à Microsoft
De acordo com Rui Miguel Seabra, presidente da Associação Nacional para o Software Livre (ANSOL), este é apenas um pequeno conjunto de exemplos dos custos suportados pela administração pública com a compra de licenças de software por ajuste direto (sem concurso), que não reflete os gastos efetuados por todos os organismos públicos, nem as diferentes soluções e marcas de software proprietário.
"No caso da Microsoft, há um efeito de rede: os utilizadores (profissionais da administração pública) estão habituados a usar o Windows e Office, e depois acabam por querer usar também o SharePoint, o Exchange ou a base dados SQL", atenta Rui Miguel Seabra, quando inquirido pela Exame Informática.
Num comunicado, a ANSOL dá a conhecer cinco compras de licenças de software efetuadas, através de ajuste direto, por organismos tutelados pelo Estado:
a) A Direcção-geral de Infraestruturas e Equipamentos (DGIEE) da Ministério da Administração Interna - 10 milhões de euros para renovação de licenciamento de software Microsoft
b) Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos dos Açores - 5 milhões de euros em renovação de Licenciamento Microsoft
c) CTT - cinco milhões de euros em licenciamento Microsoft
d) Município de Oeiras - 1 milhão de euros em licenciamento Microsoft
e) eEscolas e eEscolinhas - mais de 100 milhões de euros em licenciamento Microsoft
Os exemplos dados pela ANSOL têm por base a recolha de dados efetuada através de um motor de pesquisa que publica os investimentos efetuados na Administração Pública e um blogue dedicado ao software livre .
Rui Miguel Seabra lembra que os custos das licenças para os computadores do eEscolas e eEscolinhas são apenas uma estimativa com base na informação recolhida durante a Comissão Parlamentar de Inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis.
Tendo em conta o atual cenário de crise e o facto de estes exemplos apenas espelharem parte dos custos com licenças de software que hoje são suportados pela Administração Pública, a ANSOL apela ao Governo para que ponha "termo às aquisições não fundamentadas de licenças de software, optando por Software Livre exceto sob motivo de força maior ou ausência de alternativa".
Os responsáveis da ANSOL lembram que aplicação de uma política de "orçamento zero para licenças de software" poderia permitir alcançar resultados exemplares no que toca à contenção de despesas e ao esforço nacional contra a crise.
"Como se justificam ajustes diretos nestes volumes em tempo de crise? Continuarão agora que a OCDE nos manda aumentar os impostos e congelar salários, pairando a ameaça de intervenção do FMI? Serão sequer legais?", questiona Rui Miguel Seabra.
Em alternativa ao software proprietário, a ANSOL defende que o Estado aplique na formação de profissionais e adaptação de soluções de software livre uma fração dos custos que hoje são canalizados para as licenças de software.
FONTE: http://aeiou.exameinformatica.pt/ansol-diz-que-o-estado-desperdica-121-milhoes-a-comprar-software-a-microsoft=f1007325
27 de setembro de 2010
Justiça tem de fazer mais por ela própria
O Conselho Superior da Magistratura instaurou processos disciplinares a oito juízes por alegada falta de produtividade. Uma medida que só mereceria elogios, não fosse o mesmo Conselho Superior da Magistratura ter promovido dois destes juízes a auxiliares do Tribunal da Relação antes da conclusão das averiguações.
Se os processos são um sinal concreto e exemplar de combate à morosidade da justiça, as promoções são um desastre. Não só destroem qualquer esperança de que estes inquéritos disciplinares venham a traduzir-se numa melhoria significativa do sistema judicial, como voltam a sublinhar o que de pior se aponta à hierarquia da justiça, ou seja, a prática continuada de impunidade e desorganização interna.
O Conselho Superior da Magistratura até pode vir a ter razão no futuro, se ficar provado que, afinal, os juízes agora promovidos não são preguiçosos, como os acusa um inspector judicial. Mas, mesmo que isso venha a verificar-se, faz pouco sentido promover magistrados sob investigação. Independentemente da interpretação que se faça da lei, porque o Estatuto dos Magistrados Judiciais até reforça a desadequação desta decisão, pois prevê que os juízes em funções na primeira instância estão impedidos de ascender aos tribunais superiores (Relação ou Supremo) quando tenham processos disciplinares pendentes.
Os titulares da justiça queixam-se, por vezes, de que muitas das críticas que lhes fazem são injustas, mas será de todo impossível alterar certas ideias enraizadas desde há décadas, enquanto em questões tão simples nos chegarem exemplos de difícil compreensão como este. A justiça tem de fazer mais por ela própria se quiser conquistar o respeito e a simpatia dos portugueses.
Próximo passo do 'mágico'
Benjamin Netanyahu viu ontem - dia em que terminou a moratória de dez meses na construção de colonatos - os seus apelos serem ignorados. Consciente de que a comunidade internacional, em especial os Estados Unidos e os países árabes, está atenta ao que se passa na Cisjordânia ocupada, o primeiro-ministro israelita pediu aos colonos judeus para darem prova de "contenção" e "responsabilidade", e aos seus ministros para se absterem de fazer comentários. Os colonos e elementos do Likud (partido de Netanyahu) foram céleres a responder: realizaram manifestações antecipadas de regozijo perante o fim da moratória e declararam que vão acelerar a construção de novas unidades habitacionais na Cisjordânia. Mais: utilizaram palavras de ordem a lembrar que o "Likud não foi eleito para criar um Estado da Palestina" e a exigir a Netanyahu para não capitular às exigências de Barack Obama, que deseja um prolongamento da moratória. Tal como o líder palestiniano, Mahmud Abbas. E Netanyahu, a quem denominam de "mágico", está de novo numa encruzilhada: se ceder a Obama e a Abbas, avança com as negociações de paz, mas perde a face a nível interno e abre uma frente de luta com colonos, o Likud e partidos da direita que integram a colonização. Se diz "não" a Obama, arrisca, como já aconteceu no seu primeiro consulado, nova confrontação com Washington e o isolamento da comunidade internacional. Além da quebra das negociações com Abbas, também ele pressionado pelo seu povo que perde terreno para os colonatos. Uma encruzilhada difícil e que poderia ter sido evitada se ao propor a prorrogação da moratória os EUA tivessem avançado com uma moeda de troca passível de salvar a imagem de Netanyahu junto dos seus.
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/editorial.aspx?content_id=1672155
Se os processos são um sinal concreto e exemplar de combate à morosidade da justiça, as promoções são um desastre. Não só destroem qualquer esperança de que estes inquéritos disciplinares venham a traduzir-se numa melhoria significativa do sistema judicial, como voltam a sublinhar o que de pior se aponta à hierarquia da justiça, ou seja, a prática continuada de impunidade e desorganização interna.
O Conselho Superior da Magistratura até pode vir a ter razão no futuro, se ficar provado que, afinal, os juízes agora promovidos não são preguiçosos, como os acusa um inspector judicial. Mas, mesmo que isso venha a verificar-se, faz pouco sentido promover magistrados sob investigação. Independentemente da interpretação que se faça da lei, porque o Estatuto dos Magistrados Judiciais até reforça a desadequação desta decisão, pois prevê que os juízes em funções na primeira instância estão impedidos de ascender aos tribunais superiores (Relação ou Supremo) quando tenham processos disciplinares pendentes.
Os titulares da justiça queixam-se, por vezes, de que muitas das críticas que lhes fazem são injustas, mas será de todo impossível alterar certas ideias enraizadas desde há décadas, enquanto em questões tão simples nos chegarem exemplos de difícil compreensão como este. A justiça tem de fazer mais por ela própria se quiser conquistar o respeito e a simpatia dos portugueses.
Próximo passo do 'mágico'
Benjamin Netanyahu viu ontem - dia em que terminou a moratória de dez meses na construção de colonatos - os seus apelos serem ignorados. Consciente de que a comunidade internacional, em especial os Estados Unidos e os países árabes, está atenta ao que se passa na Cisjordânia ocupada, o primeiro-ministro israelita pediu aos colonos judeus para darem prova de "contenção" e "responsabilidade", e aos seus ministros para se absterem de fazer comentários. Os colonos e elementos do Likud (partido de Netanyahu) foram céleres a responder: realizaram manifestações antecipadas de regozijo perante o fim da moratória e declararam que vão acelerar a construção de novas unidades habitacionais na Cisjordânia. Mais: utilizaram palavras de ordem a lembrar que o "Likud não foi eleito para criar um Estado da Palestina" e a exigir a Netanyahu para não capitular às exigências de Barack Obama, que deseja um prolongamento da moratória. Tal como o líder palestiniano, Mahmud Abbas. E Netanyahu, a quem denominam de "mágico", está de novo numa encruzilhada: se ceder a Obama e a Abbas, avança com as negociações de paz, mas perde a face a nível interno e abre uma frente de luta com colonos, o Likud e partidos da direita que integram a colonização. Se diz "não" a Obama, arrisca, como já aconteceu no seu primeiro consulado, nova confrontação com Washington e o isolamento da comunidade internacional. Além da quebra das negociações com Abbas, também ele pressionado pelo seu povo que perde terreno para os colonatos. Uma encruzilhada difícil e que poderia ter sido evitada se ao propor a prorrogação da moratória os EUA tivessem avançado com uma moeda de troca passível de salvar a imagem de Netanyahu junto dos seus.
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/editorial.aspx?content_id=1672155
24 de setembro de 2010
Suécia: “Pato Donald” recebe 120 votos
E se o primeiro-ministro fosse o “Pato Donald”? Ou “O Rei”? Ou “Deus”. Os nomes parecem pouco plausíveis, mas foram os escolhidos por muitos suecos que no passado fim-de-semana se deslocaram às urnas para escolher o novo Goveno.
Na Suécia, os eleitores escrevem no boletim de voto o nome do partido que querem para formar Governo. Como a comissão eleitoral é obrigada a divulgar os resultados, descobriu-se que a imaginação dos suecos não tem limites. O ‘Pato Donald’ foi o vencedor desta eleição com 120 votos, seguido do “Rei” e de “Deus”. Outros eleitores escolheram mais especificamente o “partido Pato Donald”.
“O meu partido” recebeu quatro votos, “Eu próprio” conseguiu dois, os mesmos que “Bom Senso”. Não ficaram de fora ainda “Harry Potter” e “Mickey Mouse” (com um voto cada).
A aliança de centro-direita liderada por Fredrik Reinfeldt acabou por perder a maioria absoluta e está agora obrigado a negociar com os partidos da oposição.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/suecia-pato-donald-recebe-120-votos
Na Suécia, os eleitores escrevem no boletim de voto o nome do partido que querem para formar Governo. Como a comissão eleitoral é obrigada a divulgar os resultados, descobriu-se que a imaginação dos suecos não tem limites. O ‘Pato Donald’ foi o vencedor desta eleição com 120 votos, seguido do “Rei” e de “Deus”. Outros eleitores escolheram mais especificamente o “partido Pato Donald”.
“O meu partido” recebeu quatro votos, “Eu próprio” conseguiu dois, os mesmos que “Bom Senso”. Não ficaram de fora ainda “Harry Potter” e “Mickey Mouse” (com um voto cada).
A aliança de centro-direita liderada por Fredrik Reinfeldt acabou por perder a maioria absoluta e está agora obrigado a negociar com os partidos da oposição.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/suecia-pato-donald-recebe-120-votos
23 de setembro de 2010
Gasolina mais cara 20 cêntimos que em Espanha
Os portugueses pagam mais pelos combustíveis do que os espanhóis. Atestar o depósito com gasolina fica 20 cêntimos mais caro do que no país vizinho, de acordo com o boletim semanal da Comissão Europeia. Em Portugal, o preço médio do litro da gasolina custa 1,373 euros, enquanto em Espanha o preço é de 1,179 euros.
Gasolina mais cara 20 cêntimos que em Espanha
Em Portugal, o preço médio do litro da gasolina custa 1,373 euros, enquanto em Espanha o preço é de 1,179 euros
No caso do gasóleo, a diferença é mais pequena. Em Portugal, um litro de diesel custa 1,166 euros, em Espanha vale 1,099 euros, ou seja, menos sete cêntimos por litro.
Entre os 27 Estados-membros da União Europeia (UE-27), Portugal passou de 9.ª para 6.ª posição no ranking dos países com a gasolina mais cara. No que diz respeito ao gasóleo, Portugal manteve a 11.ª posição.
Combustíveis mais caros do que Portugal só na Holanda, Grécia, Finlândia, Dinamarca e Bélgica, com preços médios por litro entre 1,502 e 1,415 euros. Entre os países com a gasolina mais barata estão Letónia, Roménia, Chipre e Bulgária, com preços médios por litro entre 1,032 e 1,093 euros. A média europeia fixou-se nos 1,336 euros na gasolina e nos 1,187 euros no gasóleo.
A polémica em torno dos combustíveis voltou a acender. Os social-democratas apresentaram, no início desta semana, um requerimento a pedir a audição do presidente da Gapl no Parlamento. Em causa está a abertura recente de um posto, em Setúbal, onde são praticados preços mais baixos face aos restantes postos da petrolífera. A Galp aproxima-se assim dos preços praticados pelos hipers.
Segundo dados da Autoridade da Concorrência, no primeiro trimestre, o diferencial médio do preço praticado pelas marcas e pelos hipers foi de 12,6 cêntimos tanto na gasolina como no gasóleo. Uma diferença superior à média verificada no 4.º trimestre de 2009. Abastecer nos hipers era 11,8 cêntimos mais barato do que na marca.
FONTE: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1668548
Gasolina mais cara 20 cêntimos que em Espanha
Em Portugal, o preço médio do litro da gasolina custa 1,373 euros, enquanto em Espanha o preço é de 1,179 euros
No caso do gasóleo, a diferença é mais pequena. Em Portugal, um litro de diesel custa 1,166 euros, em Espanha vale 1,099 euros, ou seja, menos sete cêntimos por litro.
Entre os 27 Estados-membros da União Europeia (UE-27), Portugal passou de 9.ª para 6.ª posição no ranking dos países com a gasolina mais cara. No que diz respeito ao gasóleo, Portugal manteve a 11.ª posição.
Combustíveis mais caros do que Portugal só na Holanda, Grécia, Finlândia, Dinamarca e Bélgica, com preços médios por litro entre 1,502 e 1,415 euros. Entre os países com a gasolina mais barata estão Letónia, Roménia, Chipre e Bulgária, com preços médios por litro entre 1,032 e 1,093 euros. A média europeia fixou-se nos 1,336 euros na gasolina e nos 1,187 euros no gasóleo.
A polémica em torno dos combustíveis voltou a acender. Os social-democratas apresentaram, no início desta semana, um requerimento a pedir a audição do presidente da Gapl no Parlamento. Em causa está a abertura recente de um posto, em Setúbal, onde são praticados preços mais baixos face aos restantes postos da petrolífera. A Galp aproxima-se assim dos preços praticados pelos hipers.
Segundo dados da Autoridade da Concorrência, no primeiro trimestre, o diferencial médio do preço praticado pelas marcas e pelos hipers foi de 12,6 cêntimos tanto na gasolina como no gasóleo. Uma diferença superior à média verificada no 4.º trimestre de 2009. Abastecer nos hipers era 11,8 cêntimos mais barato do que na marca.
FONTE: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1668548
Seguro contra o divórcio
Novo produto financeiro é um êxito nos EUA.
Um empresário norte-americano que ficou na penúria após um longo e dispendioso processo de divórcio teve uma ideia brilhante: criou um seguro contra o divórcio. Pelo equivalente a 15 euros por mês, o casal tem direito, em caso de divórcio, a receber uma indemnização, tanto maior quanto os anos que ‘aguentar’ casado. O seguro pode ser subscrito pelos próprios ou oferecido por familiares ou amigos como... prenda de casamento.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/insolito/seguro-contra-o-divorcio
Um empresário norte-americano que ficou na penúria após um longo e dispendioso processo de divórcio teve uma ideia brilhante: criou um seguro contra o divórcio. Pelo equivalente a 15 euros por mês, o casal tem direito, em caso de divórcio, a receber uma indemnização, tanto maior quanto os anos que ‘aguentar’ casado. O seguro pode ser subscrito pelos próprios ou oferecido por familiares ou amigos como... prenda de casamento.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/insolito/seguro-contra-o-divorcio
Frota de luxo na Águas de Portugal
Empresa tem atribuídas 400 viaturas personalizadas. Automóveis de alta cilindrada são usados para trabalho e fins pessoais.
As empresas do grupo Águas de Portugal (AdP) têm cerca de 400 carros topo de gama para uso de quadros intermédios e gestores. Só este ano foram substituídas 34 viaturas, sendo que o aluguer da frota é composto na maioria por veículos de alta cilindrada da BMW, Renault e Citroën.
As viaturas, em regime de aluguer operacional de veículo (AOV), segundo fonte da empresa, são para uso dos técnicos dirigentes e outros altos--quadros "para uso pessoal e profissional", justificando que os funcionários da empresa têm de viajar por todo o País. A frota de 400 viaturas personalizadas não inclui, dentro do universo das mais de 40 empresas do grupo AdP, os automóveis de trabalho, como as carrinhas de piquete, por exemplo.
Só os custos com o carro do presidente da AdP, segundo o relatório de 2009, foi de 12 734 euros, a que se somam 2805 euros em combustível. Se somarmos este valor ao dos gastos dos vogais com esta rubrica, os cinco membros da empresa custaram 71,5 mil euros ao grupo. Só um dos vogais teve um gasto em combustível de 7186 euros. O CM apurou que este ano o grupo introduziu alterações ao regulamento do uso das viaturas, impondo uma tributação quando o carro for usado para fins pessoais. A cilindrada dos carros também foi reduzida, estando prevista uma redistribuição dos veículos. Dos 34 novos carros, a maioria é de alta cilindrada e os restantes são Skoda.
A AdP, que controla a Epal, tem uma situação financeira débil, tendo usado, em 2009, 955 mil euros das garantias estatais de 1,47 milhões. À parte destas regalias, a maioria das chefias de empresas públicas ganha mais de 4 mil euros/mês.
QUASE VINTE MIL MILHÕES DE ENDIVIDAMENTO
O PSD está a fazer um levantamento dos gastos das empresas públicas desde Junho, tal como o CM já noticiou. Segundo as respostas dadas pelo Governo aos sociais--democratas, vinte empresas do Estado devem 17,2 mil milhões de euros. Mas são números provisórios, até porque a Estradas de Portugal pode passar de 1,5 mil milhões de endividamento para 2,2 mil milhões de euros. Miguel Macedo, líder parlamentar, apontou a necessidade de eliminar institutos públicos e referiu o caso espanhol, que cortou dez por cento no número de chefias. O tema deve regressar hoje ao Plenário.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/frota-de-luxo-na-aguas-de-portugal214802760
As empresas do grupo Águas de Portugal (AdP) têm cerca de 400 carros topo de gama para uso de quadros intermédios e gestores. Só este ano foram substituídas 34 viaturas, sendo que o aluguer da frota é composto na maioria por veículos de alta cilindrada da BMW, Renault e Citroën.
As viaturas, em regime de aluguer operacional de veículo (AOV), segundo fonte da empresa, são para uso dos técnicos dirigentes e outros altos--quadros "para uso pessoal e profissional", justificando que os funcionários da empresa têm de viajar por todo o País. A frota de 400 viaturas personalizadas não inclui, dentro do universo das mais de 40 empresas do grupo AdP, os automóveis de trabalho, como as carrinhas de piquete, por exemplo.
Só os custos com o carro do presidente da AdP, segundo o relatório de 2009, foi de 12 734 euros, a que se somam 2805 euros em combustível. Se somarmos este valor ao dos gastos dos vogais com esta rubrica, os cinco membros da empresa custaram 71,5 mil euros ao grupo. Só um dos vogais teve um gasto em combustível de 7186 euros. O CM apurou que este ano o grupo introduziu alterações ao regulamento do uso das viaturas, impondo uma tributação quando o carro for usado para fins pessoais. A cilindrada dos carros também foi reduzida, estando prevista uma redistribuição dos veículos. Dos 34 novos carros, a maioria é de alta cilindrada e os restantes são Skoda.
A AdP, que controla a Epal, tem uma situação financeira débil, tendo usado, em 2009, 955 mil euros das garantias estatais de 1,47 milhões. À parte destas regalias, a maioria das chefias de empresas públicas ganha mais de 4 mil euros/mês.
QUASE VINTE MIL MILHÕES DE ENDIVIDAMENTO
O PSD está a fazer um levantamento dos gastos das empresas públicas desde Junho, tal como o CM já noticiou. Segundo as respostas dadas pelo Governo aos sociais--democratas, vinte empresas do Estado devem 17,2 mil milhões de euros. Mas são números provisórios, até porque a Estradas de Portugal pode passar de 1,5 mil milhões de endividamento para 2,2 mil milhões de euros. Miguel Macedo, líder parlamentar, apontou a necessidade de eliminar institutos públicos e referiu o caso espanhol, que cortou dez por cento no número de chefias. O tema deve regressar hoje ao Plenário.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/frota-de-luxo-na-aguas-de-portugal214802760
22 de setembro de 2010
Crianças morrem fechadas no armário
Uma emigrante somali de 28 anos trancou os seus cinco filhos, com idades compreendidas entre um e os sete anos num armário e saiu de casa durante mais de 10 horas. Quando regressou dois deles estavam mortos.
A tragédia aconteceu em Indianopolis, nos Estados Unidos da América. De acordo com as autoridades, a mãe terá fechado as crianças e posto uma cama em frente ao armário para que estas não pudessem sair. Quando regresso a casa, horas depois, encontrou a filha de 5 anos e o filho de três anos mortos. Os menores terão morridos com falta de ar.
A mãe foi detida pelas autoridades norte-americanas e as crianças sobreviventes entregues imediatamente aos Serviços Sociais. O pai das crianças estava na Somália para visitar a família mas regressou imediatamente aos Estados Unidos assim que soube o que tinha acontecido.
A mulher disse à polícia que os tinha trancado e saído para ir falar com uma vizinha e que quando regressou encontrou dois filhos mortos. No entanto, em declarações à imprensa uma vizinha disse que após a emigrante regressar a casa não deixou ninguém entrar durante algum tempo. Já o serviço de emergência médica que terá sido chamado algumas horas após a tragédia, encontrou uma criança deitada no sofá e outra no chão, ambas sem vida.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/criancas-morrem-fechadas-no-armario
A tragédia aconteceu em Indianopolis, nos Estados Unidos da América. De acordo com as autoridades, a mãe terá fechado as crianças e posto uma cama em frente ao armário para que estas não pudessem sair. Quando regresso a casa, horas depois, encontrou a filha de 5 anos e o filho de três anos mortos. Os menores terão morridos com falta de ar.
A mãe foi detida pelas autoridades norte-americanas e as crianças sobreviventes entregues imediatamente aos Serviços Sociais. O pai das crianças estava na Somália para visitar a família mas regressou imediatamente aos Estados Unidos assim que soube o que tinha acontecido.
A mulher disse à polícia que os tinha trancado e saído para ir falar com uma vizinha e que quando regressou encontrou dois filhos mortos. No entanto, em declarações à imprensa uma vizinha disse que após a emigrante regressar a casa não deixou ninguém entrar durante algum tempo. Já o serviço de emergência médica que terá sido chamado algumas horas após a tragédia, encontrou uma criança deitada no sofá e outra no chão, ambas sem vida.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/criancas-morrem-fechadas-no-armario
14 mil instituições vivem do OE
Economista José Cantiga Esteves estima que haja 639 fundações a irem buscar dinheiro ao Orçamento do Estado.
Cerca de 14 mil instituições recebem dinheiro do Orçamento do Estado, de acordo com as contas do economista José Cantiga Esteves, que defendeu ser preciso dar sinais de que a situação é séria.
Durante o debate promovido pela Ordem dos Economistas, que decorreu ontem em Lisboa, para debater o caderno de encargos do próximo Orçamento, Cantiga Esteves surpreendeu a sala com um grande bloco de folhas com um sumário das instituições que integram o orçamento (ver ao lado).
"Existem cerca de 14 mil instituições que estão no Orçamento do Estado. 13 740 entidades que recebem dinheiros públicos", afirmou o economista, explicando que existem no perímetro do Orçamento 356 institutos públicos e 639 fundações.
Segundo os cálculos que apresentou, existem ainda 343 empresas públicas e 87 parcerias público-privadas (PPP). O economista defendeu que o próximo OE deve assim dar sinais de emergência, desde logo na forma, reduzindo o tamanho e o número de instituições ligadas ao Estado e simplificando o próprio documento. Cantigas Esteves considerou também que "a receita está um pouco esgotada como solução" para resolver o problema das contas públicas.
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1667873&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%253A+DN-Economia+%2528DN+-+Economia%2529
Cerca de 14 mil instituições recebem dinheiro do Orçamento do Estado, de acordo com as contas do economista José Cantiga Esteves, que defendeu ser preciso dar sinais de que a situação é séria.
Durante o debate promovido pela Ordem dos Economistas, que decorreu ontem em Lisboa, para debater o caderno de encargos do próximo Orçamento, Cantiga Esteves surpreendeu a sala com um grande bloco de folhas com um sumário das instituições que integram o orçamento (ver ao lado).
"Existem cerca de 14 mil instituições que estão no Orçamento do Estado. 13 740 entidades que recebem dinheiros públicos", afirmou o economista, explicando que existem no perímetro do Orçamento 356 institutos públicos e 639 fundações.
Segundo os cálculos que apresentou, existem ainda 343 empresas públicas e 87 parcerias público-privadas (PPP). O economista defendeu que o próximo OE deve assim dar sinais de emergência, desde logo na forma, reduzindo o tamanho e o número de instituições ligadas ao Estado e simplificando o próprio documento. Cantigas Esteves considerou também que "a receita está um pouco esgotada como solução" para resolver o problema das contas públicas.
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1667873&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%253A+DN-Economia+%2528DN+-+Economia%2529
21 de setembro de 2010
CP é a empresa pública com mais chefias
A transportadora ferroviária tem 196 chefes, com salários médios de 3,1 mil euros brutos.
A CP - Comboios de Portugal EPE é a empresa do Estado com mais cargos de chefia na sua estrutura - um total de 196 chefes. Cada chefia ganha em média 3,1 mil euros brutos, a que acrescem despesas de representação de cerca de 500 euros mensais em média. Os valores dos salários variam entre os 4.864 euros no caso do director-geral e os 1.924 euros no caso dos três chefes de sector de nível 15.
A CP bate em larga escala a média de chefes das restantes empresas do Estado, que se situa em 60. Com um total de 3.213 colaboradores na dependência destes quadros da transportadora ferroviária, existe uma média de 16,4 trabalhadores por chefe. Os números constam da resposta a um requerimento enviado pelo PSD a todas as empresas públicas no sentido de mostrar que existem cargos de chefia a mais nestas estruturas.
A CP foi a última empresa a responder, depois de já serem conhecidos os números da ANA, NAER -Novo Aeroporto, ANAM, Refer, MEtro de Lisboa, Carris, STCP, que o Diário Económico noticiou em Junho, e da TAP, que foram enviados já em Setembro.
FONTE: http://economico.sapo.pt/noticias/cp-e-a-empresa-publica-com-mais-chefias_99565.html
A CP - Comboios de Portugal EPE é a empresa do Estado com mais cargos de chefia na sua estrutura - um total de 196 chefes. Cada chefia ganha em média 3,1 mil euros brutos, a que acrescem despesas de representação de cerca de 500 euros mensais em média. Os valores dos salários variam entre os 4.864 euros no caso do director-geral e os 1.924 euros no caso dos três chefes de sector de nível 15.
A CP bate em larga escala a média de chefes das restantes empresas do Estado, que se situa em 60. Com um total de 3.213 colaboradores na dependência destes quadros da transportadora ferroviária, existe uma média de 16,4 trabalhadores por chefe. Os números constam da resposta a um requerimento enviado pelo PSD a todas as empresas públicas no sentido de mostrar que existem cargos de chefia a mais nestas estruturas.
A CP foi a última empresa a responder, depois de já serem conhecidos os números da ANA, NAER -Novo Aeroporto, ANAM, Refer, MEtro de Lisboa, Carris, STCP, que o Diário Económico noticiou em Junho, e da TAP, que foram enviados já em Setembro.
FONTE: http://economico.sapo.pt/noticias/cp-e-a-empresa-publica-com-mais-chefias_99565.html
Casal praticava sexo com os filhos e o cão
Crianças foram abusadas durante um ano e obrigadas a manter actos sexuais entre si.
Eram obrigadas a praticar sexo oral com os pais, mantinham contactos sexuais entre si e quase todas as semanas eram alvo de repetidas cenas de abusos. As três crianças – dois meninos de 11 e 12 anos e uma menina de nove – eram ainda sujeitas a várias práticas sexuais com um cão, de nome Nico, que tinham em casa. Os pais dos menores, um casal residente em Vila do Conde que foi apanhado em Abril deste ano, estão agora acusados pelo Ministério Público de três crimes de violação agravada.
"O arguido e arguida têm utilizado os dois filhos e a filha para a prática de actos de natureza sexual, recorrendo por vezes a um cão de nome Nico, de que são proprietários", pode ler-se na acusação a que o CM teve acesso.
Os abusos sexuais de que as crianças foram alvo tiveram início em Abril do ano passado. Todas as semanas, após visionarem filmes pornográficos, o pai, de 39 anos, e a mãe, de 30, despiam as crianças e sujeitavam-nas a vários actos sexuais quer no quarto, quer na sala de jantar. Por diversas vezes, o homem, que está em prisão preventiva, tocou nos órgãos sexuais dos filhos, obrigou-os a praticar sexo oral e deitou-se em cima deles até ejacular. O pedófilo tentou ainda por várias vezes violar as crianças, não tendo consumado os actos porque aquelas gritavam desesperadas, tamanhas eram as dores.
A mãe das crianças assistia sempre aos abusos sexuais sem nada fazer. Em outras alturas, também ela tinha sexo com os dois filhos e obrigava a menina a tocar-lhe nos seios e nos órgãos genitais.
Para além do sexo em grupo com os pais, as crianças envolviam-se também entre si, segundo o MP. Nos últimos meses, o menino mais velho chegou mesmo a tomar a iniciativa de tocar na irmã, de se despir e deitar em cima dela até ejacular. Os menores viam com bastante frequência os pais a terem relações sexuais e eram ainda obrigados a envolverem-se com o cão da família. Em algumas ocasiões, as crianças recusaram-se a manter sexo com os pais. No entanto, sempre que o faziam eram ameaçados de morte. "O arguido, em data não apurada, disse ao filho que se não o fizesse lhe espetava uma faca", lê--se ainda na acusação.
Para o Ministério Público, o casal violou todos os deveres parentais. "Os arguidos violaram os poderes/deveres para com os filhos. Perturbaram o desenvolvimento do seu carácter e personalidade", diz o despacho de acusação.
NÃO PODEM VER AS CRIANÇAS
Para além de acusar o casal de três crimes violação agravada, o Ministério Público pediu ainda a inibição do poder paternal. Os pais ficam assim proibidos de contactar com os três menores, que serão encaminhados para adopção.
Após os abusos sexuais terem sido descobertos, os menores foram imediatamente retirados à família e estão desde então a viver numa instituição na Póvoa de Varzim. A mãe, que ficou apenas sujeita a apresentações periódicas à polícia, nunca mais viu os filhos.
A acusação do MP foi deduzida também com base no testemunho de três professoras da escola que as crianças frequentavam. Inicialmente o pai era suspeito de ter praticado sexo anal com os meninos. No entanto, o facto de os exames realizados terem sido inconclusivos deixou o crime cair por terra.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/casal-praticava-sexo-com-os-filhos-e-o-cao--220607187
Eram obrigadas a praticar sexo oral com os pais, mantinham contactos sexuais entre si e quase todas as semanas eram alvo de repetidas cenas de abusos. As três crianças – dois meninos de 11 e 12 anos e uma menina de nove – eram ainda sujeitas a várias práticas sexuais com um cão, de nome Nico, que tinham em casa. Os pais dos menores, um casal residente em Vila do Conde que foi apanhado em Abril deste ano, estão agora acusados pelo Ministério Público de três crimes de violação agravada.
"O arguido e arguida têm utilizado os dois filhos e a filha para a prática de actos de natureza sexual, recorrendo por vezes a um cão de nome Nico, de que são proprietários", pode ler-se na acusação a que o CM teve acesso.
Os abusos sexuais de que as crianças foram alvo tiveram início em Abril do ano passado. Todas as semanas, após visionarem filmes pornográficos, o pai, de 39 anos, e a mãe, de 30, despiam as crianças e sujeitavam-nas a vários actos sexuais quer no quarto, quer na sala de jantar. Por diversas vezes, o homem, que está em prisão preventiva, tocou nos órgãos sexuais dos filhos, obrigou-os a praticar sexo oral e deitou-se em cima deles até ejacular. O pedófilo tentou ainda por várias vezes violar as crianças, não tendo consumado os actos porque aquelas gritavam desesperadas, tamanhas eram as dores.
A mãe das crianças assistia sempre aos abusos sexuais sem nada fazer. Em outras alturas, também ela tinha sexo com os dois filhos e obrigava a menina a tocar-lhe nos seios e nos órgãos genitais.
Para além do sexo em grupo com os pais, as crianças envolviam-se também entre si, segundo o MP. Nos últimos meses, o menino mais velho chegou mesmo a tomar a iniciativa de tocar na irmã, de se despir e deitar em cima dela até ejacular. Os menores viam com bastante frequência os pais a terem relações sexuais e eram ainda obrigados a envolverem-se com o cão da família. Em algumas ocasiões, as crianças recusaram-se a manter sexo com os pais. No entanto, sempre que o faziam eram ameaçados de morte. "O arguido, em data não apurada, disse ao filho que se não o fizesse lhe espetava uma faca", lê--se ainda na acusação.
Para o Ministério Público, o casal violou todos os deveres parentais. "Os arguidos violaram os poderes/deveres para com os filhos. Perturbaram o desenvolvimento do seu carácter e personalidade", diz o despacho de acusação.
NÃO PODEM VER AS CRIANÇAS
Para além de acusar o casal de três crimes violação agravada, o Ministério Público pediu ainda a inibição do poder paternal. Os pais ficam assim proibidos de contactar com os três menores, que serão encaminhados para adopção.
Após os abusos sexuais terem sido descobertos, os menores foram imediatamente retirados à família e estão desde então a viver numa instituição na Póvoa de Varzim. A mãe, que ficou apenas sujeita a apresentações periódicas à polícia, nunca mais viu os filhos.
A acusação do MP foi deduzida também com base no testemunho de três professoras da escola que as crianças frequentavam. Inicialmente o pai era suspeito de ter praticado sexo anal com os meninos. No entanto, o facto de os exames realizados terem sido inconclusivos deixou o crime cair por terra.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/casal-praticava-sexo-com-os-filhos-e-o-cao--220607187
Medicamentos mais caros a partir da próxima semana
Farmácias queixam-se que política do medicamento ameaça sobrevivência do sector
É já na próxima semana que entra em vigor o novo regime de comparticipação dos medicamentos que vai fazer com que os utentes passem a pagar quase o dobro por alguns dos remédios mais vendidos. A portaria com as alterações à lei foi publicada na sexta-feira com a indicação de que entra em vigor já a 1 de Outubro, mais cedo do que era esperado, já que o ministério tinha dito que ainda seria discutida com os parceiros do sector. Ou seja, no mesmo dia em que o preço dos medicamentos desce 6%, na prática, muitos utentes vão passar a pagar mais na farmácia.
Há três grupos de substâncias que mudam de escalão - do B para o C - e deixam de ser comparticipados a 69%: os antiácidos, antiulcerosos e anti-inflamatórios não esteróides. Entre estes estão medicamentos como o omeprazol, para as úlceras de estômago, ou o ibuprofeno, usado para dores de cabeça, dentes, etc. Nestes casos, o utente paga actualmente 31% da factura e o Estado o restante. A partir da próxima semana passa a pagar 63%, mais do dobro.
Os exemplos dados pela Autoridade Nacional do Medicamento deixam bem claro como esta alteração vai afectar a carteira dos doentes: no caso do omeoprazol, o Estado paga 22 dos 31,89 euros e o utente os restantes 9, 89; a partir de 1 de Outubro o preço do medicamento desce 6%, mas o uten- te passa a pagar 18,89 euros, enquanto o Estado suporta o restante, poupando cerca de 11 euros.
Por outro lado, os números das vendas mostram que esta alteração vai afectar muitos doentes: no último ano foram vendidos mais de 35 milhões de embalagens destes remédios, uma percentagem importante do total de 250 milhões comercializados no mesmo período.
No conjunto, com estas e as outras medidas anunciadas - como o fim da comparticipação a 100% - a ministra da Saúde espera que a poupança chegue a 250 milhões.
Mas se o Estado tenciona poupar, as farmácias consideram a descida de 6% incomportável. Para João Cordeiro, presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), ameaça mesmo a sobrevivência do sector. Segundo números da ANF, há 375 farmácias com os fornecimentos suspensos pelos grossistas e 168 em tribunal por causa de dívidas. Outras 497 já acordaram planos para regularizar as contas com os fornecedores.
João Cordeiro argumenta que as descidas de preços decretadas pelo Governo nos últimos anos não têm tido efeito na redução da despesa do SNS com medicamentos, já que esta continua a aumentar. Ainda segundo as contas da associação, 96% do crescimento da despesa do SNS em 2010 deveu-se a quatro medidas políticas, incluindo novas comparticipações.
O responsável considerou que estas descidas de preço são "imorais": "O Governo reduz os preços que ele próprio aprovou, violando a metodologia em vigor. Aprova a metodologia, aprova os preços, adquire os medicamentos e quando quer pagar menos reduz unilateralmente os preços aos fornecedores."
A ANF já pediu, como o DN avançou no domingo, uma reunião urgente com o primeiro-ministro, José Sócrates. E João Cordeiro está convicto que o governante vai ser sensível aos seus argumentos. "Não podemos fechar portas, ou emigrar, por isso temos de continuar a resistir e tentar dialogar com o Governo, os partidos, a Comissão de Saúde", disse ao DN. Mas não duvida que a indústria farmacêutica vai encontrar "esquemas" para superar mais esta descida, nomeadamente retirar os medicamentos mais baratos do mercado e aumentar a exportação de medicamentos.
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1667267&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%253A+DN-Economia+%2528DN+-+Economia%2529
É já na próxima semana que entra em vigor o novo regime de comparticipação dos medicamentos que vai fazer com que os utentes passem a pagar quase o dobro por alguns dos remédios mais vendidos. A portaria com as alterações à lei foi publicada na sexta-feira com a indicação de que entra em vigor já a 1 de Outubro, mais cedo do que era esperado, já que o ministério tinha dito que ainda seria discutida com os parceiros do sector. Ou seja, no mesmo dia em que o preço dos medicamentos desce 6%, na prática, muitos utentes vão passar a pagar mais na farmácia.
Há três grupos de substâncias que mudam de escalão - do B para o C - e deixam de ser comparticipados a 69%: os antiácidos, antiulcerosos e anti-inflamatórios não esteróides. Entre estes estão medicamentos como o omeprazol, para as úlceras de estômago, ou o ibuprofeno, usado para dores de cabeça, dentes, etc. Nestes casos, o utente paga actualmente 31% da factura e o Estado o restante. A partir da próxima semana passa a pagar 63%, mais do dobro.
Os exemplos dados pela Autoridade Nacional do Medicamento deixam bem claro como esta alteração vai afectar a carteira dos doentes: no caso do omeoprazol, o Estado paga 22 dos 31,89 euros e o utente os restantes 9, 89; a partir de 1 de Outubro o preço do medicamento desce 6%, mas o uten- te passa a pagar 18,89 euros, enquanto o Estado suporta o restante, poupando cerca de 11 euros.
Por outro lado, os números das vendas mostram que esta alteração vai afectar muitos doentes: no último ano foram vendidos mais de 35 milhões de embalagens destes remédios, uma percentagem importante do total de 250 milhões comercializados no mesmo período.
No conjunto, com estas e as outras medidas anunciadas - como o fim da comparticipação a 100% - a ministra da Saúde espera que a poupança chegue a 250 milhões.
Mas se o Estado tenciona poupar, as farmácias consideram a descida de 6% incomportável. Para João Cordeiro, presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), ameaça mesmo a sobrevivência do sector. Segundo números da ANF, há 375 farmácias com os fornecimentos suspensos pelos grossistas e 168 em tribunal por causa de dívidas. Outras 497 já acordaram planos para regularizar as contas com os fornecedores.
João Cordeiro argumenta que as descidas de preços decretadas pelo Governo nos últimos anos não têm tido efeito na redução da despesa do SNS com medicamentos, já que esta continua a aumentar. Ainda segundo as contas da associação, 96% do crescimento da despesa do SNS em 2010 deveu-se a quatro medidas políticas, incluindo novas comparticipações.
O responsável considerou que estas descidas de preço são "imorais": "O Governo reduz os preços que ele próprio aprovou, violando a metodologia em vigor. Aprova a metodologia, aprova os preços, adquire os medicamentos e quando quer pagar menos reduz unilateralmente os preços aos fornecedores."
A ANF já pediu, como o DN avançou no domingo, uma reunião urgente com o primeiro-ministro, José Sócrates. E João Cordeiro está convicto que o governante vai ser sensível aos seus argumentos. "Não podemos fechar portas, ou emigrar, por isso temos de continuar a resistir e tentar dialogar com o Governo, os partidos, a Comissão de Saúde", disse ao DN. Mas não duvida que a indústria farmacêutica vai encontrar "esquemas" para superar mais esta descida, nomeadamente retirar os medicamentos mais baratos do mercado e aumentar a exportação de medicamentos.
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1667267&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%253A+DN-Economia+%2528DN+-+Economia%2529
20 de setembro de 2010
Há áreas em Portugal que já arderam catorze vezes em três décadas
Não são mais que imberbes rebentos. Arderam há três anos mas já estão a ser pasto de chamas novamente. São muitas as áreas no país que ardem e voltam a arder num curto período de tempo, o que indica que ali há dedo dos pastores. Daí que alguns critiquem a recente decisão do Governo de pagar a alimentação do gado que perdeu o seu pasto nos incêndios. "É um incentivo para que continuem as queimadas", afirmam. "Não vamos deixar morrer os animais", responde o ministério.
A relação entre a pastorícia e os incêndios em determinadas áreas - caso da regiões em volta de Castro Daire/Marco de Canaveses ou em redor de Mangualde/Gouveia, para dar alguns exemplos - fica clara quando se olha para a quantidade de vezes que uma mesma zona ardeu nas últimas três décadas. A equipa de José Miguel Cardoso Pereira, do Instituto Superior de Agronomia (ISA), fez este levantamento. E detectou inúmeros matos que insistem em pegar fogo amiúde, contra todas as probabilidades.
"A recorrência de fogo é tão grande em determinadas áreas que pode dizer-se que são seguramente zonas tradicionais de pastorícia", diz Cardoso Pereira. Com dados disponíveis para 34 anos - de 1975 a 2008 -, a equipa do ISA mapeou as áreas ardidas, constatando que há zonas que, neste período de tempo, já arderam 14 vezes.
"Efeitos muito perversos"
Em condições normais, segundo os estudos de Cardoso Pereira, uma área está pronta para arder ao fim de cinco anos depois de ter sido consumida pelas chamas. Ou seja, se uma mesma área registou incêndios mais de seis vezes nestes 34 anos, pode dizer-se que há uma enorme probabilidade de ali terem sido feitas queimadas para renovação das pastagens. Que muitas vezes se descontrolam.
O uso do fogo na renovação das pastagens é ancestral. É a forma mais barata de o fazer, tanto mais que muitas vezes é feito em áreas marginais, onde roçar o mato é difícil ou nem sequer compensa. Porém, as queimadas estão proibidas na época dos fogos. Mas continuam a ser feitas.
Aliás, olhando para os relatórios dos incêndios deste ano, a GNR identifica claramente as queimadas como uma das causas mais frequentes dos fogos. A Polícia Judiciária tem também anunciado a detenção de pastores como alegados incendiários. Rui Almeida, responsável pela Directoria do Centro da PJ, adianta que, dos 36 detidos este ano, dois são pastores e sete indicaram ser agricultores.
Esta relação próxima entre a pastorícia e os incêndios leva muitos a considerar "um risco" a decisão do Ministério da Agricultura de final de Agosto de estabelecer uma ajuda de emergência à alimentação animal "com vista a compensar as perdas ocorridas nas áreas de pastoreio ardidas" nesta época de incêndios - que só termina no próximo dia 15 de Outubro. No caso das ovelhas e cabras, está previsto um valor de 40 euros por cabeça e, no caso do gado bovino, a ajuda sobe para os 100 euros por animal.
"A medida pode ter efeitos muito perversos", diz Carlos Aguiar, da Escola Superior Agrária de Bragança, especialista em pastagens. "Os pastos de Verão são de baixo valor alimentar, estão secos, o que em si agrava o risco de esta medida incentivar ainda mais o uso do fogo para a renovação das pastagens", acrescenta.
"Abre um precedente complicado, pois, se as pessoas perceberem que se arderem os pastos recebem apoios para a alimentação animal, serão incentivadas a continuar a fazê-lo", diz Henrique Pereira dos Santos, arquitecto paisagista. "É uma medida que incentiva as pessoas a gerir o território de forma absurda", acrescenta.
"Não apoiávamos os agricultores e deixávamos morrer os animais?" contrapõe o Ministério da Agricultura. "Era nossa missão ajudar, porque corríamos o risco de, daqui a um mês, se falar de uma grande mortandade".
"É uma medida justa, é preciso ajudar os agricultores que ficaram sem pastagens, mas tem de ser bem controlada para não beneficiar ninguém indevidamente", argumenta por seu lado Paulo Rogério, da Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela. Se a acha perigosa? "Talvez pudesse vir a ser se não fosse só para este ano, mas como é uma medida que não vai ficar, decidida já depois dos incêndios, não me parece que seja vista como um incentivo", acrescenta.
Enquadrar a pastorícia
Com ou sem incentivos, o certo é que esta prática continua, com as consequências que se conhecem. Têm sido detidos alguns pastores mas a repressão também pode ser contraproducente, empurrando-os para a clandestinidade. Que se traduz num aumento das ignições na calada da noite.
"Tem de se investir no enquadramento técnico da pastorícia", defende Cardoso Pereira. Já hoje, os membros do Grupo de Análise e Uso do Fogo dão apoio a alguns pastores para fazerem queimadas em segurança. Mas são ainda uma minoria.
"Os pastores produzem riqueza e devem ser acarinhados. Muitas vezes o problema está em não terem acesso à terra, o que os obriga a fazerem pastoreio de percurso, renovando, através do fogo, as pastagens de que necessitam", diz Carlos Aguiar, lembrando a quantidade de terra que o país tem devoluta, sem que quem dela necessita lhe possa aceder. A criação de um banco de terras, tão exigida por muitos e várias vezes prometida, continua a não passar disso mesmo: uma promessa.
FONTE: http://ecosfera.publico.pt/biodiversidade/Details/ha-areas-em-portugal-que-ja-arderam-catorze-vezes-em-tres-decadas_1456690
A relação entre a pastorícia e os incêndios em determinadas áreas - caso da regiões em volta de Castro Daire/Marco de Canaveses ou em redor de Mangualde/Gouveia, para dar alguns exemplos - fica clara quando se olha para a quantidade de vezes que uma mesma zona ardeu nas últimas três décadas. A equipa de José Miguel Cardoso Pereira, do Instituto Superior de Agronomia (ISA), fez este levantamento. E detectou inúmeros matos que insistem em pegar fogo amiúde, contra todas as probabilidades.
"A recorrência de fogo é tão grande em determinadas áreas que pode dizer-se que são seguramente zonas tradicionais de pastorícia", diz Cardoso Pereira. Com dados disponíveis para 34 anos - de 1975 a 2008 -, a equipa do ISA mapeou as áreas ardidas, constatando que há zonas que, neste período de tempo, já arderam 14 vezes.
"Efeitos muito perversos"
Em condições normais, segundo os estudos de Cardoso Pereira, uma área está pronta para arder ao fim de cinco anos depois de ter sido consumida pelas chamas. Ou seja, se uma mesma área registou incêndios mais de seis vezes nestes 34 anos, pode dizer-se que há uma enorme probabilidade de ali terem sido feitas queimadas para renovação das pastagens. Que muitas vezes se descontrolam.
O uso do fogo na renovação das pastagens é ancestral. É a forma mais barata de o fazer, tanto mais que muitas vezes é feito em áreas marginais, onde roçar o mato é difícil ou nem sequer compensa. Porém, as queimadas estão proibidas na época dos fogos. Mas continuam a ser feitas.
Aliás, olhando para os relatórios dos incêndios deste ano, a GNR identifica claramente as queimadas como uma das causas mais frequentes dos fogos. A Polícia Judiciária tem também anunciado a detenção de pastores como alegados incendiários. Rui Almeida, responsável pela Directoria do Centro da PJ, adianta que, dos 36 detidos este ano, dois são pastores e sete indicaram ser agricultores.
Esta relação próxima entre a pastorícia e os incêndios leva muitos a considerar "um risco" a decisão do Ministério da Agricultura de final de Agosto de estabelecer uma ajuda de emergência à alimentação animal "com vista a compensar as perdas ocorridas nas áreas de pastoreio ardidas" nesta época de incêndios - que só termina no próximo dia 15 de Outubro. No caso das ovelhas e cabras, está previsto um valor de 40 euros por cabeça e, no caso do gado bovino, a ajuda sobe para os 100 euros por animal.
"A medida pode ter efeitos muito perversos", diz Carlos Aguiar, da Escola Superior Agrária de Bragança, especialista em pastagens. "Os pastos de Verão são de baixo valor alimentar, estão secos, o que em si agrava o risco de esta medida incentivar ainda mais o uso do fogo para a renovação das pastagens", acrescenta.
"Abre um precedente complicado, pois, se as pessoas perceberem que se arderem os pastos recebem apoios para a alimentação animal, serão incentivadas a continuar a fazê-lo", diz Henrique Pereira dos Santos, arquitecto paisagista. "É uma medida que incentiva as pessoas a gerir o território de forma absurda", acrescenta.
"Não apoiávamos os agricultores e deixávamos morrer os animais?" contrapõe o Ministério da Agricultura. "Era nossa missão ajudar, porque corríamos o risco de, daqui a um mês, se falar de uma grande mortandade".
"É uma medida justa, é preciso ajudar os agricultores que ficaram sem pastagens, mas tem de ser bem controlada para não beneficiar ninguém indevidamente", argumenta por seu lado Paulo Rogério, da Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela. Se a acha perigosa? "Talvez pudesse vir a ser se não fosse só para este ano, mas como é uma medida que não vai ficar, decidida já depois dos incêndios, não me parece que seja vista como um incentivo", acrescenta.
Enquadrar a pastorícia
Com ou sem incentivos, o certo é que esta prática continua, com as consequências que se conhecem. Têm sido detidos alguns pastores mas a repressão também pode ser contraproducente, empurrando-os para a clandestinidade. Que se traduz num aumento das ignições na calada da noite.
"Tem de se investir no enquadramento técnico da pastorícia", defende Cardoso Pereira. Já hoje, os membros do Grupo de Análise e Uso do Fogo dão apoio a alguns pastores para fazerem queimadas em segurança. Mas são ainda uma minoria.
"Os pastores produzem riqueza e devem ser acarinhados. Muitas vezes o problema está em não terem acesso à terra, o que os obriga a fazerem pastoreio de percurso, renovando, através do fogo, as pastagens de que necessitam", diz Carlos Aguiar, lembrando a quantidade de terra que o país tem devoluta, sem que quem dela necessita lhe possa aceder. A criação de um banco de terras, tão exigida por muitos e várias vezes prometida, continua a não passar disso mesmo: uma promessa.
FONTE: http://ecosfera.publico.pt/biodiversidade/Details/ha-areas-em-portugal-que-ja-arderam-catorze-vezes-em-tres-decadas_1456690
Carrilho demitido de embaixador de Portugal na UNESCO
O embaixador de Portugal na UNESCO, Manuel Maria Carrilho, confirmou esta segunda-feira, em Paris, que foi "demitido" do cargo, recusando comentar uma decisão de que tomou conhecimento pela notícia da Agência Lusa.
"Soube da demissão pela notícia da Lusa", declarou o actual embaixador português na agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, com sede em Paris.
Questionado sobre se a demissão resultou da entrevista de fundo publicada no sábado pelo semanário 'Expresso', Manuel Maria Carrilho afirmou que "as evidências não precisam de resposta".
O ex-ministro da Cultura é autor de um novo livro de análise da situação de Portugal, que a editora Sextante colocou hoje nas livrarias portuguesas. Um comunicado da Sextante distribuído hoje anunciava que "Manuel Maria Carrilho acaba de ser demitido das suas funções como embaixador de Portugal na UNESCO, devido à publicação do livro E AGORA? Por uma nova República".
"Neste livro, o autor analisa a situação económica, social e política portuguesa e avança com diversas propostas, defendendo uma visão do país e do seu futuro centrada na urgente qualificação do território, das instituições e das pessoas que lance as bases de uma Nova República", acrescentava o comunicado da Sextante.
Já fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que a saída de Manuel Maria Carrilho da UNESCO se enquadra numa rotação de diplomatas em diversas capitais. O ex-ministro da Cultura foi nomeado embaixador junto da UNESCO em Abril de 2008 e será agora substituído por Luís Filipe Castro Mendes, até agora a chefiar a embaixada portuguesa em Nova Deli.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/lazer/cultura/carrilho-demitido-de-embaixador-de-portugal-na-unesco
"Soube da demissão pela notícia da Lusa", declarou o actual embaixador português na agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, com sede em Paris.
Questionado sobre se a demissão resultou da entrevista de fundo publicada no sábado pelo semanário 'Expresso', Manuel Maria Carrilho afirmou que "as evidências não precisam de resposta".
O ex-ministro da Cultura é autor de um novo livro de análise da situação de Portugal, que a editora Sextante colocou hoje nas livrarias portuguesas. Um comunicado da Sextante distribuído hoje anunciava que "Manuel Maria Carrilho acaba de ser demitido das suas funções como embaixador de Portugal na UNESCO, devido à publicação do livro E AGORA? Por uma nova República".
"Neste livro, o autor analisa a situação económica, social e política portuguesa e avança com diversas propostas, defendendo uma visão do país e do seu futuro centrada na urgente qualificação do território, das instituições e das pessoas que lance as bases de uma Nova República", acrescentava o comunicado da Sextante.
Já fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que a saída de Manuel Maria Carrilho da UNESCO se enquadra numa rotação de diplomatas em diversas capitais. O ex-ministro da Cultura foi nomeado embaixador junto da UNESCO em Abril de 2008 e será agora substituído por Luís Filipe Castro Mendes, até agora a chefiar a embaixada portuguesa em Nova Deli.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/lazer/cultura/carrilho-demitido-de-embaixador-de-portugal-na-unesco
Obstetra condenada a 3 anos de pena suspensa
O Tribunal de Mirandela condenou esta segunda-feira a três anos de prisão, com pena suspensa, uma médica obstetra por recusa de assistência num parto em que a criança nasceu com paralisia cerebral.
O tribunal concluiu que se a médica tivesse intervindo mais cedo no parto, a criança, agora com sete anos, não teria nascido nesta condição.
O caso remonta a fevereiro de 2003 quando, segundo a sentença, a única obstetra de serviço na maternidade de Mirandela, que estava obrigada a permanecer no local, se ausentou por volta da 17:00, já com o parto do Gonçalo [a criança em questão] a decorrer. A médica foi chamada telefonicamente pela enfermeira parteira por volta das 20:00 por alegadas dificuldades no parto, mas só terá comparecido depois das 21:00 e somente depois de nova chamada.
Nessa ocasião a obstetra procedeu à extracção do feto com recurso a ventosas. Para o tribunal, a médica "revelou uma atitude de indiferença". Sustenta ainda que "durante o período do parto, o Gonçalo manteve-se em sofrimento". "A permanência do feto no canal do parto provocou-lhe um asfixia perinatal acabando por nascer com paralisia cerebral e uma incapacidade permanente de 95 por cento", concluiu o tribunal.
A sentença refere ainda que "não fosse a atitude da médica, Gonçalo não teria nascido nesta condição". Para o tribunal, as "consequências desastrosas para a criança advieram da conduta da médica", pelo que deu como provado o crime de recusa de médico agravado pelo resultado que foi a ofensa à integridade física grave. O crime é punido com pena até seis anos e oito meses de prisão, mas o tribunal entendeu aplicar à médica três anos de prisão, com a pena suspensa pelo mesmo período, por não ter prestado auxílio.
O advogado da obstetra Maria Olímpia, anunciou que vai recorrer da sentença por entender que a cliente foi condenada com base em "procedimentos completamente erróneos do ponto de vista médico".
Já a mãe da criança, Isabel Bragança, manifestou "satisfação" e espera que "estes anos de luta sirvam de exemplo para outros casos como este". O advogado da família, Luis Vaz Teixeira, adiantou que vai agora avançar com um pedido de indemnização, em princípio dirigido ao Estado, já que a arguida exercia funções públicas. A sentença hoje conhecida estabelece, pela primeira vez, um nexo de causalidade entre a conduta da médica e a condição da criança.
O Ministério Público arquivou anteriormente uma primeira queixa dos pais por falta de provas. O processo foi reaberto depois de a Inspecção-Geral da Saúde ter punido a médica com 90 dias de suspensão por se ter ausentado da maternidade. Os pais da criança apresentaram nova queixa no Tribunal de Mirandela, mas o juiz que conduziu a instrução entendeu não haver matéria para levar a médica e a enfermeira que assistiram o parto a julgamento. O Tribunal da Relação do Porto contrariou a decisão anterior, mandando que a médica fosse julgada pelo crime de recusa de médico, pelo qual foi hoje condenada.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/obstetra-condenada-a-3-anos-de-pena-suspensa
O tribunal concluiu que se a médica tivesse intervindo mais cedo no parto, a criança, agora com sete anos, não teria nascido nesta condição.
O caso remonta a fevereiro de 2003 quando, segundo a sentença, a única obstetra de serviço na maternidade de Mirandela, que estava obrigada a permanecer no local, se ausentou por volta da 17:00, já com o parto do Gonçalo [a criança em questão] a decorrer. A médica foi chamada telefonicamente pela enfermeira parteira por volta das 20:00 por alegadas dificuldades no parto, mas só terá comparecido depois das 21:00 e somente depois de nova chamada.
Nessa ocasião a obstetra procedeu à extracção do feto com recurso a ventosas. Para o tribunal, a médica "revelou uma atitude de indiferença". Sustenta ainda que "durante o período do parto, o Gonçalo manteve-se em sofrimento". "A permanência do feto no canal do parto provocou-lhe um asfixia perinatal acabando por nascer com paralisia cerebral e uma incapacidade permanente de 95 por cento", concluiu o tribunal.
A sentença refere ainda que "não fosse a atitude da médica, Gonçalo não teria nascido nesta condição". Para o tribunal, as "consequências desastrosas para a criança advieram da conduta da médica", pelo que deu como provado o crime de recusa de médico agravado pelo resultado que foi a ofensa à integridade física grave. O crime é punido com pena até seis anos e oito meses de prisão, mas o tribunal entendeu aplicar à médica três anos de prisão, com a pena suspensa pelo mesmo período, por não ter prestado auxílio.
O advogado da obstetra Maria Olímpia, anunciou que vai recorrer da sentença por entender que a cliente foi condenada com base em "procedimentos completamente erróneos do ponto de vista médico".
Já a mãe da criança, Isabel Bragança, manifestou "satisfação" e espera que "estes anos de luta sirvam de exemplo para outros casos como este". O advogado da família, Luis Vaz Teixeira, adiantou que vai agora avançar com um pedido de indemnização, em princípio dirigido ao Estado, já que a arguida exercia funções públicas. A sentença hoje conhecida estabelece, pela primeira vez, um nexo de causalidade entre a conduta da médica e a condição da criança.
O Ministério Público arquivou anteriormente uma primeira queixa dos pais por falta de provas. O processo foi reaberto depois de a Inspecção-Geral da Saúde ter punido a médica com 90 dias de suspensão por se ter ausentado da maternidade. Os pais da criança apresentaram nova queixa no Tribunal de Mirandela, mas o juiz que conduziu a instrução entendeu não haver matéria para levar a médica e a enfermeira que assistiram o parto a julgamento. O Tribunal da Relação do Porto contrariou a decisão anterior, mandando que a médica fosse julgada pelo crime de recusa de médico, pelo qual foi hoje condenada.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/saude/obstetra-condenada-a-3-anos-de-pena-suspensa
O exemplo espanhol: corte de 1/3 nas empresas públicas
Dos quatro países em graves dificuldades - Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha - só Lisboa não cortou na despesa pública.
Portugal não está a fazer "o que é necessário para evitar cair na mesma situação em que caiu a Grécia", avisou Michael Meister, porta-voz para as questões financeiras do partido da chanceler alemã Angela Merkel em entrevista dada à Bloomberg a 15 de Setembro. Foi a frase que fez soar as campainhas de alarme em Lisboa. Com a dívida soberana portuguesa com taxas de juro que passaram a barreira dos 6%, o corte na despesa pública apareceu como uma reforçada exigência. Até porque Portugal se arrisca a ser o próximo a estar sob a mira dos holofotes económicos mundiais pelas piores razões, já que a vizinha Espanha descolou deste grupo de maus alunos com os bons sinais que deu.
Logo em finais de Abril deste ano foram tomadas medidas muito "duras". Num plano sem precedentes, Espanha preparou a eliminação de 29 empresas públicas e o corte de 32 altos cargos de responsáveis de ministérios como medida para diminuir a despesa pública. Esta racionalização do sector público cortou assim cerca de um terço das 106 empresas públicas espanholas, eliminou 15 sociedades mercantis e a maioria das fundações. Um sinal de que alguma coisa estava a ser feita melhorou logo a imagem espanhola nos mercados internacionais. E, se em Espanha o cenário foi este, na Irlanda e na Grécia avançou-se ainda com medidas de redução salarial da função pública, algo que Portugal não pode fazer porque não é constitucionalmente permitido.
Por não ter feito cortes, ao contrário do anunciado e desejado, em 2010 a despesa do Estado português continua a crescer. O secretário de Estado do Orçamento, Emanuel Santos, em dados preliminares da execução orçamental de Agosto assumia esse crescimento ( 2,7% ), mas dizia estar tudo "sob controlo". Uma tese que não foi acolhida pelos mercados e que leva o Governo a preparar-se para "antecipar" a divulgação das grandes linhas do OE de 2011, para "acalmar" os mercados. A situação está a ser seguida pela banca e pelos empresários, com António Saraiva, presidente da CIP, a defender já a extinção de institutos públicos e a aplicação de "reformas corajosas" para diminuir a despesa pública". Como ele, muitos outros aumentaram a pressão sobre o Governo.
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1666501&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%253A+DN-Economia+%2528DN+-+Economia%2529
Portugal não está a fazer "o que é necessário para evitar cair na mesma situação em que caiu a Grécia", avisou Michael Meister, porta-voz para as questões financeiras do partido da chanceler alemã Angela Merkel em entrevista dada à Bloomberg a 15 de Setembro. Foi a frase que fez soar as campainhas de alarme em Lisboa. Com a dívida soberana portuguesa com taxas de juro que passaram a barreira dos 6%, o corte na despesa pública apareceu como uma reforçada exigência. Até porque Portugal se arrisca a ser o próximo a estar sob a mira dos holofotes económicos mundiais pelas piores razões, já que a vizinha Espanha descolou deste grupo de maus alunos com os bons sinais que deu.
Logo em finais de Abril deste ano foram tomadas medidas muito "duras". Num plano sem precedentes, Espanha preparou a eliminação de 29 empresas públicas e o corte de 32 altos cargos de responsáveis de ministérios como medida para diminuir a despesa pública. Esta racionalização do sector público cortou assim cerca de um terço das 106 empresas públicas espanholas, eliminou 15 sociedades mercantis e a maioria das fundações. Um sinal de que alguma coisa estava a ser feita melhorou logo a imagem espanhola nos mercados internacionais. E, se em Espanha o cenário foi este, na Irlanda e na Grécia avançou-se ainda com medidas de redução salarial da função pública, algo que Portugal não pode fazer porque não é constitucionalmente permitido.
Por não ter feito cortes, ao contrário do anunciado e desejado, em 2010 a despesa do Estado português continua a crescer. O secretário de Estado do Orçamento, Emanuel Santos, em dados preliminares da execução orçamental de Agosto assumia esse crescimento ( 2,7% ), mas dizia estar tudo "sob controlo". Uma tese que não foi acolhida pelos mercados e que leva o Governo a preparar-se para "antecipar" a divulgação das grandes linhas do OE de 2011, para "acalmar" os mercados. A situação está a ser seguida pela banca e pelos empresários, com António Saraiva, presidente da CIP, a defender já a extinção de institutos públicos e a aplicação de "reformas corajosas" para diminuir a despesa pública". Como ele, muitos outros aumentaram a pressão sobre o Governo.
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1666501&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%253A+DN-Economia+%2528DN+-+Economia%2529
CDS diz que Portugal perdeu 140 milhões
Portas garante que foi a "incompetência" do Governo que levou os agricultores portugueses a perder fundos europeus
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, acusou o Governo de "perder definitivamente 140 milhões de euros" destinados aos agricultores, porque "não fez os controlos a tempo".
"Precisamos de apoiar os agricultores. A agricultura é decisiva para o País não estar tão endividado e comportamo-nos como se fossemos um país rico. Deitamos fora o dinheiro que a Europa põe à disposição", afirmou no sábado à noite durante uma visita à Feira Industrial e Comercial de Tondela (FICTON)".
Paulo Portas referiu que a informação foi prestada esta semana em resposta a uma pergunta apresentada à Comissão Europeia pelo deputado do seu partido Nuno Melo. "São fundos 100 por cento comunitários. A perda é definitiva. A única coisa que o Estado teria de ser capaz de fazer era os controlos a tempo. Não foi capaz", sublinhou.
O líder partidário salientou que Portugal "tem uma taxa de desperdício dos fundos comunitários da agricultura de 12 por cento", quando "a média europeia é de dois por cento".
No encontro com jornalistas na FICTON Paulo Portas revelou ainda que "muito em breve" o CDS-PP vai apresentar na Assembleia da República "uma lei de combate ao desperdício na política do medicamento, que defenda os idosos, que é a população que mais consome medicamentos e que é mais pobre".
Essa proposta de diploma, acrescentou, consagrará o "princípio da prescrição activa e de prescrição por unidose". "Faz-me a maior impressão que o Governo queira dizer a idosos que têm uma pensão de 240 euros para viver por mês que vão pagar mais com os remédios." Na sua perspectiva não tem sentido que isso aconteça "enquanto o País continua a ter um sistema que obriga a medicamentos de marca em vez de genéricos de qualidade".
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1666443&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%253A+DN-Economia+%2528DN+-+Economia%2529
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, acusou o Governo de "perder definitivamente 140 milhões de euros" destinados aos agricultores, porque "não fez os controlos a tempo".
"Precisamos de apoiar os agricultores. A agricultura é decisiva para o País não estar tão endividado e comportamo-nos como se fossemos um país rico. Deitamos fora o dinheiro que a Europa põe à disposição", afirmou no sábado à noite durante uma visita à Feira Industrial e Comercial de Tondela (FICTON)".
Paulo Portas referiu que a informação foi prestada esta semana em resposta a uma pergunta apresentada à Comissão Europeia pelo deputado do seu partido Nuno Melo. "São fundos 100 por cento comunitários. A perda é definitiva. A única coisa que o Estado teria de ser capaz de fazer era os controlos a tempo. Não foi capaz", sublinhou.
O líder partidário salientou que Portugal "tem uma taxa de desperdício dos fundos comunitários da agricultura de 12 por cento", quando "a média europeia é de dois por cento".
No encontro com jornalistas na FICTON Paulo Portas revelou ainda que "muito em breve" o CDS-PP vai apresentar na Assembleia da República "uma lei de combate ao desperdício na política do medicamento, que defenda os idosos, que é a população que mais consome medicamentos e que é mais pobre".
Essa proposta de diploma, acrescentou, consagrará o "princípio da prescrição activa e de prescrição por unidose". "Faz-me a maior impressão que o Governo queira dizer a idosos que têm uma pensão de 240 euros para viver por mês que vão pagar mais com os remédios." Na sua perspectiva não tem sentido que isso aconteça "enquanto o País continua a ter um sistema que obriga a medicamentos de marca em vez de genéricos de qualidade".
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1666443&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%253A+DN-Economia+%2528DN+-+Economia%2529
14 de setembro de 2010
Almoçaradas vão a tribunal
O julgamento dos três ex-administradores da Gebalis, empresa da Câmara de Lisboa com a gestão dos bairros sociais, deverá ser marcado dentro de dias. Francisco Ribeiro, Clara Costa e Mário Peças, que gastaram milhares de euros em restaurantes e viagens, foram pronunciados pelos crimes de peculato e de administração danosa.
O julgamento, segundo o CM apurou, será marcado pela 6ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa, onde o processo está depois de ter havido dúvidas sobre se ficaria na 5ª ou na 6ª varas criminais. Os ex-gestores da Gebalis foram acusados pelo Ministério Público, no final de 2008, de terem causado à Gebalis um prejuízo total de cerca de 200 mil euros.
A investigação da Polícia Judiciária apurou que de Fevereiro de 2006 a Outubro de 2007 os administradores foram responsáveis por despesas de 64 mil euros em almoços e jantares em restaurantes, muitos deles de luxo, em Portugal e no estrangeiro.
Francisco Ribeiro, Clara Costa e Mário Peças tinham oito cartões de crédito da Gebalis com um plafond mensal entre cinco mil e dez mil euros. A Gebalis avançou com um pedido indemnização aos ex-gestores de 5,9 milhões de euros por danos patrimoniais.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/almocaradas-vao-a-tribunal
O julgamento, segundo o CM apurou, será marcado pela 6ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa, onde o processo está depois de ter havido dúvidas sobre se ficaria na 5ª ou na 6ª varas criminais. Os ex-gestores da Gebalis foram acusados pelo Ministério Público, no final de 2008, de terem causado à Gebalis um prejuízo total de cerca de 200 mil euros.
A investigação da Polícia Judiciária apurou que de Fevereiro de 2006 a Outubro de 2007 os administradores foram responsáveis por despesas de 64 mil euros em almoços e jantares em restaurantes, muitos deles de luxo, em Portugal e no estrangeiro.
Francisco Ribeiro, Clara Costa e Mário Peças tinham oito cartões de crédito da Gebalis com um plafond mensal entre cinco mil e dez mil euros. A Gebalis avançou com um pedido indemnização aos ex-gestores de 5,9 milhões de euros por danos patrimoniais.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/almocaradas-vao-a-tribunal
Dirigente do PS com licenciatura duvidosa
O secretário nacional adjunto do PS, e homem de confiança de José Sócrates, André Figueiredo apresenta-se como advogado e jurista, mas um professor de Direito da Universidade Internacional da Figueira da Foz (UIFF) garante que o político não terá completado o curso.
André Figueiredo inscreveu-se em 1995 na UIFF e, meses antes de o estabelecimento de ensino ser encerrado pela tutela, em Novembro de 2009, pediu um certificado de habilitações. Mas, para completar a licenciatura, faltava--lhe a aprovação na cadeira de Estágio Curricular, correspondente a 200 horas numa instituição ou entidade, findas as quais teria de apresentar um relatório e fazer a respectiva defesa oral perante o professor.
Tiago Castelo Branco, advogado, à data docente e coordenador da disciplina de Estágio Curricular na UIFF, disse ontem ao CM que não avaliou o aluno: "Não lhe dei qualquer avaliação à disciplina de Estágio Curricular. Ele não apresentou uma proposta de estágio nem se deslocou aos serviços académicos para a universidade lhe arranjar uma entidade onde pudesse fazer o estágio."
Segundo o professor universitário, o secretário nacional adjunto do PS só poderia obter aprovação à disciplina através da acreditação de competências – processo que, ao que sabe, não foi desencadeado. Isto porque, após o encerramento da UIFF, o conselho científico da faculdade não voltou a reunir-se. "Parece-me que o conselho científico não existia e não me foi pedida qualquer avaliação ou parecer relacionado com o aluno em causa", explica.
No entanto, já em Janeiro de 2005 André Figueiredo assinou um parecer no boletim trimestral da Comissão Nacional de Eleições, enquanto membro do Gabinete Jurídico do organismo público. Ainda em 2005, o então militante da JS candidatou-se ao Conselho Jurisdicional da Federação Portuguesa de Triatlo, escrevendo no currículo "Licenciado em Direito – Advogado". Em Abril de 2009, deu uma conferência na Guarda onde se apresentou como advogado.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/dirigente-do-ps-com-licenciatura-duvidosa
André Figueiredo inscreveu-se em 1995 na UIFF e, meses antes de o estabelecimento de ensino ser encerrado pela tutela, em Novembro de 2009, pediu um certificado de habilitações. Mas, para completar a licenciatura, faltava--lhe a aprovação na cadeira de Estágio Curricular, correspondente a 200 horas numa instituição ou entidade, findas as quais teria de apresentar um relatório e fazer a respectiva defesa oral perante o professor.
Tiago Castelo Branco, advogado, à data docente e coordenador da disciplina de Estágio Curricular na UIFF, disse ontem ao CM que não avaliou o aluno: "Não lhe dei qualquer avaliação à disciplina de Estágio Curricular. Ele não apresentou uma proposta de estágio nem se deslocou aos serviços académicos para a universidade lhe arranjar uma entidade onde pudesse fazer o estágio."
Segundo o professor universitário, o secretário nacional adjunto do PS só poderia obter aprovação à disciplina através da acreditação de competências – processo que, ao que sabe, não foi desencadeado. Isto porque, após o encerramento da UIFF, o conselho científico da faculdade não voltou a reunir-se. "Parece-me que o conselho científico não existia e não me foi pedida qualquer avaliação ou parecer relacionado com o aluno em causa", explica.
No entanto, já em Janeiro de 2005 André Figueiredo assinou um parecer no boletim trimestral da Comissão Nacional de Eleições, enquanto membro do Gabinete Jurídico do organismo público. Ainda em 2005, o então militante da JS candidatou-se ao Conselho Jurisdicional da Federação Portuguesa de Triatlo, escrevendo no currículo "Licenciado em Direito – Advogado". Em Abril de 2009, deu uma conferência na Guarda onde se apresentou como advogado.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/dirigente-do-ps-com-licenciatura-duvidosa
13 de setembro de 2010
Deputado britânico descobre que mulher era prostituta
O deputado britânico Mike Weatherley está na ribalta, após revelações de que a mulher era prostituta em três bordéis ingleses.
A Grã-Bretanha vive mais um escândalo ligado à prostituição. Segundo o jornal "Sunday Mirror", a mulher com quem o deputado conservador Mike Weatherley foi casado até há pouco, uma brasileira chamada Carla, é uma prostituta.
O jornal diz que Carla, de 39 anos, trabalha em três bordéis ingleses com nomes falsos, cobrando 70 libras (cerca de 84 euros) por hora. "Gosto disto aqui: clientes simpáticos, pessoas simpáticas, lugar simpático e bom dinheiro", terá dito Carla a um jornalista encoberto do "Sunday Mirror".
Mike Weatherley, de 53 anos, faz parte da nova vaga de deputados que chegou ao Parlamento com o atual primeiro-ministro, David Cameron. Carla, casada há sete anos com Weatherley - que já tinha sido casado anteriormente - chegou a ser fotografada, há dois meses, em visita ao Parlamento. O deputado garante, porém, que estão separados desde fevereiro. "Ainda estou chocado com a notícia" confessou Weatherley ao "Sunday Mirror".
A história do casal começou há dez anos, no Rio de Janeiro, Brasil. onde Weatherley estava em trabalho. Já nessa altura Carla seria prostituta. Em 2003, casaram-se em Brighton, tendo a profissão oficial de Carla sido declarada como "dona de casa". Em 2007, Carla regressou ao Brasil, mas Weatherley pediu-lhe que voltasse a Inglaterra para o apoiar na campanha eleitoral deste ano.
FONTE: http://aeiou.expresso.pt/deputado-britanico-descobre-que-mulher-era-prostituta=f602591
A Grã-Bretanha vive mais um escândalo ligado à prostituição. Segundo o jornal "Sunday Mirror", a mulher com quem o deputado conservador Mike Weatherley foi casado até há pouco, uma brasileira chamada Carla, é uma prostituta.
O jornal diz que Carla, de 39 anos, trabalha em três bordéis ingleses com nomes falsos, cobrando 70 libras (cerca de 84 euros) por hora. "Gosto disto aqui: clientes simpáticos, pessoas simpáticas, lugar simpático e bom dinheiro", terá dito Carla a um jornalista encoberto do "Sunday Mirror".
Mike Weatherley, de 53 anos, faz parte da nova vaga de deputados que chegou ao Parlamento com o atual primeiro-ministro, David Cameron. Carla, casada há sete anos com Weatherley - que já tinha sido casado anteriormente - chegou a ser fotografada, há dois meses, em visita ao Parlamento. O deputado garante, porém, que estão separados desde fevereiro. "Ainda estou chocado com a notícia" confessou Weatherley ao "Sunday Mirror".
A história do casal começou há dez anos, no Rio de Janeiro, Brasil. onde Weatherley estava em trabalho. Já nessa altura Carla seria prostituta. Em 2003, casaram-se em Brighton, tendo a profissão oficial de Carla sido declarada como "dona de casa". Em 2007, Carla regressou ao Brasil, mas Weatherley pediu-lhe que voltasse a Inglaterra para o apoiar na campanha eleitoral deste ano.
FONTE: http://aeiou.expresso.pt/deputado-britanico-descobre-que-mulher-era-prostituta=f602591
Cidade americana proíbe o uso de calças descaídas
Imagina um lugar em que usar calças descaídas passou a ser tão condenável quanto a masturbação ou fornicação em público? Esse lugar fica em Dublin, na Geórgia, EUA.
Não é anedota. O presidente da Câmara da cidade norte-americana de Dublin, no estado da Georgia, deverá assinar na próxima terça-feira uma lei proibindo o uso de calças descaídas.
De acordo com os critérios estéticos deste político o cidadão que ousar prevaricar usando calças ou saias que revelem mais do que é permitido deverá pagar 200 dólares (cerca de 150 euros) de multa.
Esta insólita lei, criada pelo pelo controverso presidente de Câmara, Phil Best, não tolerará aos cidadãos que revelem mais do que três centímetros de pele ou roupa interior, caso contrário serão julgados no mesmo enquadramento jurídicos dos atos de masturbação, fornicação e urinar em público. Apetece citar o carismático jornalista Fernando Peça: "E esta, hein?"
FONTE: http://aeiou.expresso.pt/cidade-americana-proibe-o-uso-de-calcas-descaidas=f602762
Não é anedota. O presidente da Câmara da cidade norte-americana de Dublin, no estado da Georgia, deverá assinar na próxima terça-feira uma lei proibindo o uso de calças descaídas.
De acordo com os critérios estéticos deste político o cidadão que ousar prevaricar usando calças ou saias que revelem mais do que é permitido deverá pagar 200 dólares (cerca de 150 euros) de multa.
Esta insólita lei, criada pelo pelo controverso presidente de Câmara, Phil Best, não tolerará aos cidadãos que revelem mais do que três centímetros de pele ou roupa interior, caso contrário serão julgados no mesmo enquadramento jurídicos dos atos de masturbação, fornicação e urinar em público. Apetece citar o carismático jornalista Fernando Peça: "E esta, hein?"
FONTE: http://aeiou.expresso.pt/cidade-americana-proibe-o-uso-de-calcas-descaidas=f602762
Matou marido e dormiu três dias com o cadáver
Um mulher, de 63 anos, foi detida pela Polícia Judiciária, em Lisboa, depois de ter assassinado o marido à facada e à martelada. Ao lado do cadáver, dormiu durante três dias. A vítima estava quase cega e a agressora andava em tratamento psiquiátrico.
O homicídio terá ocorrido na quarta-feira, à noite, mas só foi descoberto anteontem, sábado, de manhã, quando a filha do casal, cerca das 11 horas, bateu à porta dos pais, para os visitar, em Santo Antão do Tojal, uma freguesia do concelho de Loures.
A agressora terá saído no dia em que praticou o crime do Hospital Júlio de Matos, em Lisboa, onde estava a receber tratamento psiquiátrico com regularidade. A doença era conhecida de todos, mas ninguém esperava aquele desfecho. “Como é que ela foi fazer aquilo?”, perguntam os vizinhos.
Com efeito, segundo vizinhos do casal adiantaram ao JN, a filha, com cerca de 30 anos, ao entrar na casa dos pais, deu com a mãe deitada na cama, enquanto o pai, conhecido por Zé do Metro, de 65 anos, por ter sido empregado do Metro de Lisboa, estava caído no chão, morto. A vítima apresentava vários hematomas e ferimentos, provocados por uma arma branca e por um martelo, que se encontravam também no chão, juntamente a uma corda.
No entanto, o casal sempre tivera um passado de conflito, aparentemente devido a uma relação extra-conjugal que o marido terá tido quando a filha do casal ainda nem 10 anos tinha.
“O marido saiu de casa para ir viver com outra mulher e ela é que ficou, sozinha, a criar a filha”, contou, ao JN, Maria da Conceição, moradora também na localidade.
Terá sido por essa razão que a presumível agressora, Glória, começou a sofrer depressões, condição de que nunca mais se libertaria. A casa, uma modesta vivenda na Travessa de Ivone Silva, já era então do casal, “mas só tinha as paredes”, contou, por sua vez, Júlio Santos, de 53 anos.
Glória, sem outra casa, acabou por ir residir na vivenda, que praticamente só tinha paredes. ?Olhe, sabe como é que ela fazia? Acabou uma divisão, vivia lá, e ia fazendo assim, até estar tudo acabado, mas foi ela quem pagou tudo?, apontam as vizinhas.
Sem recursos, era comum os moradores de Santo Antão do Tojal verem a Glória todos os dias passar no centro da localidade carregada com sacos de roupa para ir vender no Metropolitano de Lisboa, onde o marido trabalhava. “Coitada, foi assim que ela criou a filha, sem ninguém a ajudá-la”, recordou Maria da Encarnação.
Um dia, passados mais de dez anos, apareceu-lhe o marido à porta, a mulher que com ele vivera e por quem abandonara a casa tinha falecido e “ele não devia ter mais lado nenhum para onde ir”, recorda Júlio Santos. Glória não o quereria receber, mas a filha terá pedido à mãe para aceitar de novo o pai.
Mas o ambiente não melhorou por isso e, bem pelo contrário, ter-se-á agravado. Várias vizinhas testemunham conflitos frequentes entre o casal.
Na rua, no entanto, ninguém dava por nada. Ele, devido à diabetes, acabou por ficar quase cego e, para andar na rua, já só o podia fazer com uma bengala. Atrás vinha sempre a Glória, meio titubeante, os medicamentos e as depressões a dificultarem-lhe os movimentos.
E nunca mais deixou o tratamento hospitalar, num ambiente mental cada vez grave e conflituoso. No sábado à noite, acabou por confessar ter assassinado o marido e manteve-se três dias perto do cadáver.
FONTE: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1661222
O homicídio terá ocorrido na quarta-feira, à noite, mas só foi descoberto anteontem, sábado, de manhã, quando a filha do casal, cerca das 11 horas, bateu à porta dos pais, para os visitar, em Santo Antão do Tojal, uma freguesia do concelho de Loures.
A agressora terá saído no dia em que praticou o crime do Hospital Júlio de Matos, em Lisboa, onde estava a receber tratamento psiquiátrico com regularidade. A doença era conhecida de todos, mas ninguém esperava aquele desfecho. “Como é que ela foi fazer aquilo?”, perguntam os vizinhos.
Com efeito, segundo vizinhos do casal adiantaram ao JN, a filha, com cerca de 30 anos, ao entrar na casa dos pais, deu com a mãe deitada na cama, enquanto o pai, conhecido por Zé do Metro, de 65 anos, por ter sido empregado do Metro de Lisboa, estava caído no chão, morto. A vítima apresentava vários hematomas e ferimentos, provocados por uma arma branca e por um martelo, que se encontravam também no chão, juntamente a uma corda.
No entanto, o casal sempre tivera um passado de conflito, aparentemente devido a uma relação extra-conjugal que o marido terá tido quando a filha do casal ainda nem 10 anos tinha.
“O marido saiu de casa para ir viver com outra mulher e ela é que ficou, sozinha, a criar a filha”, contou, ao JN, Maria da Conceição, moradora também na localidade.
Terá sido por essa razão que a presumível agressora, Glória, começou a sofrer depressões, condição de que nunca mais se libertaria. A casa, uma modesta vivenda na Travessa de Ivone Silva, já era então do casal, “mas só tinha as paredes”, contou, por sua vez, Júlio Santos, de 53 anos.
Glória, sem outra casa, acabou por ir residir na vivenda, que praticamente só tinha paredes. ?Olhe, sabe como é que ela fazia? Acabou uma divisão, vivia lá, e ia fazendo assim, até estar tudo acabado, mas foi ela quem pagou tudo?, apontam as vizinhas.
Sem recursos, era comum os moradores de Santo Antão do Tojal verem a Glória todos os dias passar no centro da localidade carregada com sacos de roupa para ir vender no Metropolitano de Lisboa, onde o marido trabalhava. “Coitada, foi assim que ela criou a filha, sem ninguém a ajudá-la”, recordou Maria da Encarnação.
Um dia, passados mais de dez anos, apareceu-lhe o marido à porta, a mulher que com ele vivera e por quem abandonara a casa tinha falecido e “ele não devia ter mais lado nenhum para onde ir”, recorda Júlio Santos. Glória não o quereria receber, mas a filha terá pedido à mãe para aceitar de novo o pai.
Mas o ambiente não melhorou por isso e, bem pelo contrário, ter-se-á agravado. Várias vizinhas testemunham conflitos frequentes entre o casal.
Na rua, no entanto, ninguém dava por nada. Ele, devido à diabetes, acabou por ficar quase cego e, para andar na rua, já só o podia fazer com uma bengala. Atrás vinha sempre a Glória, meio titubeante, os medicamentos e as depressões a dificultarem-lhe os movimentos.
E nunca mais deixou o tratamento hospitalar, num ambiente mental cada vez grave e conflituoso. No sábado à noite, acabou por confessar ter assassinado o marido e manteve-se três dias perto do cadáver.
FONTE: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1661222
8 de setembro de 2010
Magalhães na gaveta
Lançado em 2007 como grande bandeira do primeiro governo de Sócrates, o computador portátil Magalhães parece estar cada vez mais encostado a um canto nos lares portugueses. "A minha filha Rita usa pouco o Magalhães e quando o faz é para jogar. Nunca levou o computador para as aulas", disse ao CM Isabel Reis, de 47 anos, secretária e mãe de uma aluna do 4º ano, em Lisboa. O registo é semelhante ao de todos os pais ouvidos pelo CM. "O meu filho Igor, de 10 anos, praticamente não o usa, prefere outro que temos em casa. Só o levou uma vez para a escola, não foi estimulado a usar mais. Gastei 50 euros para nada", conta Susana Duarte, de 31 anos, monitora num colégio privado em Lisboa.
De acordo com o Governo, o programa e.escolinha já distribuiu 412 713 Magalhães. As famílias dos alunos pagaram directamente 12 milhões de euros e a Acção Social Escolar 50 milhões de euros. E a ministra da Educação, Isabel Alçada, já anunciou que no arranque do ano lectivo serão distribuídos outros 250 mil, que custarão mais de 50 milhões de euros aos contribuintes.
Os professores apontam o dedo ao Governo pela escassa utilização do portátil. "O Magalhães chegou às escolas como elemento de propaganda do Governo e não como instrumento de trabalho de alunos e professores", disse ao CM Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, criticando a falta de acções de formação para melhor preparar os docentes.
Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap), considera que a má escolha dos conteúdos explica o facto de os Magalhães não estarem a ser mais bem aproveitados. "O Ministério da Educação teve dificuldade em definir melhor os conteúdos ligados ao computador para tornar o Magalhães um instrumento incontornável e de grande utilidade nas escolas. É preciso também mais formação de docentes na área das TIC [Tecnologias de Informação e Comunicação]", afirmou ao CM.
A pedopsiquiatra Ana Vasconcelos reconhece que "muitas vezes o Magalhães é posto a um canto" e responsabiliza os pais: "Muitos pais vêem o Magalhães como uma consola de jogos e não investem o suficiente para que os filhos possam tirar mais do portátil." Como sucede noutras situações, a falta de tempo dos pais para os filhos é um problema.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/ensino/magalhaes-na-gaveta
De acordo com o Governo, o programa e.escolinha já distribuiu 412 713 Magalhães. As famílias dos alunos pagaram directamente 12 milhões de euros e a Acção Social Escolar 50 milhões de euros. E a ministra da Educação, Isabel Alçada, já anunciou que no arranque do ano lectivo serão distribuídos outros 250 mil, que custarão mais de 50 milhões de euros aos contribuintes.
Os professores apontam o dedo ao Governo pela escassa utilização do portátil. "O Magalhães chegou às escolas como elemento de propaganda do Governo e não como instrumento de trabalho de alunos e professores", disse ao CM Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, criticando a falta de acções de formação para melhor preparar os docentes.
Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap), considera que a má escolha dos conteúdos explica o facto de os Magalhães não estarem a ser mais bem aproveitados. "O Ministério da Educação teve dificuldade em definir melhor os conteúdos ligados ao computador para tornar o Magalhães um instrumento incontornável e de grande utilidade nas escolas. É preciso também mais formação de docentes na área das TIC [Tecnologias de Informação e Comunicação]", afirmou ao CM.
A pedopsiquiatra Ana Vasconcelos reconhece que "muitas vezes o Magalhães é posto a um canto" e responsabiliza os pais: "Muitos pais vêem o Magalhães como uma consola de jogos e não investem o suficiente para que os filhos possam tirar mais do portátil." Como sucede noutras situações, a falta de tempo dos pais para os filhos é um problema.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/ensino/magalhaes-na-gaveta
Preços altos nos combustíveis: Cavaco recebe carta
O Automóvel Clube de Portugal (ACP) queixou-se dos preços excessivos dos combustíveis em carta ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e à Comissão Europeia, após alertas para indícios de concertação de preços no mercado português.
"O ACP sempre teve razão ao denunciar a inoperância da Autoridade da Concorrência (AdC) face aos preços excessivos dos combustíveis que lesam gravemente os consumidores", refere a carta, enviada ao Presidente da República, ao primeiro-ministro, ao ministro da Economia e aos grupos parlamentares portugueses, a que a agência Lusa teve acesso.
Na segunda-feira, o anúncio, pela Galp, da abertura de um posto de gasolina de baixo custo, levou o ACP a dizer que a petrolífera portuguesa lhe deu razão, chamando a atenção para os indícios de concertação no preço da venda de combustíveis ao público.
"O ACP há mais de um ano que denunciou indícios de concertação de preços das gasolineiras", lembrou na segunda feira o clube, que fez já uma denúncia à Comissão Europeia, em carta enviada ao comissário da Concorrência, Joaquín Almunia.
Na carta aos responsáveis políticos portugueses, o ACP refere que, desde Outubro de 2008, tem vindo a denunciar a "inoperância" do regulador da concorrência português face aos excessivos preços dos combustíveis.
"A resposta da AdC foi sendo sucessivamente a mesma: não há nada a perturbar a livre concorrência. Mesmo perante o espanto do ministro da Economia, a propósito dos preços excessivos praticados em Portugal, a AdC manteve a resposta - o mercado funciona", diz a carta.
O clube refere que, de toda a União Europeia, Portugal é o país que pratica os segundos preços mais caros nos combustíveis, mesmo antes de impostos, depois da Grécia.
"A situação foi prontamente justificada por sermos um país periférico, onde o mercado teria pouca dimensão e estaria em redução. E também que se as gasolineiras baixassem 1 cêntimo no preço dos combustíveis, Portugal teria outro lugar no ranking, mas que em todo o caso as diferenças seriam mínimas para o consumidor", diz a carta.
O ACP prossegue considerando que, "uma semana depois, a Galp - que detém uma posição dominante no mercado e controla o sector desde a importação até à distribuição - apresenta a Galp Base para concorrer directamente com os postos 'low-cost' de hipermercados e independentes, numa altura em que se conheceu o seu enorme crescimento no mercado nacional" e que a gasolineira justifica a "mudança de posição" com factores empresariais.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/precos-altos-nos-combustiveis-cavaco-recebe-carta
"O ACP sempre teve razão ao denunciar a inoperância da Autoridade da Concorrência (AdC) face aos preços excessivos dos combustíveis que lesam gravemente os consumidores", refere a carta, enviada ao Presidente da República, ao primeiro-ministro, ao ministro da Economia e aos grupos parlamentares portugueses, a que a agência Lusa teve acesso.
Na segunda-feira, o anúncio, pela Galp, da abertura de um posto de gasolina de baixo custo, levou o ACP a dizer que a petrolífera portuguesa lhe deu razão, chamando a atenção para os indícios de concertação no preço da venda de combustíveis ao público.
"O ACP há mais de um ano que denunciou indícios de concertação de preços das gasolineiras", lembrou na segunda feira o clube, que fez já uma denúncia à Comissão Europeia, em carta enviada ao comissário da Concorrência, Joaquín Almunia.
Na carta aos responsáveis políticos portugueses, o ACP refere que, desde Outubro de 2008, tem vindo a denunciar a "inoperância" do regulador da concorrência português face aos excessivos preços dos combustíveis.
"A resposta da AdC foi sendo sucessivamente a mesma: não há nada a perturbar a livre concorrência. Mesmo perante o espanto do ministro da Economia, a propósito dos preços excessivos praticados em Portugal, a AdC manteve a resposta - o mercado funciona", diz a carta.
O clube refere que, de toda a União Europeia, Portugal é o país que pratica os segundos preços mais caros nos combustíveis, mesmo antes de impostos, depois da Grécia.
"A situação foi prontamente justificada por sermos um país periférico, onde o mercado teria pouca dimensão e estaria em redução. E também que se as gasolineiras baixassem 1 cêntimo no preço dos combustíveis, Portugal teria outro lugar no ranking, mas que em todo o caso as diferenças seriam mínimas para o consumidor", diz a carta.
O ACP prossegue considerando que, "uma semana depois, a Galp - que detém uma posição dominante no mercado e controla o sector desde a importação até à distribuição - apresenta a Galp Base para concorrer directamente com os postos 'low-cost' de hipermercados e independentes, numa altura em que se conheceu o seu enorme crescimento no mercado nacional" e que a gasolineira justifica a "mudança de posição" com factores empresariais.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/precos-altos-nos-combustiveis-cavaco-recebe-carta
Custo da dívida pública dispara
Empréstimos contraídos por Portugal vão custar, no próximo ano, 7,18 mil milhões de euros. Por dia, são cerca de 20 milhões de euros.
Os encargos com a dívida pública portuguesa vão disparar em 2011: em Março deste ano, muito antes de a crise financeira ter abalado a dívida soberana de vários países europeus, o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), organismo responsável pela gestão da dívida da República Portuguesa, já previa que a despesa com os juros dos empréstimos contraídos por Portugal irá ascender, no próximo ano, a quase 20 milhões de euros por dia.
Por força das necessidades de financiamento da forte subida do spread dos juros cobrados a Portugal em 2010, o IGCP prevê, segundo o seu relatório e contas de 2009, que no próximo ano a dívida pública tenha um custo total de 7,18 mil milhões de euros, um aumento de 34 por cento face aos 5,36 milhões de euros de despesa com juros prevista para este ano.
Só que a despesa com os juros dos empréstimos contraídos por Portugal poderá crescer ainda mais em 2011, devido ao aumento da desconfiança dos investidores sobre as economias de Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia. Ontem, o spread dos juros cobrados a Portugal pela emissão de Obrigações do Tesouro (OT) atingiu um máximo histórico quando comparado com o preço pago pelas obrigações alemãs a 10 anos, consideradas o investimento mais seguro da Europa: a taxa de juro da dívida pública portuguesa com maturidade a 10 anos chegou a 5,795 por cento. E os ‘credit default swap’ (CDS), seguros feitos pelos investidores para se protegerem do risco de incumprimento dos Estados, também aumentaram.
Com o custo do financiamento público a ficar mais caro, Portugal enfrenta hoje um teste à sua capacidade de atracção de investidores para a dívida pública: durante a manhã, o IGCP vai emitir dívida pública em OT entre 750 milhões de euros e 1,25 mil milhões de euros.
Cada uma destas linhas terá uma emissão mínima de 300 milhões de euros.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/custo-da-divida-publica-dispara
Os encargos com a dívida pública portuguesa vão disparar em 2011: em Março deste ano, muito antes de a crise financeira ter abalado a dívida soberana de vários países europeus, o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), organismo responsável pela gestão da dívida da República Portuguesa, já previa que a despesa com os juros dos empréstimos contraídos por Portugal irá ascender, no próximo ano, a quase 20 milhões de euros por dia.
Por força das necessidades de financiamento da forte subida do spread dos juros cobrados a Portugal em 2010, o IGCP prevê, segundo o seu relatório e contas de 2009, que no próximo ano a dívida pública tenha um custo total de 7,18 mil milhões de euros, um aumento de 34 por cento face aos 5,36 milhões de euros de despesa com juros prevista para este ano.
Só que a despesa com os juros dos empréstimos contraídos por Portugal poderá crescer ainda mais em 2011, devido ao aumento da desconfiança dos investidores sobre as economias de Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia. Ontem, o spread dos juros cobrados a Portugal pela emissão de Obrigações do Tesouro (OT) atingiu um máximo histórico quando comparado com o preço pago pelas obrigações alemãs a 10 anos, consideradas o investimento mais seguro da Europa: a taxa de juro da dívida pública portuguesa com maturidade a 10 anos chegou a 5,795 por cento. E os ‘credit default swap’ (CDS), seguros feitos pelos investidores para se protegerem do risco de incumprimento dos Estados, também aumentaram.
Com o custo do financiamento público a ficar mais caro, Portugal enfrenta hoje um teste à sua capacidade de atracção de investidores para a dívida pública: durante a manhã, o IGCP vai emitir dívida pública em OT entre 750 milhões de euros e 1,25 mil milhões de euros.
Cada uma destas linhas terá uma emissão mínima de 300 milhões de euros.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/custo-da-divida-publica-dispara
Viúva de vítima paga julgamento
Mulher de homem assassinado em casa, a tiro de caçadeira, obrigada a pagar o dobro do valor que o homicida vai ter de pagar em taxas judiciais.
O crime passional remonta a Janeiro de 2009 e aconteceu na Manta Rota. O companheiro de Ana Paula, Cândido Rocha, foi brutalmente assassinado com um tiro de caçadeira disparado por Humberto Crespim, o homem com quem Ana Paula manteve um relacionamento amoroso e teve uma filha há 13 anos.
O Tribunal de Vila Real de Santo António julgou o caso e, em Outubro do ano passado, condenou Humberto Crespim a 22 anos e seis meses de cadeia (ver caixa). Meses depois, a viúva e a mãe, Maria Assunção – que chegou a estar sequestrada pelo assassino na noite do crime e escapou a um disparo de caçadeira – foram notificadas para pagar 2917,20 euros e 448,80 euros, respectivamente. Os valores são relativos a taxas de justiça, dinheiro que a família diz não ter. "Não tenho dinheiro para comer, quanto mais para pagar ao tribunal", desabafou ao CM, em desespero, Ana Paula Candeias.
A viúva e a mãe quiseram, segundo o advogado António Barata Pires, "ajudar o tribunal a fazer justiça e constituíram-se assistentes no processo, mas ainda foram prejudicadas". Nunca pensaram era que iriam ter de pagar custas judiciais mais altas que o próprio assassino, que foi condenado a pagar 1456,92 euros, metade do que a viúva foi notificada para pagar.
De lágrimas nos olhos, Ana Paula diz não compreender como é possível o tribunal querer obrigá--la a pagar o dobro do valor a que o homicida foi condenado. "Não compreendo. Fiquei sem o marido e agora tenho que pagar o julgamento do assassino", diz, revoltada. O defensor António Barata Pires lamenta ao CM que o Estado "castigue quem procura defender os seus interesses, sem olhar às condições sociais de cada um".
"PERDI O MEU MARIDO E ESTOU NA MISÉRIA"
A vida de Ana Paula depois da morte do companheiro tornou-se um inferno. "Perdi o marido e estou na miséria", disse, desesperada, a mãe de duas filhas. O dinheiro que ganha é insuficiente para pagar as contas e sustentar a família. "Ganho cerca de 500 euros e pago de renda mensal de casa 420 euros", lamenta. A filha mais velha começou a trabalhar para ajudar a levar comida para casa. Mesmo assim, a situação financeira da família é muito complicada, o que já levou Ana Paula a vender um motociclo para conseguir pagar as contas. A Câmara de Vila Real de Santo António, logo a seguir ao crime, ajudou a viúva com produtos alimentares, mas o apoio terminou. Chegou a prometer-lhe "uma casa no bairro social da Manta Rota, mas a habitação foi entregue a outra família", lamenta Ana Paula.
TRIBUNAL NEGOU INDEMNIZAÇÃO À FAMÍLIA
Humberto Crespim foi condenado pelo tribunal a 22 anos e seis meses de prisão, em cúmulo jurídico, por homicídio qualificado, homicídio qualificado na forma tentada, sequestro e posse e uso de arma proibida. Quanto ao processo civil de indemnização à mulher da vítima (que sofreu várias ameaças), e à sogra (que foi sequestrada na cozinha e escapou a um tiro de caçadeira disparado na sua direcção), foi rejeitado. O tribunal alegou que Ana Paula Candeias não era casada legalmente com a vítima mortal e, por isso, não tinha qualquer direito a receber indemnização, apesar de também ter sido vítima.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/viuva-de-vitima-paga-julgamento
O crime passional remonta a Janeiro de 2009 e aconteceu na Manta Rota. O companheiro de Ana Paula, Cândido Rocha, foi brutalmente assassinado com um tiro de caçadeira disparado por Humberto Crespim, o homem com quem Ana Paula manteve um relacionamento amoroso e teve uma filha há 13 anos.
O Tribunal de Vila Real de Santo António julgou o caso e, em Outubro do ano passado, condenou Humberto Crespim a 22 anos e seis meses de cadeia (ver caixa). Meses depois, a viúva e a mãe, Maria Assunção – que chegou a estar sequestrada pelo assassino na noite do crime e escapou a um disparo de caçadeira – foram notificadas para pagar 2917,20 euros e 448,80 euros, respectivamente. Os valores são relativos a taxas de justiça, dinheiro que a família diz não ter. "Não tenho dinheiro para comer, quanto mais para pagar ao tribunal", desabafou ao CM, em desespero, Ana Paula Candeias.
A viúva e a mãe quiseram, segundo o advogado António Barata Pires, "ajudar o tribunal a fazer justiça e constituíram-se assistentes no processo, mas ainda foram prejudicadas". Nunca pensaram era que iriam ter de pagar custas judiciais mais altas que o próprio assassino, que foi condenado a pagar 1456,92 euros, metade do que a viúva foi notificada para pagar.
De lágrimas nos olhos, Ana Paula diz não compreender como é possível o tribunal querer obrigá--la a pagar o dobro do valor a que o homicida foi condenado. "Não compreendo. Fiquei sem o marido e agora tenho que pagar o julgamento do assassino", diz, revoltada. O defensor António Barata Pires lamenta ao CM que o Estado "castigue quem procura defender os seus interesses, sem olhar às condições sociais de cada um".
"PERDI O MEU MARIDO E ESTOU NA MISÉRIA"
A vida de Ana Paula depois da morte do companheiro tornou-se um inferno. "Perdi o marido e estou na miséria", disse, desesperada, a mãe de duas filhas. O dinheiro que ganha é insuficiente para pagar as contas e sustentar a família. "Ganho cerca de 500 euros e pago de renda mensal de casa 420 euros", lamenta. A filha mais velha começou a trabalhar para ajudar a levar comida para casa. Mesmo assim, a situação financeira da família é muito complicada, o que já levou Ana Paula a vender um motociclo para conseguir pagar as contas. A Câmara de Vila Real de Santo António, logo a seguir ao crime, ajudou a viúva com produtos alimentares, mas o apoio terminou. Chegou a prometer-lhe "uma casa no bairro social da Manta Rota, mas a habitação foi entregue a outra família", lamenta Ana Paula.
TRIBUNAL NEGOU INDEMNIZAÇÃO À FAMÍLIA
Humberto Crespim foi condenado pelo tribunal a 22 anos e seis meses de prisão, em cúmulo jurídico, por homicídio qualificado, homicídio qualificado na forma tentada, sequestro e posse e uso de arma proibida. Quanto ao processo civil de indemnização à mulher da vítima (que sofreu várias ameaças), e à sogra (que foi sequestrada na cozinha e escapou a um tiro de caçadeira disparado na sua direcção), foi rejeitado. O tribunal alegou que Ana Paula Candeias não era casada legalmente com a vítima mortal e, por isso, não tinha qualquer direito a receber indemnização, apesar de também ter sido vítima.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/viuva-de-vitima-paga-julgamento
Finge leucemia para receber prendas
“Revoltado e furioso” são os adjectivos encontrados por Michael O’Connell para descrever o seu estado de espírito, depois de ter descoberto que a sua mulher, com quem casou a 2 de Maio, fingiu sofrer de leucemia para conseguir prendas.
Michael e Jessica Vega, ambos de 23 anos, conheceram-se há dois anos no Instituto Culinário de Manhattan, em Nova Iorque, e daí nasceu uma história de amor. Este ano, decidiram dar o nó, já após o nascimento da filha, Lily, agora com 11 meses.
Antes da cerimónia, Jessica anunciou que sofria de leucemia. “Pensei que ela estava a morrer e queria dar-lhe tudo o que quisesse antes que isso acontecesse”, afirmou Michael, em declarações ao jornal ‘Daily News’. A doença sensibilizou igualmente os 60 convidados que assistiram à cerimónia e que não pouparam esforços para mimar Jessica. Desde o vestido de noiva, às alianças e até uma lua-de-mel em Aruba, a jovem recebeu um pouco de tudo.
Mas a mentira tem perna curta e Michael acabou por descobrir toda a trama quando ligou para a clínica, onde supostamente a mulher era acompanhada, e ficou a saber que esta nunca ali tinha sido paciente. Acusando o marido de ser violento, Jessica garantiu que tinha uma carta que lhe diagnosticava leucemia e justificou que possa ter ocorrido um erro médico.
Quem já não acredita na história é o marido que está pronto para avançar para o divórcio. “Quero que a verdade venha ao de cima, se isso significar que ela tenha de ir para a cadeia, que vá. Tem de pagar pelo que fez”, advertiu.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/finge-leucemia-para-receber-prendas
Michael e Jessica Vega, ambos de 23 anos, conheceram-se há dois anos no Instituto Culinário de Manhattan, em Nova Iorque, e daí nasceu uma história de amor. Este ano, decidiram dar o nó, já após o nascimento da filha, Lily, agora com 11 meses.
Antes da cerimónia, Jessica anunciou que sofria de leucemia. “Pensei que ela estava a morrer e queria dar-lhe tudo o que quisesse antes que isso acontecesse”, afirmou Michael, em declarações ao jornal ‘Daily News’. A doença sensibilizou igualmente os 60 convidados que assistiram à cerimónia e que não pouparam esforços para mimar Jessica. Desde o vestido de noiva, às alianças e até uma lua-de-mel em Aruba, a jovem recebeu um pouco de tudo.
Mas a mentira tem perna curta e Michael acabou por descobrir toda a trama quando ligou para a clínica, onde supostamente a mulher era acompanhada, e ficou a saber que esta nunca ali tinha sido paciente. Acusando o marido de ser violento, Jessica garantiu que tinha uma carta que lhe diagnosticava leucemia e justificou que possa ter ocorrido um erro médico.
Quem já não acredita na história é o marido que está pronto para avançar para o divórcio. “Quero que a verdade venha ao de cima, se isso significar que ela tenha de ir para a cadeia, que vá. Tem de pagar pelo que fez”, advertiu.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/finge-leucemia-para-receber-prendas
3 de setembro de 2010
Técnicos do INEM sem formação para socorrer
Mais de metade dos serviços de emergência são feitos com técnicos de transporte.
A grande maioria das ambulâncias ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) opera com técnicos sem formação para o socorro. Mais de metade das tripulações apenas está credenciada para transporte de doentes e não dispõe de conhecimentos para aplicar técnicas de socorro e de emergência, que permitem salvar vidas. A associação e sindicato dos técnicos falam em "compadrio e ilegalidade".
Mais de metade dos serviços de emergência do INEM são feitos com técnicos de transporte e não de socorro, como determina a lei. De acordo com os mapas destes serviços, a que o DN teve acesso, apenas nos distritos de Beja e Coimbra a maioria dos serviços é feita por técnicos de socorro (TAS) formados para controlar hemorragias, efectuar manobras de reanimação cardio-respiratória, realizar partos e imobilizar traumatizados, como determina a lei para as guarnições das ambulâncias de socorro e que operam na emergência.
No resto do País, são os técnicos de ambulância de transporte (TAT), "que apenas podem conduzir a ambulância, quem faz estes serviços", alerta o presidente da Associação de Técnicos de Emergência. Nelson Baptista assegura que "é o próprio INEM que incentiva esta ilegalidade, porque sempre pagou os serviços diferenciando quando são feitos por TAS ou por TAT, que recebem menos 40%".
Nelson Baptista lembra que "foram formados quatro mil TAS mas apenas dois mil estão ao serviço. É preferível pagar menos, com ilegalidades, do que pagar a quem tem formação completa e específica para prestar socorro". No final, "são os sinistrados quem mais sofrem ao não terem os cuidados de emergência que julgam que estão a ter".
O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos de Emergência alerta para uma situação de "compadrio" em que "ao INEM não interessa fiscalizar a formação das tripulações". Ricardo Rocha explica que "o INEM precisa das tripulações da Cruz Vermelha e dos bombeiros e não as pode fiscalizar, porque isso implicava abdicar de grande parte das tripulações".
O sindicalista avisa que "ao efectuar serviços de emergência com TAT não se garante às populações socorro com técnicos credenciados". A esperança reside na nova carreira de técnico de emergência médica que "estará regulamentada no final do ano, para que o socorro de emergência seja feito por quem tem conhecimentos e competências para tal".
O DN pediu esclarecimentos ao INEM, que não foram prestados até ao fecho da edição.
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1653441
A grande maioria das ambulâncias ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) opera com técnicos sem formação para o socorro. Mais de metade das tripulações apenas está credenciada para transporte de doentes e não dispõe de conhecimentos para aplicar técnicas de socorro e de emergência, que permitem salvar vidas. A associação e sindicato dos técnicos falam em "compadrio e ilegalidade".
Mais de metade dos serviços de emergência do INEM são feitos com técnicos de transporte e não de socorro, como determina a lei. De acordo com os mapas destes serviços, a que o DN teve acesso, apenas nos distritos de Beja e Coimbra a maioria dos serviços é feita por técnicos de socorro (TAS) formados para controlar hemorragias, efectuar manobras de reanimação cardio-respiratória, realizar partos e imobilizar traumatizados, como determina a lei para as guarnições das ambulâncias de socorro e que operam na emergência.
No resto do País, são os técnicos de ambulância de transporte (TAT), "que apenas podem conduzir a ambulância, quem faz estes serviços", alerta o presidente da Associação de Técnicos de Emergência. Nelson Baptista assegura que "é o próprio INEM que incentiva esta ilegalidade, porque sempre pagou os serviços diferenciando quando são feitos por TAS ou por TAT, que recebem menos 40%".
Nelson Baptista lembra que "foram formados quatro mil TAS mas apenas dois mil estão ao serviço. É preferível pagar menos, com ilegalidades, do que pagar a quem tem formação completa e específica para prestar socorro". No final, "são os sinistrados quem mais sofrem ao não terem os cuidados de emergência que julgam que estão a ter".
O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos de Emergência alerta para uma situação de "compadrio" em que "ao INEM não interessa fiscalizar a formação das tripulações". Ricardo Rocha explica que "o INEM precisa das tripulações da Cruz Vermelha e dos bombeiros e não as pode fiscalizar, porque isso implicava abdicar de grande parte das tripulações".
O sindicalista avisa que "ao efectuar serviços de emergência com TAT não se garante às populações socorro com técnicos credenciados". A esperança reside na nova carreira de técnico de emergência médica que "estará regulamentada no final do ano, para que o socorro de emergência seja feito por quem tem conhecimentos e competências para tal".
O DN pediu esclarecimentos ao INEM, que não foram prestados até ao fecho da edição.
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1653441
Usa arame farpado na perna para evitar apetite sexual
Existem várias formas de inibir os desejos sexuais, entre produtos químicos e naturais a escolha é ampla, mas Sarah Cassidy, uma britânica de 43 anos, decidiu optar por um método mais radical e... doloroso: um cilício, ou seja, um cinto composto por arame farpado colocado na coxa da perna durante a noite, com o objectivo de mortificar e penitenciar quem o utiliza.
A mulher, directora de uma escola primária no Reino Unido, é solteira, não tem filhos e afirma que nunca manteve relações sexuais.
Ao jornal ‘Daily Mail’, a britânica destacou ainda que abomina drogas, não bebe álcool e quer continuar virgem, colocando o objecto de punição duas horas diárias para não ter apetite sexual.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/usa-arame-farpado-na-perna-para-evitar-apetite-sexual
A mulher, directora de uma escola primária no Reino Unido, é solteira, não tem filhos e afirma que nunca manteve relações sexuais.
Ao jornal ‘Daily Mail’, a britânica destacou ainda que abomina drogas, não bebe álcool e quer continuar virgem, colocando o objecto de punição duas horas diárias para não ter apetite sexual.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/usa-arame-farpado-na-perna-para-evitar-apetite-sexual
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