Empréstimos contraídos por Portugal vão custar, no próximo ano, 7,18 mil milhões de euros. Por dia, são cerca de 20 milhões de euros.
Os encargos com a dívida pública portuguesa vão disparar em 2011: em Março deste ano, muito antes de a crise financeira ter abalado a dívida soberana de vários países europeus, o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), organismo responsável pela gestão da dívida da República Portuguesa, já previa que a despesa com os juros dos empréstimos contraídos por Portugal irá ascender, no próximo ano, a quase 20 milhões de euros por dia.
Por força das necessidades de financiamento da forte subida do spread dos juros cobrados a Portugal em 2010, o IGCP prevê, segundo o seu relatório e contas de 2009, que no próximo ano a dívida pública tenha um custo total de 7,18 mil milhões de euros, um aumento de 34 por cento face aos 5,36 milhões de euros de despesa com juros prevista para este ano.
Só que a despesa com os juros dos empréstimos contraídos por Portugal poderá crescer ainda mais em 2011, devido ao aumento da desconfiança dos investidores sobre as economias de Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia. Ontem, o spread dos juros cobrados a Portugal pela emissão de Obrigações do Tesouro (OT) atingiu um máximo histórico quando comparado com o preço pago pelas obrigações alemãs a 10 anos, consideradas o investimento mais seguro da Europa: a taxa de juro da dívida pública portuguesa com maturidade a 10 anos chegou a 5,795 por cento. E os ‘credit default swap’ (CDS), seguros feitos pelos investidores para se protegerem do risco de incumprimento dos Estados, também aumentaram.
Com o custo do financiamento público a ficar mais caro, Portugal enfrenta hoje um teste à sua capacidade de atracção de investidores para a dívida pública: durante a manhã, o IGCP vai emitir dívida pública em OT entre 750 milhões de euros e 1,25 mil milhões de euros.
Cada uma destas linhas terá uma emissão mínima de 300 milhões de euros.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/custo-da-divida-publica-dispara
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