Tripulação do Falcon recusou transportar o primeiro-ministro de Bruxelas para Lisboa, porque tinha de descansar. Regresso foi em voo comercial.
A Força Aérea recusou transportar o primeiro-ministro entre Bruxelas e Lisboa na noite de 7 de Maio passado, após a realização da cimeira onde os líderes europeus aprovaram a ajuda financeira de emergência à Grécia. Com a recusa da tripulação do Falcon em voar, baseada na legislação que impõe regras precisas para o repouso, José Sócrates teve de regressar, no dia seguinte, a Lisboa num voo comercial.
Ao que o CM apurou, a tripulação do Falcon, que havia transportado o primeiro-ministro de Lisboa para Paris e daqui para a capital da Bélgica, baseou a recusa em regressar a Lisboa na noite de 7 de Maio na necessidade de repousar, dado que já teria ultrapassado o limite máximo das horas de voo. Certo é que, segundo fontes conhecedoras do caso, José Sócrates não gostou da atitude dos militares da Força Aérea que constituíam a equipa do Falcon.
Contactado pelo CM, o gabinete do primeiro-ministro não comenta este caso e o gabinete de Relações Públicas da Força Aérea remeteu as explicações para o Ministério da Defesa. O gabinete de Augusto Santos Silva avança uma explicação geral: 'Entre outras missões, os Falcon destinam-se a assegurar a deslocação de altas individualidades do Estado. As regras a que obedecem as actividades das tripulações, designadamente quanto a tempos de voo e de repouso, têm por fundamento a garantia da segurança dos voos e estão regulamentadas internacionalmente'.
Com base neste princípio, 'o Ministério da Defesa, por razões de segurança facilmente compreensíveis, entende não dever adiantar qualquer pormenor relativo a concretas deslocações realizadas por altas individualidades do Estado, com recurso ao Falcon'.
A 7 de Maio, antes da cimeira em Bruxelas, Sócrates participou na cimeira luso-francesa, em Paris, onde se reuniu com o primeiro-ministro e o presidente da República, François Fillon e Nicolas Sarkozy.
PARLAMENTO FICA COM MILHAS
Os pontos ou milhas acumulados pelos deputados e funcionários nas deslocações oficiais ao estrangeiro passam a reverter exclusivamente para a aquisição de viagens oficiais do Parlamento. Este é um dos princípios fixados numa resolução da Assembleia da República, ontem publicada em Diário da República, no âmbito das alterações à atribuição de despesas de transporte e alojamento e de ajudas de custo aos deputados.
Ainda em resposta à actual crise, através de uma política de restrição orçamental, a mesma resolução determina que os deputados passam a viajar em económica, sempre que as viagens não durem mais de três horas e meia.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/forca-aerea-deixa-socrates-em-terra
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