13 de outubro de 2011

Passos anuncia mais meia-hora de trabalho e mudança nos feriados

O primeiro-ministro, Passos Coelho, disse esta quinta-feira ao País que se vivem momentos de "emergência nacional", depois de doze horas de reunião de conselho ministros para aprovar o Orçamento de Estado para 2012. O Governo decidiu permitir o aumento em mais meia-hora de trabalho ao sector privado, além da alteração de datas de feriados para aumentar a produtividade.


"Temos que fazer muito mais" do que previsto, avisou o Chefe do Governo numa declaração sem direito a perguntas. Em causa poderá estar um buraco de cerca 4 mil milhões de euros.

"Em termos de emergência, o tempo é ainda mais precioso e a exigência ainda mais indispensável", sustentou.
"Vivemos momentos da maior gravidade. Todos os portugueses estão a sentir nas suas vidas o seu estrangulamento financeiro", disse.
Passos começou o seu discurso por dizer que, no passado, "habituámo-nos a tolerar as derrapagens orçamentais. Tornou-se um hábito político que urge reparar".
"No próximo ano as medidas serão mais sérias", disse, reiterando o compromisso "inabalável" do Governo de consolidação orçamental.

TAXA SOCIAL ÚNICA NÃO DESCE

O Governo decidiu assim não descer a Taxa Social Única (TSU): "Para contrariar o risco da deterioração económica, incluindo uma contração profunda e prolongada do nosso produto e do nosso tecido empresarial, o Governo decidiu permitir a expansão do horário de trabalho no sector privado em meia hora por dia durante os próximos dois anos, e ajustar o calendário dos feriados", afirmou o primeiro-ministro.

Passos Coelho disse ainda que "este é o modo mais eficaz e mais seguro de operar um efeito de competitividade", e "substitui a descida da TSU, que requer condições orçamentais particulares que neste momento o País não reúne". 

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