21 de outubro de 2011

Portugueses entre os mais infelizes da OCDE

Um novo relatório da OCDE concluiu que os portugueses estão no ' top 3' dos mais infelizes entre os 40 países estudados. 

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) utilizou dados a partir de 2010 para calcular a felicidade e o bem-estar das pessoas em 40 países diferentes e investigou quais os factores que têm maior influência sobre a felicidade das pessoas. Conclusão: Só os chineses e os húngaros estão mais insatisfeitos do que os portugueses.
Os cidadãos da Dinamarca são os mais felizes. Numa escala de 0 a 10, os dinamarqueses avaliam a sua satisfação com a vida em 7,8. Seguem-se os cidadãos do Canadá, Noruega, Suíça, Suécia, Holanda, Austrália, Israel, Finlândia, Irlanda, Áustria e Estados Unidos, onde as pessoas classificaram a sua satisfação com a vida em 7,2.
A OCDE também investigou quais os factores de vida que têm maior impacto no bem-estar. O grupo entrevistou mais de meio milhão de pessoas a nível mundial numa pesquisa online, e comparou a felicidade e satisfação com a vida com outros atributos, tais como a situação no trabalho, a saúde, o sentimento de comunidade e a participação cívica.
A Organização descobriu que "ter um emprego é um elemento essencial de bem-estar. Bons empregos fornecem ganhos, mas também moldam a identidade pessoal e oportunidades para as relações sociais".
O estudo da OCDE revela ainda que passar pouco tempo no trânsito, ter acesso a espaços verdes, ambientes limpos, passar tempo com amigos e familiares e participar em actividades políticas relacionam-se directamente com o sentimento de felicidade das pessoas, e têm um impacto maior do que os rendimentos.
Dentro dos países, no entanto, o relatório descobriu que os níveis de felicidade variam muito. "Alguns grupos da população, particularmente os menos escolarizados e de baixos rendimentos, tendem a sair-se pior sistematicamente em todas as vertentes de bem-estar", afirmou a OCDE.
"Por exemplo, vivem vidas mais curtas e relatam maiores problemas de saúde, os seus filhos obtêm piores resultados escolares, participam menos em actividades políticas, estão mais expostos ao crime e à poluição, e tendem a estar menos satisfeitos com a sua vida como um todo do que os mais educados e de maiores rendimentos", conclui a instituição.

FONTE: Diário Económico

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