21 de outubro de 2011

Professores temem perda de dez mil lugares nos quadros

Além dos 20 mil contratados com o lugar em risco, os sindicatos prevêem a dispensa de docentes do quadro. 

"Há um clima de pânico e instabilidade entre os professores" avisa o professor Paulo Guinote. Ao Diário Económico, o autor do blogue "A Educação do meu Umbigo" assegura que "atendendo aos cortes e aos números que estão no Orçamento de Estado "só os professores de matemática e português estão seguros". E dá voz ao receios generalizados entre docentes e sindicatos que, olhando para os objectivos de poupança na Educação inscritos na proposta do OE/2012, estimam que, além dos vinte mil professores contratados que não deverão ter lugar nas escolas no próximo ano (como ontem avançou o Económico), outros dez mil profissionais do quadro sejam arrastados para a mobilidade da Função Pública.
Segundo o António Nabarrete, do secretariado nacional da Fenprof, para atingir a poupança de 102 milhões com a "supressão de ofertas não essenciais no ensino básico" (de um valor global de redução da despesa em Educação e Ciência que deverá chegar os 864 milhões), há "dez mil professores de quadro em risco."
No horizonte está a hipótese de Nuno Crato avançar com a fusão das disciplinas de História e Geografia, o fim do par pedagógico de Educação Visual e Tecnológica (passando de dois professores para apenas um), o fim do carácter obrigatório da segunda língua estrangeira ou até a redução de horas a Educação Física. " Um empurrão de milhares de professores para os quadros de mobilidade da função pública", acrescenta Nabarrete.

FONTE: Diário Económico

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