21 de outubro de 2011

Saúde sem dinheiro para pagar as dívidas às farmacêuticas

Apifarma alertou ontem que há empresas em risco de suspender o fornecimento de medicamentos aos hospitais. 

O Ministério da Saúde não vai pagar as dívidas à indústria farmacêutica. São 1.230 milhões de euros, que os hospitais devem actualmente aos laboratórios, segundo dados da Apifarma. "Não poderá haver plano de pagamentos enquanto não houver dinheiro. E a ‘troika' não prevê dinheiro para [hospitais] o sector empresarial do Estado ", explicou fonte do Ministério da Saúde ao Diário Económico.
A solução passa por "atacar pelo lado da despesa" e conseguir "poder negocial" junto da indústria, diz a mesma fonte. Olhando para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como um sistema em que a despesa total nunca diminui - pelo peso do envelhecimento da população e pelo preço da inovação - a lógica é poupar num lado para tapar o buraco do outro.
A Apifarma (associação que representa a indústria) admitiu ontem que já existem empresas a equacionar deixar de fornecer medicamentos aos hospitais do SNS que não pagam as contas.
O alerta deixado pela associação faz soar novamente o alarme do volume da dívida: são 1.230 milhões de euros que os hospitais devem actualmente aos fornecedores da indústria farmacêutica, com um prazo médio de pagamento de 420 dias, basicamente "um ano de fornecimentos hospitalares a custo zero para os hospitais", revelou ontem a Apifarma.

FONTE: Diário Económico

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