31 de outubro de 2011

Professores de EVT acusam ministro de incoerência

Os professores de Educação Visual e Tecnológica (EVT) acusam o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, de incoerência, depois de este ter anunciado que deixará de haver dois docentes em sala a leccionar a disciplina no 2.º ciclo do ensino básico.

"Estamos em época de pensar se não se deverá separar curricularmente a Educação Visual e a Educação Tecnológica e os professores alternarem a docência", afirmou Crato ao jornal Público.
Para José Alberto Rodrigues, da Associação dos Professores de EVT, trata-se de "uma manifesta incongruência do ministro". "Se o ministro diz que há uma dispersão curricular, como é que acaba com uma disciplina e cria duas?", questiona o docente, que lamenta não ter sido ainda recebido pelo ministro, apesar de ter feito um pedido de audiência em Junho. A associação estima que existam 10 a 12 mil docentes de EVT, dos quais apenas 400 são contratados.
A Federação Nacional de Educação (FNE), segunda maior estrutura sindical de docentes, também criticou as medidas anunciadas pelo ministro, que passam ainda pelo fim da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no 9.º ano. Nuno Crato alegou que “a maioria dos jovens já domina os computadores perfeitamente”.
João Dias da Silva, líder da FNE, rejeita que a revisão curricular se faça "sobre o joelho e apenas com a preocupação  da poupança". "Se a lógica for exclusivamente esta, os alunos sairão prejudicados", disse à agência Lusa. A FNE defende que haja um amplo debate entre especialistas e agentes educativos.

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