20 de outubro de 2010

CDS propõe corte na "despesa supérflua"em 595 milhões

O CDS-PP acha que há despesa no Orçamento que pode ser evitada, de modo a "pedir menos sacrifícios às famílias".

A deputada do CDS-PP Cecília Meireles apresentou ontem uma proposta de corte de 595,5 milhões de euros (ME) nas despesas do Estado com consultadorias, publicidade ou transportes do Estado previstas para 2011, afirmando que assim haveria "menos sacrifício dos contribuintes".

A primeira proposta formal do CDS será apenas parte do que os centristas prepararam para levar o Governo a discutir os cortes adicionais que julga necessários. Conforme já adiantou o DN, os centristas têm em mãos uma lista mais longa de cortes, mesmo para além destas despesas de funcionamento. Servirão de trunfo ao partido para a discussão que se avizinha no Parlamento. Paulo Portas tem-se resguardado num prudente silêncio, esperando pela posição definitiva do PSD - mesmo deixando sinais de que o CDS não pretende "salvar" o Orçamento.

"Numa altura em que estamos a pedir sacrifícios aos portugueses em geral, o CDS acha que deve ser pedido um esforço muito maior ao Estado para que possa haver por um lado mais consolidação orçamental e por outro lado menos esforço para as famílias", atirou ontem Cecília Meireles.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, a deputada apresentou já uma proposta para cortar, ao todo, cerca de 595,5 milhões na rubrica "aquisições de bens e serviços", o que "não implica nem salários, nem pensões nem prestações sociais".

A título de exemplo, referiu os 150 milhões de euros previstos para "estudos, projectos e consultadorias" em 2011. Neste caso, o CDS-PP vai propor um corte de cem milhões, considerando que "não tem nenhum sentido que o Estado continue a contratar fora e que não utilize os recursos da própria administração".

A deputada defendeu que em 2011 "só deve haver gastos na publicidade que seja legalmente obrigatória", propondo uma despesa de 20 ME, o que representa um corte de 27 ME face ao previsto. Por último, apontou "33 ME para seminários e eventos. Com franqueza, nesta altura, inventem menos, trabalhem mais", criticou, propondo uma despesa de 22 ME para esta rubrica.

Para além disso, o porta-voz do CDS-PP, Nuno Magalhães, considerou também ontem "essencial" e de "bom senso político" a presença do primeiro-ministro durante todo o debate do Orçamento do Estado para 2011, admitindo o adiamento da discussão.

FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1690512&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%253A+DN-Economia+%2528DN+-+Economia%2529

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