Os ministros Rui Pereira, Augusto Santos Silva e Mariano Gago não pretendem poupar em gasolina nos organismos que tutelam, revela o Orçamento proposto para 2011. Em contrapartida, a austeridade nesta matéria prevê-se forte para António Mendonça
Na proposta de Orçamento do Governo há um aumento de 26,7% nas despesas com combustíveis. Isto, apesar de o mesmo documento estimar a subida do preço do petróleo em apenas 3,4%.
Os grandes responsáveis por este facto, que contraria os anúncios de austeridade, são os ministros da Administração Interna (MAI), Rui Pereira, e da Defesa (MDN), Augusto Santos Silva, em cujos ministérios e serviços tutelados pretendem gastar, respectivamente, mais seis milhões e 600 mil euros e mais quatro milhões e 100 mil euros. O MAI sobe 65% e o MDN 20%.
A outro nível de despesa, mas com o maior aumento em termos percentuais nos gastos com combustíveis, está o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, liderado por Mariano Gago, com um recrudescimento de 75%.
Mas há outros ministros que acompanham a tendência anti-poupança neste consumo (ver quadro), como Vieira da Silva, da Economia, Ana Jorge, da Saúde, António Serrano, da Agricultura, e Helena André, do Trabalho e Solidariedade Social.
Mas onde é que o ministro Rui Pereira pretende distribuir mais combustível? Segundos os mapas das despesas correntes e de capital, por ministérios, as diferenças substanciais vão para as maiores forças de segurança tuteladas pelo MAI. A PSP tem previsto para 2011 um gasto de cinco milhões e 600 mil euros para o "funcionamento" das viaturas, essencialmente em patrulhamentos, o que representa uma subida de quase dois milhões de euros em relação ao destinado para 2010, montante insuficiente.
Já para a GNR, Rui Pereira foi ainda mais generoso. A força militar que este ano tem uma verba de cerca de cinco milhões e 700 mil euros para despender em combustíveis, vê esse valor quase duplicar para 2011, com mais de 10 milhões e 500 mil euros. O dobro, aliás, da PSP.
A nível dos gabinetes do MAI, a austeridade só chegou mesmo à equipa do secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco. Todos os outros ou mantêm o Orçamento de 2010, como é o caso do próprio ministro e do secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, Conde Rodrigues, ou aumentam, caso da secretária de Estado, Dalila Araújo.
Augusto Santos Silva também mantém o mesmo valor para o seu gabinete que está inscrito este ano (40 mil euros), enquanto o seu secretário de Estado, Marcos Perestrello, conseguiu mais 500 euros.
Mariano Gago mantém igualmente os 10 mil euros para o seu gabinete, mas quintuplica a verba para o secretário de Estado, Manuel Heitor, com cinco mil euros, em vez dos 1000 deste ano.
O ministro que mais cortou em combustíveis foi António Mendonça, curiosamente, das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, e Luís Amado, dos Negócios Estrangeiros.
FONTE: http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1694370&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%253A+DN-Economia+%2528DN+-+Economia%2529
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