6 de dezembro de 2012

Estado bloqueia corrida às reformas a meio do mês

Os serviços de Justiça, Finanças e Saúde estão a informar os funcionários que pretendem pedir a reforma antecipada para o fazerem até à próxima semana, caso contrário, não garantem que dêem entrada na Caixa Geral de Aposentações (CGA) ainda este ano. Os sindicatos falam em “ilegalidade”.

Devido ao volume de pedidos de reformas antecipadas nos recursos humanos, a Autoridade Tributária, a Direcção-Geral da Administração da Justiça e a Administração Regional de Saúde estão a avisar os seus funcionários que devem fazer esses pedidos até meados deste mês, revela hoje o Jornal de Negócios.
Os serviços alertam que se os pedidos não forem feitos até à próxima semana, podem não dar entrada na CGA até ao final do ano, o que resultará em mais penalizações para os funcionários, tendo em conta a entrada de novas regras no próximo ano.
Um e-mail dos recursos humanos da Autoridade Tributária justifica que, tendo em conta “o volume de pedidos de aposentação que têm diariamente dado entrada (…), muito dificilmente poderá assegurar o envio atempado (ou seja, até dia 31 de Dezembro) para a CGA dos pedidos que derem entrada para além do próximo dia 10”.
O sindicato dos Trabalhadores dos Impostos defende que este “motivo é alheio aos trabalhadores”, que aconselha a guardarem o comprovativo da data de entrega do pedido, sublinhando que se o mesmo for “entregue depois, o problema é dos serviços”.
No mesmo sentido, o dirigente do Sindicato dos Funcionários Judiciais refere que obrigar os trabalhadores a entregarem o pedido até à próxima semana, conforme informa uma circular que foi enviada para os tribunais, “seria ilegal” até porque, acrescenta o dirigente sindical, “a lei é clara quando fala em 31 de Dezembro e não pode ser alterada”.
O advogado Rodrigo Esteves de Oliveira esclarece, ao Jornal de Negócios, que o que importa é a data de entrada nos recursos humanos e não na CGA, pelo que nada impede os trabalhadores de avançarem com os pedidos de reforma, apesar das “cautelas” dos serviços.
O jornal i acrescenta, na edição desta quinta-feira, que até ao final deste ano as reformas antecipadas no sector público, nomeadamente nas Finanças (10% dos actuais 12.800 funcionários) e Justiça, devem chegar às 16 mil.

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