6 de dezembro de 2012

Pais sem dinheiro, crianças sem vacinas

As vacinas que não estão contempladas no Plano Nacional de Vacinação têm vindo a ser cada vez menos compradas pelos pais, que se queixam de falta de dinheiro, o que, de acordo com alguns pediatras, pode acarretar consequências para a saúde dos mais novos.

Das vacinas para crianças não comparticipadas pelo Estado, os médicos recomendam a toma de pelo menos duas: contra as doenças pneumocócitas e a rotavírus. Ora, contas feitas até ao mês de Outubro, a primeira sofreu uma quebra nas vendas de 13% face ao período homólogo do ano passado, enquanto as vendas da segunda caíram na ordem dos 14%. Mas a vacina mais afectada é mesmo aquela que visa imunizar a varicela, com as suas vendas a descerem 16,8% no período em análise.
O substancial decréscimo na compra das vacinas prende-se com os problemas financeiros dos pais. “Há nitidamente problemas económicos na base da falta de vacinação opcional dos bebés e crianças”, confirma José Gonçalves Oliveira, do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos e presidente da Associação de Pediatria do Minho, em declarações ao Jornal de Notícias.
Porém, o director-geral de Saúde, Francisco George, defende que todas as vacinas “importantes” estão contempladas no Plano Nacional de Vacinação, acrescentando, a título de exemplo, que a falta da vacina contra o rotavírus não constitui perigo, uma vez que “é um problema de saúde que não existe em Portugal”.

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