António Alberto Oliveira, de 62 anos, morreu vítima de um atropelamento, a horas do casamento de um sobrinho, anteontem, na ponte sobre o rio Ave, na EN13, em Azurara, Vila do Conde. Apesar da tragédia, a família preferiu não cancelar a cerimónia.
"Não contámos nada, porque não queríamos estragar o dia que era deles", justificou, ao CM, Joaquim Lima, casado com uma das irmãs da vítima, que fez o reconhecimento do corpo e falhou o casamento. "Nós nem sabemos se já contaram ao meu sobrinho, estamos à espera", acrescentou Joaquim Lima, na tarde de ontem, um dia após a tragédia.
Além do casamento, realizou-se também o baptizado do filho do sobrinho da vítima do atropelamento. António era solteiro e vivia com a sua mãe, Maria Adelaide Saraiva, de 83 anos. "Era a minha companhia. Agora vou ficar mais sozinha", disse a mãe, emocionada.
Os familiares descrevem António, um de dez irmãos, como um homem pacato e muito eficiente quando trabalhava no Estaleiro Naval com o seu pai.
Tudo aconteceu pelas 09h30 de anteontem. António Oliveira, reformado, tinha o hábito matinal de comprar o jornal, sempre à mesma hora. Rotina que cumpriu no fatídico dia. "Um amigo chamou-o do outro lado da ponte e ele, ao atravessar a rua, foi colhido por um carro que seguia a grande velocidade", descreveu Joaquim Lima.
O funeral de António Oliveira, que era solteiro e o único dos irmãos a viver com a mãe, está marcado para amanhã.
FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/atropelamento-mortal-de-tio-nao-para-casamento
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