22 de fevereiro de 2011

“O corpo do meu pai chorou e respirou”

João Alves ainda está mal refeito da situação insólita ocorrida no velório do seu pai, António Ferreira Alves. "Tenho a certeza que estava vivo. Vi-o a agarrar com força na mão da minha mãe, antes de deitar algumas lágrimas, como se estivesse a despedir-se", descreve João Alves. O insólito aconteceu na tarde de domingo, em Lamarosa, Coruche.

Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal, adianta uma explicação: "Após a morte, o cadáver vai enrijecendo, durante um determinado número de horas, o que pode provocar contracções, de que resultam estes movimentos mecânicos, mas que não são mais do que isso."

Quando se aperceberam de que o falecido aparentava sinais de vida, os familiares de António Ferreira Alves pediram socorro através do número de emergência, 112. Imediatamente foi accionada uma equipa médica do Instituto Nacional de Emergência Médica no Hospital de Santarém e também os bombeiros de Coruche, cujas equipas retiraram António do caixão, fazendo-lhe manobras de reanimação e suporte básico de vida.

Contudo, o óbito foi certificado mais uma vez, perante a estupefacção das pessoas que enchiam a casa mortuária da freguesia de Lamarosa.

"Instalou-se aqui uma confusão danada. Os bombeiros ficaram de boca aberta e disseram que é, realmente, um caso muito estranho", desabafava ontem João Alves.

Os familiares de António não têm dúvidas de que o homem ainda estava vivo, até porque há testemunhas a afirmar que sentiram que a temperatura do corpo estava normal e que este não apresentava sinais de rigidez cadavérica. "Quando lhe tirei o algodão do nariz, vi perfeitamente que ainda respirava", garante o filho.

António Ferreira Alves vivia em Vale de Sobreiras e estava internado há cinco dias no Hospital de Santarém devido a uma doença oncológica.

FONTE: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/o-corpo-do-meu-pai-chorou-e-respirou

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