De
acordo com a segunda revisão do memorando de entendimento, o Estado
fica obrigado a reduzir em cerca de 3.000 milhões de euros a folha
salarial do sector público - com várias medidas, entre as quais o corte
nos subsídios e a redução do número de trabalhadores - mas a perda de
receitas com impostos e nas contribuições para a Segurança Social levam a
que a poupança seja quase metade.
Assim,
de acordo com o documento, a poupança líquida nas despesas com pessoal
com estas medidas acaba por ser apenas de 1.620 milhões de euros.
O
mesmo se aplica à poupança com pensões que, mercê de várias medidas
onde também se inclui o corte no subsídio de natal e férias dos
pensionistas, a poupança bruta estimada é de 1.260 milhões de euros, mas
a poupança líquida, já deduzida das perdas com impostos e
contribuições, acaba por ser de 950 milhões de euros.
No
total, a poupança bruta juntando estes dois agregados atingiria os
4.260 milhões de euros, mas a poupança líquida estimada está na ordem
dos 2.570 milhões de euros.
Esta
poupança tem no entanto como base um cenário alterado entretanto para os
cortes nos subsídios de férias e de natal de trabalhadores e
pensionistas. Estes subsídios deveriam ser cortados a partir dos 485
euros de forma gradual até aos mil euros mensais, e totalmente a partir
dos mil euros.
No entanto, o Governo
decidiu alterar os limites salariais a partir dos quais os
trabalhadores veriam os seus subsídios cortados, passando a ser
reduzidos de forma gradual a partir dos 600 euros até aos 1.100 euros
para um corte total de todos acima dos 1.100 euros, que daria origem a
uma perda de receita face ao estimado, a compensar com o aumento das
taxas liberatórias para 25 por cento.
FONTE: Correio da Manhã
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