O
bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, afirmou que as
propostas “pretendem defender os interesses dos doentes porque há casos
reportados à Ordem de que as farmácias vendem ao doente um genérico mais
caro quando existem outros mais baratos”.
José
Manuel Silva refere ainda que há genéricos com a mesma substância
activa que têm uma “amplitude de preço tão grande que chega a ser de
sete vezes mais caro em relação ao medicamento mais barato”.
O
bastonário deu o exemplo do genérico omeprazol que é disponibilizado
em diversas marcas. “O mais barato custa quatro euros e o mais caro
custa33 euros”, disse.
Segundo
o bastonário, outro motivo que levou a Ordem a apresentar estas
propostas ao Ministério da Saúde deve-se à falta de estudos de
bioequivalênciados genéricos.
“A
entidade reguladora do medicamento no nosso País, que é o Infarmed,
afirmou que dois medicamentos só são cambiáveis, trocáveis, quando
existem estudos de bioequivalência, de compatibilidade entre si, mas a
verdade é que esses estudos não existem entre genéricos da mesma
substância activa. Os estudos só existem entre genéricos e o produto de
marca”.
Uma
segunda proposta da Ordem tem a ver com “a participação activa do
doente, junto do médico ou da farmácia, na escolha do genérico”,
salientou o bastonário.
Por
fim, a terceira proposta aponta para que não seja necessário o médico
escrever à mão a justificação para recusar a troca do medicamento na
farmácia, pode fazê-lo na prescrição automática.FONTE: Correio da Manhã
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