Pela
manhã, os pais fecharam a entrada do estabelecimento de ensino com um
cadeado, que viria a ser cortado pela GNR. Ainda assim nenhuma criança
foi à escola e os pais permaneceram à porta entre as 07h00 e as 10h00.
Desde
Setembro que uma criança de 10 anos do quarto ano de escolaridade
agride colegas, funcionários e a professora, em casos relatados pela GNR
ao Ministério Público, a quem cabe pronunciar-se sobre a tutela da
criança. No entanto, os pais receiam que novos incidentes possam ocorrer
porque a criança continua na escola e não há decisões.
"Pedimos
ajuda para aquele menino e para os nossos filhos, que não têm um
ambiente saudável na escola e não conseguem aprender", dizia esta manhã
Alcina Gonçalves, mãe de uma das crianças, à porta da escola. Outra mãe,
Anabela Quelhas, já viu o filho chegar a casa "com o braço mordido" e
queixa-se de continuar a sofrer agressões, ao ponto de "nunca querer ir
para a escola".
Maria da Conceição receia pela
neta, que já sofreu com cabelos arrancados e o braço arranhado. Além
disso, "a criança amedronta toda a gente", sublinha, relatando os
episódios de ameaças com facas no refeitório da escola. De acordo com o
comandante do Destacamento da GNR de Castelo Branco, José Luís Alves, o
rapaz sofre de problemas de saúde e a mãe já aceitou que as instituições
competentes intervenham, em acordo com a Comissão de Proteção de
Crianças e Jovens (CPCJ).
Segundo aquele
responsável, "todas as instituições envolvidas desempenharam o seu papel
e neste momento o Ministério Público tem que decidir". Contactado pela
Lusa, o presidente do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco
remeteu quaisquer esclarecimentos para a Direção Regional de Educação do
Centro.
FONTE: Correio da Manhã
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