O
padrinho é um ex-catequista, trabalhador da Cáritas, membro de
confrarias e garante ser católico praticante. Mas os requisitos não
chegaram para o padre Manuel García aceitar a escolha dos pais. A mãe da
menina, Dolores Muñoz, garante que foram cumpridas todas as exigências
feitas pela Igreja. “Perguntaram se os pais e padrinhos estavam
baptizados e confirmados. Depois se todos estávamos casados e
respondemos que sim. Nunca pensámos que teríamos que avisar que ele era
casado, mas com um homem. Ele cumpria as normas”, afirmou a progenitora,
em declarações à imprensa espanhola.
Mas
o facto do padrinho ser casado com outro homem bastou para o pároco
Manuel García impedir a celebração e informar os pais que só baptizaria a
menina se escolhessem outra pessoa.
Os progenitores
queixaram-se ao arcebispo da província de Jaén, por considerarem
que tratar-se de uma descriminação e denunciaram o caso publicamente. O
arcebispado respondeu, através de comunicado, apoiando o pároco e
explicando que um padrinho católico precisa ter uma vida “congruente”.
A
mesma nota garante que não se trata de discriminação. “Esclarecemos que
este tema para evitar os juízos sobre uma suposta discriminação na
actuação do sacerdote, que apenas reitera a necessidade de cumprir a
normativa eclesiástica universal”, pode ainda ler-se no mesmo
comunicado.
Os pais da menina não se
conformam e já anunciaram que vão levar o caso para os tribunais. A
Associação Colega – Colectivo de Gays, Lésbicas e Transexuais – apoia a
família, considerando que a decisão da Igreja é “uma homofobia
sacerdotal”.FONTE: Correio da Manhã
Nenhum comentário:
Postar um comentário