A
informação foi confirmada esta terça-feira à Agência Lusa por fonte do
MJ, reconhecendo que desde 2008 aquele Ministério já pagou 648 mil euros
em rendas das futuras instalações, no âmbito de um acordo celebrado com
a Câmara Municipal de Viana do Castelo, que construiu o edifício.
Desenhado
pelo arquitecto Fernando Távora, o edifício foi arrendado em Fevereiro
de 2008 pelo MJ, por 14.500 euros mensais e além do Tribunal do
Trabalho, vai acolher a nova valência do Tribunal de Família e Menores
de Viana do Castelo.
Em causa está a
necessidade de substituição do espaço onde funciona actualmente o
Tribunal de Trabalho de Viana do Castelo, que o próprio MJ tem vindo a
reconhecer como "um dos mais antigos problemas" relacionados com
instalações judiciais em Portugal.
Em
Abril de 2004, o Sindicato dos Funcionários Judiciais exigiu "medidas
imediatas", face ao estado "deplorável" do Tribunal do Trabalho.
O
actual edifício, segundo vários alertas lançados por advogados e
sindicatos, "está velho e degradado", ameaçando mesmo ruína, como
atestaram, em 2006, a Inspecção-Geral do Trabalho e o Centro Regional de
Saúde Pública.
O Tribunal do
Trabalho de Viana do Castelo, único em todo o distrito, está desde 1995
"provisoriamente instalado" no edifício onde antigamente funcionou o
Magistério Primário, mas a transferência para as novas instalações, cuja
obra "está concluída", só agora deverá arrancar, indica a mesma fonte.
"O processo de mudança dos serviços
está a seguir a sua tramitação normal, pelo que a data para o
procedimento será agora acertada entre o Instituto de Gestão Financeira e
de Infra-estruturas da Justiça (IGFIJ), a Direcção-Geral da
Administração da Justiça (DGAJ) e o Tribunal", esclareceu o MJ, sem
adiantar uma data para a conclusão do processo de mudança, que "já foi
adjudicado por valor inferior a três mil euros".
Em
2010 foi aberto concurso público para a realização das necessárias
obras de adaptação das novas instalações, num edifício construído pela
Câmara de Viana do Castelo, mas só em Dezembro desse ano é que a
empreitada foi consignada, por cerca de um milhão de euros. FONTE: Correio da Manhã
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