"Claro
que não devemos deixar crescer a dívida muito, porque isso pesa depois
sobre os encargos. Todavia, para um país como Portugal, é essencial
financiamento para desenvolver a sua economia. É assim que eu vejo as
coisas", concluiu Sócrates. A palestra teve lugar a 3 de Novembro numa
sala do campus universitário de Poitiers, cidade onde há um pólo da
Sciences Po. Perante alunos da secção latino--americana, José Sócrates
falou também sobre a crise europeia. "Penso que há uma campanha da
direita contra a dívida, há um ódio ao Estado social."
Estamos
passar uma crise que ameaça a solidariedade europeia", afirmou. "Nos
dois últimos anos, foi o que de pior vi na Europa. São tempos horríveis.
A Europa está a andar para trás", afirmou, salientando que está a
perder a posição de igualdade que tinha conquistado perante os Estados
Unidos. Falou mais de uma hora recordando as medidas dos seus governos.
Ao receber palmas, comentou: "Há muito tempo que não era assim
aplaudido."
FREITAS ATACA JOSÉ SÓCRATES
"Todos
sabemos que é uma situação muito difícil, para a qual fomos empurrados,
em primeiro lugar, por uma crise internacional e, em segundo lugar,
pelos três últimos anos de governação de José Sócrates, que foram muito
mal orientados", afirmou ontem Diogo Freitas do Amaral.
O
ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Sócrates considera que não há
outra hipótese senão "apertar o cinto" para pôr as contas em ordem,
sublinhando que "durante anos e anos se andou a gastar demais".
O
fundador do CDS afirma, no entanto, que se Portugal atingir uma
situação-limite, com o fim da moeda única, deve ser constituído um
Governo de salvação nacional.
VÍDEO: Sapo Vídeos
FONTE: Correio da Manhã
Nenhum comentário:
Postar um comentário