13 de dezembro de 2011

Mata mãe e bebé e escapa à cadeia

O Tribunal de Famalicão condenou, ontem, a três anos e dois meses de prisão, com pena suspensa por igual período, o homem que, a 6 de Dezembro de 2009, conduzia com excesso de álcool o Mercedes que embateu num Peugeot 106 e matou uma mulher, de 33 anos, e o seu filho, bebé, de 17 meses. No final, os familiares das vítimas revoltaram-se por o arguido, Manuel Marques, de 57 anos, não se mostrar arrependido.

"Não lhe ficava mal um pedido de desculpas. Eu também sei que as coisas acontecem, mas se matasse duas pessoas, ainda por cima tendo álcool, não conseguiria dormir se não pedisse perdão à família", disse ao CM Paulo Silva, marido de Elizabete Ferreira e pai de Martim, as vítimas do acidente.
Também a juíza se mostrou desagradada com a postura do arguido, condenando o "chico espertismo" que ditou a fuga do local do acidente, para fazer baixar a taxa de alcoolemia (tinha 0,62 g/l cinco horas após o desastre) e o facto de ter mantido o silêncio ao longo do julgamento, sem pedir desculpa à família.
Nas alegações finais, o MP tinha pedido que o arguido fosse condenado a pôr um ramo de flores, por semana, na campa das vítimas, mas a família fez saber que não autorizaria tal gesto. A juíza determinou, ainda, o pagamento de 2500 euros à Associação dos Automobilizados e à visita, duas vezes por mês, nos próximos três anos, ao serviço de Ortopedia do Hospital de Famalicão. 

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