Cristina, comerciante, faz parte desta estatística. Aos 42 anos não pensava em engravidar, muito menos abortar pela terceira vez. Mas pôs fim a uma gravidez indesejada. Saiu da Clínica dos Arcos, em Lisboa, de mão dada com o marido, Luís, 40 anos, chefe do sector agrícola numa empresa alentejana. Foi encaminhada para aquela unidade privada por um médico do Hospital de Beja.
"Já tenho cinco filhos e problemas de saúde. A gravidez do último filho foi de grande risco e eu passei muito mal. Não quis arriscar outra vez. Quero acabar de criar os meus filhos" – diz Cristina ao CM.
Cristina diz que esta gravidez não foi planeada, aconteceu apesar de tomar a pílula: "Não sabia que o efeito [da pílula] era anulado por remédios que estou a tomar, foi o que aconteceu".
Mafalda, de 24 anos, hospedeira de bordo, abortou, pela segunda vez, na Clínica dos Arcos. Veio de propósito de Londres (Inglaterra), onde vive.
Foi ao Hospital de Cascais que a encaminhou para a Clínica dos Arcos. Mafalda explica porque não abortou em Inglaterra: "Tenho mais segurança para o caso de não correr bem, estou perto da família." O namorado, Alexandre, de 24 anos, comissário de bordo a viver em Roma (Itália), acompanhou-a à clínica. "Ela esquece-se de tomar a pílula", diz ele.
Falta de responsabilidade dos jovens em assumir as consequências é a crítica de Isabel, de 47 anos. Esta mãe não deixa, porém, de acompanhar a filha, Marta, de 18 anos, a abortar. A crítica continua: "Os jovens de hoje querem é sexo e gozar a vida. São imaturos".
Cândida tinha apenas 13 anos quando engravidou pela primeira vez. Até aos 29 anos de idade abortou cinco vezes, porque o "namorado quis". Tem dois filhos.
Mulheres já abortaram por 11 vezes - Saúde - Correio da Manhã
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