Extinção da Fundação para o Desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Movijovem e fusão de institutos da juventude e desporto. Número de trabalhadores pode ser reduzido em 298.
A concretização dos primeiros cortes na despesa do Estado está aí. Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, decidiu a fusão de duas instituições e a extinção de outras duas. O resultado é um único organismo: o Instituto Português de Desporto e Juventude (IPDJ). Segundo as contas do Governo, poupam--se de forma directa 10 milhões de euros por ano, reduzindo ainda 77 quadros dirigentes.
A medida é para aplicar até ao fim de Outubro, e a estimativa de poupança pode chegar aos 14,3 milhões de euros. Este montante deve ser, depois, aplicado em programas ligados ao desporto e juventude. O ponto que poderá ser mais polémico nesta reestruturação é o da redução do número de trabalhadores, que é actualmente de 1103 e deve passar para 805, ou seja, menos 298. Para o efeito, o ministério prevê o "fim de avenças e de comissões de serviço" e "rescisões amigáveis", ainda que "numa lógica de sensibilidade social".
Assim, o ministério funde o Instituto do Desporto com o Instituto Português da Juventude (IPJ) e extingue a Fundação para o Desenvolvimento das Tecnologias de Informação (FDTI) e a Movijovem. No quadro de dirigentes, verifica-se um corte de mais de 50%: de 119 para 77, ficando o IPDJ reduzido a 42 dirigentes.
MEIO MILHÃO NA AVENIDA NOBRE DA CAPITAL
O ministério tutelado por Miguel Relvas prevê que a poupança com a fusão de dois institutos e a extinção da Fundação para o Desenvolvimento das Tecnologias de Informação (FDTI) e da Movijovem seja alcançada pelos cortes de funcionamento. Por exemplo, o Instituto Português da Juventude (IPJ) paga 500 mil euros por ano pelo arrendamento de um edifício na avenida da Liberdade, uma das zonas mais nobres da capital. Assim, os serviços da nova entidade deverão ficar no Parque das Nações, onde já existem instalações. Na Movijovem, por exemplo, verificou-se que se estava a preparar a compra de 24 novas viaturas. Os funcionários tinham ainda um seguro de saúde privado, apesar de trabalharem para o Estado.
"PONTAPÉ DE SAÍDA PARA A EFICIÊNCIA"
"Está dado o pontapé de saída para um compromisso de eficiência", disse ontem ao CM o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, a propósito desta primeira reestruturação de serviços.
A medida foi anunciada no primeiro debate quinzenal do primeiro-ministro, Passos Coelho, e Relvas realça que o chefe do Executivo acompanhou este processo. O governante destaca ainda que este caso é o exemplo de que "com vontade política é possível atingir os objectivos", tal como tem defendido o primeiro-ministro.
FONTE: Correio da Manhã
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