O governo espanhol quer fortalecer as punições para quem convocar manifestações pela Internet e fizer frente às forças de intervenção policiais. Jorge Fernández Díaz, ministro do Interior do país, defendeu hoje a proposta no parlamento, dando conta da intenção de impor uma pena mínima de dois anos de prisão para quem convoque «tumultos».
Perante deputados e jornalistas, o ministro revelou que a proposta está a ser negociada já já dois meses entre o seu ministério e o da Justiça, liderado por Alberto Ruiz Gallardón. No caso de ser aprovada, a proposta levará a uma alteração no código penal do país, para que a convocação de «tumultos», como apelidou Fernández Díaz, seja punível por lei.
O titular da pasta do Inteior quer igualmente erguer mais punições a actos de resistências contras as forças de intervenção policial, que actuam durante as manifestações públicas
«Há que robustecer a autoridade legítima de quem legitimamente tem a exclusividade de poder actuar através da força», defendeu, em declarações ao diário El Mundo, antes de retratar os comportamentos que deseja ver castigados.
«A resistência activa ou passiva frente às forças de segurança, os métodos de ameaça, agressão e de intimidação, e o lançamento de objectos perigosos», enumerou, passando depois a explicar que «não se podem assistir passivamente às actuações de algumas pessoas que desrespeitam, injuriam e desobedecem às forças de segurança».
A intenção de Fernández Díaz, que assim parece juntar os ministérios do Interior e da Justiça, surge após o rasto de violência que a última greve geral convocada em Espanha, a 29 de Março, deixou em Barcelona.
Das 176 detenções registadas no país, 74 aconteceram na província catalã, com 54 a serem concretizadas nas ruas de Barcelona, onde também foram incendiados perto de 300 contentores de lixo, entre os vários confrontos que se concretizaram entre elementos da polícias e manifestantes.
in Sol
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