O Governo reintroduziu o pagamento de portagens em Agosto na ponte 25 de Abril para aliviar a despesa do Estado. Mas a renegociação que teve de ser feita do contrato de concessão com a Lusoponte teve como resultado, na prática, que parte do lucro irá para a empresa, ao contrário do que garantiu o Governo.
Ou seja, em Agosto, por cada automobilista que pagar 1,55 euros de portagem, 62 cêntimos não entrarão nos cofres públicos, mas sim nos dos privados, como a Mota-Engil, accionista maioritária da Lusoponte.
«Não nos importamos que a Lusoponte ganhe o seu dinheiro desde que assuma o risco integral», justifica o Ministério da Economia ao SOL sobre o facto de a Lusoponte ficar com 40% daquilo que seria receita total do Estado.
No acordo de reequilíbrio financeiro (FRA_IX), assinado entre o Estado e a empresa no final de Março, fica claro que o Estado ficará com verbas relativas à cobrança de portagens até 2019, ficando a Lusoponte sem mais obrigações de compensar o Estado de 2020 a 2029.
Segundo o nono acordo assinado entre o Estado e a empresa liderada pelo ex-ministro do PSD Joaquim Ferreira do Amaral, até 2019 o_Estado irá conseguir poupar 48,5 milhões de euros com o fim da isenção do pagamento de portagens em Agosto, medida tomada pelo actual Executivo em Julho do ano passado. A partir daí, a Lusoponte continuará a encaixar o dinheiro e o Estado não beneficiará com o facto de os automobilistas pagarem as portagens.
Lusoponte beneficiada em 34 milhões - Economia - Sol
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