24 de abril de 2012

Trabalhadores portugueses estão preocupados e ponderam mudar de emprego

“Muitos trabalhadores em Portugal estão inquietos relativamente ao trabalho”, revela um estudo anual realizado pela KellyServices.

Apenas menos de um terço dos trabalhadores sentem-se valorizados pela sua entidade empregadora, e cerca de 40% afirmam que pensam com frequência em demitir-se.

Apesar do ambiente e das condições económicas actuais não serem as mais propícias a novos empregos, mais de três quartos dos inquiridos, mais exactamente 78%, declararam que pretendem procurar um novo emprego noutra entidade empregadora no próximo ano.

Os principais motivos apontados são as perspectivas de progressão e uma melhor remuneração.

“Os trabalhadores têm vivido uma agitação económica sem precedentes e consequentemente estão intranquilos relativamente aos seus futuros objectivos de carreira. A não ser que as entidades empregadoras consigam proporcionar conteúdos funcionais estimulantes e oportunidades de desenvolvimento de carreira, muitos trabalhadores sentem que deverão manter as suas carreiras em permanente movimento”, revela Afonso Carvalho, Director-Geral da Kelly Services, no comunicado do estudo da empresa.

O estudo envolveu 170 mil pessoas de 30 países e inquiriu mais de 10 mil pessoas em Portugal.

Quanto às conclusões do estudo em Portugal, retira-se que entre as principais gerações de trabalhadores, a Geração X, dos 31 aos 48 anos de idade, é a que apresenta maior probabilidade de mudança de entidade empregadora, dado que 82% planeia procurar um novo emprego ao longo do próximo ano, em comparação com 79% da geração de "Baby Boomers", dos 49 aos 66 anos de idade, e de 75% da Geração Y, dos 19 aos 30 de idade.

Do total dos inquiridos, menos de um terço, 29%, declararam estar satisfeitos com os seus empregos.

Cerca de 42% dos inquiridos afirmaram que a sua situação profissional actual lhes proporciona um sentido de “realização”.

“A possibilidade de se ‘distinguirem ou desenvolverem’ foi identificada por 81% dos respondentes como sendo a chave para dar resposta a esse sentido de ‘realização’”, avança o comunicado do estudo da empresa.

Na hora de ponderarem um cargo em detrimento de outro, 40% dos inquiridos indicaram a realização pessoal, ou seja, o equilíbrio do trabalho e da vida pessoal, como um dos factores mais importantes a ter em conta. Cerca de 35% apontaram o crescimento e desenvolvimento pessoal.

Os dois factores posicionaram-se acima da compensação e benefícios. “Quase um terço (29%) utilizam as redes sociais no âmbito de tomada de decisões relacionadas com a carreira ou a situação de emprego”, continua o estudo.

“Constatamos que há muitas pessoas insatisfeitas com a sua situação profissional e que estão activamente à procura de novas oportunidades. Outras estão razoavelmente satisfeitas mas procuram um maior envolvimento e realização, pelo que estão disponíveis para abandonar situações que não lhes estejam a proporcionar essa componente”, concluiu Afonso Carvalho no comunicado do estudo da KellyServices.

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