O ministro das Finanças foi hoje confrontado pela oposição com as afirmações onde terá garantido que o corte dos subsídios se aplicava apenas em 2012 e 2013 mas mantém que sempre disse que a reposição seria no fim do programa.
Depois das afirmações do primeiro-ministro, Passos Coelho, numa entrevista publicada esta quarta-feira onde dava conta que os subsídios seriam repostos apenas em 2015, e de forma gradual, porque só poderiam ser depois do fim do programa, Vítor Gaspar foi questionado várias vezes pela oposição sobre a questão.
O ministro até tomou a iniciativa e tentou «esclarecer» a questão logo no discurso de abertura do debate do orçamento rectificativo no Parlamento, mas a oposição lembrou imagens televisivas de arquivo transmitidas quarta-feira nas televisões, onde surgiam Vítor Gaspar e mesmo a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luis Albuquerque, a dizer que a suspensão vigoraria apenas durante dois anos, em 2012 e 2013.
Apesar disso, Vítor Gaspar voltou a dar a mesma resposta.
«Quanto à questão dos subsídios de férias e de natal, só posso repetir o que disse. O período de vigência da suspensão em termos de coincidência com o período do programa de ajustamento está desde o primeiro momento no relatório do Orçamento do Estado para 2012 e foi sempre nesses termos que eu me referi à situação», afirmou novamente.
O ministro, numa terceira intervenção sobre o assunto, disse que «muito vagarosamente» explicaria novamente aos deputados a questão dos subsídios.
«Primeiro ponto, o ano de 2015 é o ano imediatamente consecutivo a 2014. Segundo ponto, o programa de ajustamento está previsto que acabe em 2014, esta data não teve qualquer alteração. Terceiro ponto, a suspensão dos subsídios de natal e de férias foi apresentada no relatório do Orçamento do Estado como a vigorar durante a vigência do programa. Quarto ponto, a temporalidade desta suspensão e aquilo que foi votado nesta Assembleia da República depende da lei do Orçamento do Estado para 2012 que tem vigência anual e sobre estes quatro pontos julgo que não haverá qualquer contestação», disse.
in Sol
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