Manuel, nome fictício, era maltratado quase todos os dias pela mãe. Portador de uma deficiência, o homem, de 30 anos, foi também obrigado a sujeitar-se a actos sexuais na casa onde vivia, no Porto. Os abusos, que começaram em 2009 e duraram sete meses, foram filmados por um outro filho da arguida, esta com 64 anos, que ontem, no início do julgamento no Tribunal de S. João Novo, Porto, negou as acusações.
Nesta altura, Manuel continua a morar sozinho com a mãe. Só há dias é que o Ministério Público pediu que a regulação do poder paternal seja revista.A existência de um vídeo onde a mãe surge a manter actos sexuais com o filho apenas foi ontem referida em tribunal. Um técnico da associação que Manuel frequenta contou aos juízes que um irmão daquele lhe mostrou uma filmagem que tinha feito com o telemóvel. Embora a imagem não tivesse muita qualidade, o que dificulta a identificação dos intervenientes, a testemunha garantiu aos juízes que a voz era a de Manuel e que eram visíveis os actos sexuais.
O tribunal ordenou que o irmão da vítima, que chegou a morar com aquela, seja chamado a depor em tribunal, de forma a explicar o conteúdo das filmagens, que terá ainda em sua posse. A denúncia do caso partiu da mulher do irmão da vítima, mas durante a apresentação da queixa o vídeo não foi referido.
Ontem foram também ouvidas uma psicóloga e duas vizinhas da família.
FONTE: Correio da Manhã
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