13 de fevereiro de 2012

Torturam filha bebé adoptada

Adoptaram uma bebé, mas quando ela tinha três anos começaram a agredi-la. O casal, que tinha já um filho biológico, também menor, infligia maus-tratos diários à criança adoptada e não lhe dava os cuidados de higiene necessários. O Tribunal de Família e Menores retirou-lhes a bebé, mas acabou por devolvê-la um mês depois. E foi então que, inclusive, a mãe partiu um braço da menina. Agora a menor está numa instituição e o seu futuro entregue ao Tribunal da Relação de Lisboa.

Em Novembro de 2010, a bebé deu entrada duas vezes nas urgências do hospital, após reiterados maus-tratos infligidos pelos pais adoptivos. Foi então que o Tribunal de Menores actuou.
Retirou a criança, mas deu uma nova oportunidade à família adoptiva, a quem voltou a entregar a bebé. Os maus-tratos não só continuaram, como pioraram. Num episódio, os bombeiros foram chamados porque a mãe partiu o braço da menina.
"As fracturas tiveram início após a adopção da criança, e os episódios [acidentais] relatados pela mãe não justificam as lesões graves apresentadas. Há uma ausência de relação afectiva entre a criança e os pais", lia-se no relatório que os médicos enviaram ao Ministério Público, a alertar para as agressões.
Em Maio de 2011 a bebé foi colocada numa instituição para ser adoptada por outra família. Entretanto, o casal recorreu para a Relação de Lisboa, que está a avaliar o caso.
Os maus tratos de que a criança era vítima foram descobertos pelos médicos de um hospital de Lisboa, em Julho de 2010. Aperceberam-se de que a bebé tinha vários hematomas no corpo e um corte profundo nos lábios.
Os pais adoptivos disseram que a menina tinha caído, mas em Setembro de 2010 voltou ao hospital com novas marcas. Tinha cicatrizes de lesões antigas, que indicavam outras agressões. A bebé teve de ficar internada vários dias. 

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