15 de março de 2012

Confeitaria cobra 1,5 euros por cada prato vazio a mais

Um almoço para três pessoas ficou 1,5 euros mais caro para a família de Mariana Ruiz quando foi pedido um prato extra (vazio) para o filho de três anos. A história, contada no Facebook pelo marido de Mariana, foi um rastilho para centenas de partilhas de pessoas indignadas. Mas a cobrança do extra é legal e está na lista do estabelecimento há 14 anos, garante o dono. 
O caso passou-se há dias na conhecida Confeitaria do Bolhão, na rua Formosa, na Baixa. Mariana Ruiz foi lá almoçar com a mãe e com o filho e pediram dois pratos do dia, duas meias sopas, uma garrafa de água e dois cafés.
As doses (4,5 euros cada uma) vieram em pequenas travessas. Pediram ainda mais um prato, para o menino partilhar a refeição. Depois de pagar, ao receber a conta de 14,45 euros, repararam, indignadas, que a conta tinha sido acrescida de 1,5 euros por um "prato adicional". "O empregado não nos informou do preço quando pedimos o prato. Já pedi antes um prato extra para o meu filho e nunca me tinham cobrado a mais", disse Mariana ao JN. Não escreveu no livro de reclamações, mas o Facebook pôs a história a circular a grande velocidade.
"Não quero prejudicar o estabelecimento, mas chamar a atenção dos empresários da restauração. Com estas atitudes, ainda afastam mais os clientes nesta altura de crise", afirmou Mariana.

Cobrança existe há anos
O proprietário da Confeitaria do Bolhão, Daniel Rodrigues, explicou que a cobrança do prato adicional é prática da casa há 14 anos, desde que começou a geri-la e existe noutros restaurantes. Na ementa, depois da lista de pratos, está efetivamente a indicação: "Por cada prato adicional usado na refeição será acrescido 1,5 euros".
"Não aumentei os preços quando subiu o IVA. Vendemos o prato do dia muito barato e, às vezes, temos três pessoas a comer do mesmo. Temos mais gastos na lavagem da louça, na cozinha, na organização", explicou o empresário, sublinhando que "foi a primeira vez que alguém reclamou".
"Não vou mudar a minha política porque quem sabe os custos sou eu", disse Daniel Rodrigues ao JN. Tem notado que há mais pessoas a dividir o prato, assim como a pedir apenas sopa e sandes.

in Jornal de Notícias

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