15 de março de 2012

Sócrates “não podia ser carta fora do baralho”

Miguel Boieiro, presidente da Câmara Municipal de Alcochete na altura do arranque do processo de licenciamento do Freeport, disse esta quinta-feira que José Sócrates era ministro do Ambiente e, portanto, tinha de ser ouvido no julgamento, que conheceu esta quinta-feira nova sessão.

“Sempre achei desde o início que ele não podia ser uma carta fora do baralho”, disse à entrada do Tribunal do Barreiro.
Miguel Boieiro explicou, na altura em que era presidente da câmara, que o processo de licenciamento do Freeport estava a ser feito de forma acompanhada entre autarquia e o Ministério do Ambiente. Por isso, estranhou que o licenciamento tenha sido chumbado inicialmente.
Já em 2002, depois de ter saído da presidência da câmara na sequência de derrota eleitoral, Boieiro explicou que também estranhou a aprovação do licenciamento do projecto, “sobretudo pela rapidez e por ter sido muito perto das eleições legislativas” – três dias antes.
“Não posso provar nada mas houve malandrice em termos políticos”, sustentou Miguel Boieiro.
O responsável deu ainda a entender que, dentro do Ministério do Ambiente, houve quem tenha actuado no sentido de favorecer o PS.

in Correio da Manhã

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