7 de março de 2012

Lusoponte "precisou de ser indemnizada" por não ter ficado com portagens

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou, esta quarta-feira, que a Lusoponte "precisou de ser indemnizada" pelo Estado por não ter ficado com a receita das portagens cobradas durante o mês de agosto de 2011.
 
As palavras do chefe do Governo foram proferidas durante o debate quinzenal na Assembleia da República, depois de questionado pelo líder do BE, Francisco Louçã, sobre uma compensação paga pelo Estado à Lusoponte apesar de esta em 2011 ter cobrado portagens no mês de agosto.
Durante o início do debate quinzenal, Passos disse não ter na altura "uma informação categórica para dar", defendendo no entanto que qualquer situação irregular deveria ser corrigida.
Na troca de argumentos com Louçã, o primeiro-ministro disse ter "muita facilidade" em reconhecer que não é "dono de toda a informação".
Mais à frente, o primeiro-ministro disse ter recebido do secretário de Estado dos Transportes a informação de que "precisou de ser indemnizada a Lusoponte" porque a empresa concessionária "não ficou com o resultado das portagens que foram cobradas durante esse mês" e as receitas "foram retidas pelas Estradas de Portugal".
"Veja, senhor deputado, como uma situação que é perfeitamente explicável não é afinal, implicitamente, a que o senhor deputado sugeria", disse Passos, dirigindo-se a Louçã.

Por seu lado, o coordenador bloquista acusou o secretário de Estado de não dizer a verdade e de "enganar" o primeiro-ministro, oferecendo-se para entregar ao primeiro-ministro uma cópia do despacho assinado a 21 de novembro, "que determina o pagamento de 4,4 milhões de euros".
"Eu fico satisfeitíssimo por estar "online' com os membros do seu Governo, mas o seu secretário de Estado não diz a verdade, a Lusoponte cobrou, arrecadou, ficou com o dinheiro, o seu secretário de Estado enganou-o duas vezes", disse.
O coordenador bloquista afirmou ainda estar "espantado com a falta de informação dentro do Governo", afirmando diversas vezes que os membros do executivo "não se entendem".



in JN

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