Pedro Passos Coelho avisou ontem João Proença, líder da UGT, que o novo imposto extraordinário - que será hoje explicado pelo ministro das Finanças ao detalhe - não vai, afinal, taxar rendimentos de capital.
Na prática, isto significa que serão afectados apenas os rendimentos de trabalho e pensões (e rendimentos prediais). E que os dividendos, juros de aplicações financeiras e até as mais-valias, que o ministro Vítor Gaspar chegou a admitir que poderiam ser incluídos, ficarão de fora.
Segundo apurou o DN, Passos Coelho tentou que todos estes rendimentos fossem abrangidos pela nova medida de austeridade - tendo sido travado pelas Finanças. A justificação é de ordem técnica (uma possível inconstitucionalidade), mas também de ordem financeira - nomeadamente a hipótese de fuga de capitais e fragilização adicional do sistema financeiro português, num momento já por si muito delicado.
FONTE: Diário de Notícias
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