Uma menina de dois anos ficou com um cateter alojado no pulso esquerdo depois de ter sido assistida no Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE), em Bragança. O hospital já abriu um inquérito interno.
A denúncia é feita pelo pai da bebé. "A minha filha entrou nas Urgências na madrugada de sexta-feira [22 de Julho] com um quadro de febre alta, tosse e expectoração. Ficou internada e durante a manhã foi transferida para a Pediatria, onde recebeu antibióticos por via venosa, através de um cateter", conta ao CM Paulo Peres.
Quando a filha teve alta no final da manhã e lhe foi retirado o penso do pulso, Paulo Peres percebeu que algo não estava bem. "Reparei que parte do cateter não tinha saído com a gaze, que tinha sangue", diz.
Após insistir com a enfermeira, o homem pediu uma radiografia, que veio revelar que, de facto, e para choque dos pais, o tubo estava no interior do pulso da criança. A menina foi transferida de imediato para o Hospital de S. João, no Porto, para o serviço de cirurgia vascular.
Após duas horas de cirurgia, os médicos também não conseguiram retirar o cateter. "O objecto, demasiado fino, estava difundido com os tecidos do pulso e a sua remoção poderia causar problemas", adianta Paulo Peres. A criança terá agora de aguardar que o tubo seja absorvido pelo organismo. Caso contrário, poderá criar uma infecção no pulso, pelo que terá de ser submetida a uma nova cirurgia.
Para já, a menina não apresenta complicações de saúde, mas os pais querem apurar junto do hospital se houve negligência médica ou algum defeito de fabrico do cateter. O director clínico do CHNE, Sampaio da Veiga, adiantou que já foi instaurado um inquérito para apurar o que aconteceu.
FONTE: Correio da Manhã
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