27 de julho de 2011

Estado deu 2,2 milhões de euros

As contas das eleições presidenciais revelam que a subvenção estatal usada como receita pelos candidatos a Belém totalizou 2,2 milhões de euros. Entre as seis candidaturas, que entregaram os gastos de campanha das eleições de 23 de Janeiro, Cavaco Silva utilizou como receita 294 448,90 euros de subvenção estatal, Manuel Alegre 836 349,28 euros, Fernando Nobre 645 361,86 euros e Francisco Lopes 424 979,06 euros.

Cavaco Silva foi o vencedor e reeleito para segundo mandato, mas também foi quem mais recebeu donativos privados: quase 1,5 milhões de euros, perto do triplo do que tinha estimado antes da campanha. Já Manuel Alegre, com os resultados abaixo das expectativas, terá, até Outubro, de pagar a totalidade de 422 mil euros. De realçar, que a candidatura do poeta tinha calculado 500 mil euros de contribuições partidárias, entre PS e BE, mas só recebeu 310 mil euros. Cavaco Silva conseguiu utilizar apenas 16,2% da subvenção estatal.

Sem subvenção, em virtude dos resultados, Defensor Moura pagou do seu bolso um extra de cerca de 63 mil euros. "Já paguei tudo há três meses", disse ao CM. José Manuel Coelho, apoiado pelo PND, também não teve subvenção, mas sobrou-lhe quase 170 euros. Devolveu-os ao partido ao qual já não pertence.

MULTAS POR CONTAS DE 2006

A auditoria às contas dos partidos de 2006 ditou multas às várias forças partidárias e respectivos responsáveis financeiros. O acórdão do Tribunal Constitucional foi ontem publicado em Diário República e poucos escapam às irregularidades. De realçar que entre os dirigentes do PSD referidos no acórdão, alguns são hoje governantes, como é o caso de Miguel Macedo, então secretário-geral e que pagará uma multa por ter sido o responsável financeiro na liderança de Luís Marques Mendes. Hoje é ministro da Administração Interna. Tanto o CDS, como o PCP e Bloco foram multados.

FONTE: Correio da Manhã

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