A despesa com salários de cinco ministérios não cumpre a redução média de 5% exigida pelas Finanças.
Um quarto da despesa total do Estado com salários não está a cair ao ritmo esperado. Em cinco ministérios, os gastos com remunerações certas e permanentes nos primeiros seis meses do ano contraíram-se menos do que 5% - o valor do corte médio que está a ser aplicado aos salários de todos os funcionários públicos com remunerações acima dos 1.500 euros mensais. Os números constam do boletim da Direcção-geral do Orçamento (DGO), divulgado na quarta-feira.
No arranque deste ano, todos os funcionários públicos com vencimentos acima dos 1.500 euros mensais sofreram uma redução salarial entre 3,5% e 10%. O objectivo era atingir, pelo menos, uma redução média de 5% nos gastos com pessoal do Estado. Somando a este efeito a redução que está prevista para o número de trabalhadores do sector público, a contracção da despesa com remunerações certas e permanentes deveria alcançar os 10,7%, previa o relatório do Orçamento do Estado para este ano.
Contudo, os números divulgados pela DGO estão longe desta realidade. As pastas de Encargos Gerais do Estado, Presidência do Conselho de Ministros, Defesa, Administração Interna e Cultura apresentam uma evolução dos gastos com remunerações certas e permanentes que fica longe, sequer, do corte médio de 5%. A despesa com salários destes cinco ministérios até Junho ultrapassou os mil milhões de euros - o que representa 25,9% do total de despesas com vencimentos verificado até metade do ano. No total, os gastos desta rubrica estão a cair 6,6%, um valor que supera a média de 5% do corte de salários, mas que fica muito aquém da previsão inscrita no OE/2011.
FONTE: Jornal Económico
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