Polícia nunca entregou a carta de condução numa esquadra, o que levantou suspeitas.
Um chefe da PSP, colocado na esquadra da Pontinha, Odivelas, está a ser investigado internamente por ter trabalhado com uma carta de condução falsa. O inquérito foi desencadeado após um acidente de viação, tendo-se constatado que o chefe Paulino (elemento policial visado pela investigação) tinha uma licença de condução com o mesmo número de série de um civil residente em Ermesinde.
Esta é a terceira situação do género envolvendo polícias despoletada nos últimos dias. A primeira ocorreu em Vila do Conde, onde se descobriu que um agente com cerca de 50 anos andou anos a conduzir carros-patrulha sem carta. O segundo caso ocorreu em Aveiro, onde um polícia chegou a conduzir viaturas do comandante distrital da PSP sem ter qualquer licença.
Os contornos do caso que envolve o chefe Paulino, colocado na divisão policial de Loures, foram descobertos no final do ano passado. O graduado da PSP teve um acidente, num dia de folga, com uma viatura particular. Apanhado sem carta, foi intimado por colegas a apresentá-la numa esquadra. O CM sabe que o chefe Paulino nunca chegou a entregar a carta, o que levantou suspeitas.
Colocado na esquadra de Loures, o graduado teve então de mostrar os documentos por ordem superior, notando-se que a licença do chefe Paulino tinha o mesmo número de série de um condutor de Ermesinde. Além disso, a data de expiração do documento coincidia com o nascimento do titular. Por lei, essa data tem sempre de ser um dia após o aniversário.
Foi instaurado inquérito para apurar se o visado trabalhou com uma carta de condução falsa. Entretanto, o chefe Paulino foi transferido para a esquadra de Moscavide e depois para a Pontinha, onde começou ontem a prestar serviço.
O graduado afirma que o erro deve ser imputado ao Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres, entidade emissora da carta.
FONTE: Correio da Manhã
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