1 de julho de 2011

Crianças 'gulosas' podem não ficar obesas

Trata-se de uma afirmação espantosa e que contraria todos as regras nutricionais até agora conhecidas: segundo um estudo realizado nos Estados Unidos, comer doces pode evitar que os seus filhos fiquem acima do peso ideal ou até que se tornem obesos.

O estudo, publicado na revista 'Food and Nutrition Research', mostrou que as crianças que regularmente comiam chocolate e outros doces são significativamente menos propensas a serem obesas ou a ficarem acima do peso do que aqueles que não mantêm esses hábitos alimentares.

O efeito, aparentemente, estende-se também aos adolescentes, tendo-se verificado que os que comem doces são ainda mais propensos a serem magros.

A descoberta, que contradiz as teorias que afirmavam que os doces não só eram prejudiciais aos dentes, mas também ao corpo, pode agora facilitar a vida dos pais que se esforçam para manter os filhos longe do açúcar.

Investigadores da Universidade Estadual do Louisiana monitorizaram mais de 11 mil crianças e jovens entre os 2 e os 18 anos durante 5 anos, de 1999 a 2004.

Os dados, agora divulgados, mostraram que as crianças que comiam doces eram 22% menos propensos a estar acima do peso ou a se tornarem obesas do que aqueles que se mantiveram afastados da tentação da gula.

Entre os adolescentes, um número ainda maior, 26%, tinham mais chances de pesar menos do que os colegas que não comiam doces.

Em todas as idades analisadas, havia também níveis menores da proteína C-reativa nas crianças que comiam doces. Os médicos acreditam que os altos níveis desta substância no organismo estão ligados a um maior risco de problemas cardíacos e a outras doenças crónicas.

A investigadora Carol O'Neil, que coordenou o estudo, afirmou ao 'Daily Mail' que "o estudo ilustra que crianças e adolescentes que consomem doces são menos propensos a ultrapassarem o peso saudável ou a serem obesos."

"No entanto, os resultados não devem ser entendidos como um livre passe para o consumo de doces. Esse tipo de alimento não deve substituir os nutrientes indispensáveis a uma boa dieta e deve ser apreciado com moderação", acrescentou.

FONTE: Correio da Manhã

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