"O
montante de 600 milhões de euros destina-se a fazer face, até 15 de
Fevereiro de 2012, ao aumento de capital do Banco Português de Negócios
(BPN) acordado no âmbito do processo de privatização daquele banco",
lê-se na resposta enviada ao deputado do Bloco de Esquerda Pedro Filipe
Soares, a que a Agência Lusa teve acesso.
A
resposta de Luís Morais Sarmento surge no âmbito de uma questão colocada
pelo deputado bloquista durante a sua audição no Parlamento sobre a
execução orçamental de 2011, a 25 de Janeiro.
Na
altura, Pedro Filipe Soares questionou o secretário de Estado sobre as
entidades beneficiárias dos montantes de 746,8 milhões de euros de
despesa com execução de garantias e com dotações de capital a
instituições de crédito.
Na resposta enviada hoje
ao deputado, o governante explica que, daquele valor, "146,6 milhões de
euros respeitam a execução de garantias de empréstimos obrigacionistas
da Parvalorem, S.A. (111,7 milhões de euros) e da Parups, S.A. (35,1
milhões de euros)".
Os restantes "600 milhões de
euros destinam-se a fazer face a um aumento de capital do BPN a realizar
até 15 de Fevereiro do corrente ano", acrescenta Luís Morais Sarmento.
A
9 de Dezembro do ano passado, foi assinado o acordo para a compra do
BPN pelo BIC, tendo o banco de capitais luso-angolanos pago 10 milhões
de euros pela operação, o que equivale a 25 por cento do valor total do
negócio, que ascende a 40 milhões de euros.
O
Banco BIC pagará mais do que o preço acordado pelo BPN (40 milhões de
euros) se ao fim de cinco anos os lucros acumulados excederem 60 milhões
de euros.
FONTE: Correio da Manhã
Nenhum comentário:
Postar um comentário