Em
comunicado, a Águas de Barcelos acrescenta que o tribunal fixou ainda
uma prestação anual de 5,89 milhões de euros a pagar pela Câmara à
empresa, desde de 2010 até ao termo da concessão (2035).
"A
referida sentença vem, assim, confirmar que a Águas de Barcelos tem
cumprido com as obrigações previstas no contrato de concessão, que visa a
instalação de infra-estruturas e a exploração e gestão dos sistemas
públicos de abastecimento de água e saneamento no concelho de Barcelos",
sublinha o comunicado.
Em Outubro, líder do PS de Barcelos, Domingos Pereira, que é também vice-presidente da Câmara, denunciou o negócio "ruinoso e absolutamente catastrófico" firmado pelo anterior executivo (PSD), quando concessionou a privados a exploração das redes de água e saneamento do concelho.
Em Outubro, líder do PS de Barcelos, Domingos Pereira, que é também vice-presidente da Câmara, denunciou o negócio "ruinoso e absolutamente catastrófico" firmado pelo anterior executivo (PSD), quando concessionou a privados a exploração das redes de água e saneamento do concelho.
"A empresa
Águas de Barcelos alega que está a facturar menos do que o previsto
aquando da assinatura do contrato de concessão e exige ser indemnizada
pela Câmara", explicou.
Na campanha eleitoral, o
PS prometeu baixar em 50 por cento o preço da água e do saneamento no
concelho, tendo até o presidente eleito, Miguel Costa Gomes, garantido
que essa seria "a primeira medida" do seu executivo.
No entanto, até ao momento essa promessa ainda não foi cumprida, mantendo-se o mesmo preço da água e do saneamento.
A
actual Câmara pretende reaver a gestão da água e do saneamento, mas
esbarrou numa cláusula do contrato de concessão que preconiza o
pagamento de quase 200 milhões de euros de indemnização à Águas de
Barcelos.
Um valor que Domingos Pereira diz ser "impensável" para os cofres municipais.
O
líder local do PS diz que a esperança reside num eventual pedido de
nulidade do contrato de concessão que possa vir a ser feito por parte da
Administração Geral da Administração Local (IGAL), entidade que já
sindicou o dossiê.
"Com aquele contrato, todo o
risco fica do lado da Câmara. Não dá lucro, a Câmara paga. Em
contrapartida, o privado fica com todas as regalias. Parece haver aqui
manifesta violação das normas de um contrato", explicou.
FONTE: Correio da Manhã
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