18 de janeiro de 2012

Crise obriga clínicos a sair

Salários baixos, impostos elevados, falta de perspectivas de progressão na carreira, desemprego e a crise económica que o País atravessa são os principais motivos que levaram 280 médicos e 420 enfermeiros e técnicos de saúde a apresentar, em apenas dois dias, candidaturas para trabalhar em França. O recrutamento prossegue hoje e amanhã, na Alliance Française, em Lisboa.


A afluência de candidatos foi tão elevada que a empresa de recrutamento francesa – Arime – decidiu prolongar a admissão de candidaturas por mais um dia e meio.
Luís Costa, enfermeiro de reabilitação, e a mulher, Ana Vicente, médica interna, ambos de 34 anos, não colocam a hipótese de trabalhar em Portugal. No último ano e meio, estiveram a trabalhar em Angola. "Os salários mais altos em França não são o único atractivo. Cá pagam-se muitos impostos", referiu Luís Costa. Ana Vicente diz que trabalhar no estrangeiro é "atractivo", pela experiência que proporciona.
Já Catarina Fernandes, 23 anos, técnica de radiologia, está mais desesperada. Desempregada, não consegue trabalho desde Agosto de 2011, apesar do envio do currículo para "todas as unidades de saúde" do País. Sophie Leroy, directora da Arime, não avança com o número de vagas a preencher, mas admite voltar a recrutar em Portugal.

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