Em
declarações à Lusa, José Passos, presidente da Associação de dadores de
sangue de Viana do Castelo, afirmou que naquele distrito algumas
das colheitas, nomeadamente as previstas para os próximos 15 dias, estão
suspensas.
No entanto, ao Correio da Manhã,
António Mesquita, da associação de dadores de Meadela, explicou que "o
distrito não está suspenso e vai continuar as recolhas", dizendo que
outros como os de Paredes de Coura ou Ponte de Lima também seguem com as
acções previstas.
Apesar disso, à Lusa, José
Passos, porta-voz do Movimento das Associações de Dadores de Sangue, tem
a informação de que "muitas outras associações no País vão aderir ao
protesto".
"Não vamos obviamente dizer
às pessoas para não darem sangue, mas a associação não vai fazer
qualquer sensibilização e nos dias das colheitas vai dizer ao centro
regional da zona para não fazer a colheita, porque as pessoas não vão
estar sensibilizadas para a iniciativa", afirmou.
"Esta
medida [fim da isenção de pagamento de taxas moderadoras] foi uma
machadada nos poucos incentivos que há. Trabalhamos junto da população
para que cada vez haja mais gente a dar sangue. Nada lhes oferecem e até
as taxas moderadoras lhes tiraram", lamentou, sublinhando que há
"pessoas que até pagavam o seu próprio transporte para ir dar sangue".
O
responsável acredita que com este protesto vai haver uma grande quebra
nas dádivas e lembra que assim que saiu o decreto, "as pessoas começaram
logo a não dar sangue", sem ser necessária qualquer iniciativa por
parte das associações.FONTE: Correio da Manhã
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