15 de janeiro de 2012

Polícia ‘desmonta’ mentiras de Lima

O radar de trânsito junto ao desvio para Maricá indica que o automóvel de Duarte Lima passou ali a 99 km/hora, às 21h30. Se tivesse feito a curva de 90 graus, "àquela velocidade, pelas leis da Física, era morte certa", diz ao CM fonte policial, conforme consta do relatório final. Mas foi naquela cidade que o advogado disse ter deixado Rosalina Ribeiro com uma Gisele.

Só que nenhuma das 300 cadastradas com o mesmo nome, investigadas, pode ter estado com a portuguesa. O carro seguiu assim para Saquarema, a 30 minutos, onde a polícia diz ter provas, no processo, de que Lima abateu a vítima na estrada principal. O primeiro dos dois tiros foi ainda disparado no interior do carro alugado - com a porta do lado do pendura aberta.
Ao fim de uma hora, às 22h30 de 7 de Dezembro de 2009, o carro é novamente apanhado por um radar perto do desvio para Maricá, mas numa estrada paralela, a 100 km/hora. "Há provas científicas da impossibilidade de ter ido a Maricá - logo Lima mentiu - e do momento da execução". Depois, "nada na reconstituição que o advogado fez da noite do crime faz sentido".
Ficou num hotel de cinco estrelas no Rio, Sofitel, e não usou a garagem para estacionar o carro. Veículo que, quando entregou na empresa de aluguer, no regresso a Belo Horizonte, já ia lavado por si. "Um milionário dá-se ao trabalho de ser ele a lavar o carro quando a empresa cobra 30 reais [12,5 euros] para o fazer". "Foi apanhado noutra mentira quando disse que foi buscar Rosalina a casa e a levou, a seu pedido, a uma lanchonete. Não levou a senhora ao restaurante de luxo Alcaparra, onde ela garantiu às amigas que iria com Lima. Preferiu levá-la a uma simples lanchonete, no bairro do Flamengo, onde nunca há lugar para estacionar o carro. Mas ele lá conseguiu. Homem de sorte..."

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