Os
trabalhadores aposentados da CGD, cujo fundo de pensões foi transferido
para o Estado em 2004, já tinham ameaçado recorrer aos tribunais caso
não recebessem 14 meses de pensões depois de os reformados dos bancos
privados, que foram integrados na Segurança Social desde 1 de Janeiro,
terem conseguido manter os direitos acordados em contratação colectiva,
inclusivamente o pagamento dos 13.º e 14.º meses.
Em
2004, a transferência do fundo de pensões da CGD rendeu aos cofres do
Estado 2,4 mil milhões de euros no imediato. Segundo disse então à Lusa
então João Lopes, presidente do Sindicado dos Trabalhadores do Grupo
Caixa, todos os pensionistas e trabalhadores "receberam [na altura] uma
carta da Caixa Geral de Aposentações a assumir que receberiam
integralmente os 14 meses".
"Os fundos de
pensões da CGD foram enviados com 14 meses e agora só querem pagar 12",
afirmou então o sindicalista, que já prometia ir para tribunal caso isso
acontecesse.
Em reacção a essa notícia, o
ministério das Finanças disse então à Lusa apenas que "quem está na
Caixa Geral de Aposentações tem corte".
O não
pagamento dos subsídios aos pensionistas da CGD, que acontece todos os
anos a 19 de Janeiro juntamente com a pensão de reforma, confirmou a
perspectiva de que estes pensionistas não teriam regime de excepção.
"A
partir de hoje já podemos levar a tribunal a questão dos aposentados e
estamos mesmo a ponderar levar a Bruxelas ao Tribunal Europeu. Como é
possível retirar o dinheiro em 2005 para pagar o défice de 2004 e agora
retirar novamente esse dinheiro para pagar este défice?", questionou o
dirigente sindical.
FONTE: Correio da Manhã
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