Joaquim
Esperancinha, António Lérias e João Lourenço, nomeados pelo ministro da
Saúde Paulo Macedo, ocupavam os cargos de director-geral, director
administrativo e financeiro e ainda de director de marketing e vendas. O
primeiro é licenciado em Engenharia Electrotécnica, o segundo em
Organização e Gestão de Empresas e o terceiro tem um MBA (mestrado) em
Gestão de Empresas.
João Semedo, deputado do Bloco
de Esquerda, afirma que a escolha da equipa é "caricata". "A escolha
deve ter um carácter pessoal, apesar de o Governo ter dito que ia
avançar com os concursos". A deputada socialista Luísa Salgueiro
considera a "circunstância bizarra".
Pilar
Vicente, da Federação Nacional dos Médicos, considera "muito estranho
este tipo de nomeações, apesar de terem saído directivas do Governo a
insistir na necessidade dos concursos".
Fonte do
gabinete de Comunicação do Ministério da Saúde afirma que a abertura de
concurso público se "destina à administração directa do Estado
[institutos e direcções-gerais] e não inclui os hospitais com gestão
privada [EPE]". A mesma fonte referiu que o ministério não se pronuncia
acerca do facto de os três gestores terem saído da mesma empresa.
"PIOR DO QUE IMAGINAVA"
Joaquim
Esperancinha, presidente do conselho de administração do Centro
Hospitalar do Médio Tejo desde 24 de Novembro, e António Lérias, novo
vogal da mesma unidade, já tinham ocupado as mesmas funções no CHMT: o
primeiro entre 2002 e 2005 e o segundo de 2004 a 2006.
Segundo
Joaquim Esperancinha, os dois vogais que o acompanharam da Lusofane
foram convidados com a autorização do ministro da Saúde, Paulo Macedo.
"Esta
equipa deu bons resultados. Quando chegámos, em 2002, encontrámos um
défice de 30 milhões de euros e saímos, em 2005, com um défice de quatro
milhões de euros", afirma Esperancinha, que encontrou no Centro
Hospitalar do Médio Tejo um cenário "pior do que imaginava".
FONTE: Correio da Manhã
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