9 de novembro de 2011

“Tapei-lhe a boca e atirei-a ao poço”

"Tapei-lhe a boca e atirei-a ao poço, por causa dos cães". Foram estas palavras que a testemunha David Carvalho afirmou ontem, no Tribunal de Gaia, ter ouvido de Afonso Evaristo, acusado do homicídio da antiga freira, Maria da Conceição Pessoa, de 66 anos, em Novembro de 2008. Tudo porque Afonso queria comprar a casa de Conceição mas a vítima nunca baixou o preço.

O Tribunal iniciou a repetição do julgamento do homem que tinha sido absolvido no ano passado. A Relação do Porto defende que as escutas deveriam ter sido valoradas e ordenou a repetição do julgamento.
Recorde-se que o arguido foi ilibado, mesmo depois de ter confessado o crime ao juiz de instrução criminal. Isto já que, em julgamento, optou pelo silêncio e de nada valeram as confissões em fase de instrução e através de telemóvel para pessoas que lhe eram próximas. "A senhora recebeu uma mensagem do Afonso a falar sobre o crime?", perguntou ontem a juíza à ex-namorada do arguido, Raquel, que respondeu que não se recordava. "Está com falta de memória, eu mostro-lhe", continuou a juíza, confrontando a testemunha com a exibição da SMS que o arguido lhe tinha enviado, afirmando que tapou a boca da vítima por várias vezes.
Depois de asfixiar a ex-freira e professora reformada até à morte, Afonso terá incendiado o carro da mesma. O arguido terá ainda tentado levantar dinheiro das contas da mulher. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário