Criado no verão de 2011, o Movimento pela reutilização dos livros escolares conta já com 60 bancos de recolha e troca gratuita de manuais espalhados pelo país e deseja que o Governo regule rapidamente o empréstimo destes livros.
Fundado pelo explicador do Porto Henrique Trigueiros Cunha, em agosto do ano passado, através da rede social Facebook, o Movimento tem como "único objetivo tornar a reutilização de livros escolares uma prática universal em Portugal".
Pelas contas deste explicador de matemática, se o Governo avançasse com a regulamentação do empréstimo de livros escolares poderia poupar "105 milhões de euros em três anos".
"Como é que num país falido o Estado contínua a gastar milhões de euros por ano com a compra de livros escolares para famílias que recebem apoios da ação social", questionou, lembrando que a realidade portuguesa "é única na Europa, porque em todos os outros países, a começar pela Noruega, há um sistema formal ou informal que promove a troca de manuais".
Henrique Cunha classificou o Movimento como "um sucesso", afirmando que, mais do que estar a ajudar as famílias que têm dificuldades económicas, este movimento pretende incentivar a troca e mostrar que tal é possível e simples.
"Nunca imaginei que o Movimento crescesse como cresceu", confidenciou à Lusa o promotor, desconhecendo os milhares de livros que foram já movimentados.
Na sua opinião, "ou Portugal está em crise para tudo ou não está em crise para nada" e a troca de manuais "é uma evidência", sendo por isso mesmo que o movimento cresceu tão depressa.
Nos bancos de troca gratuita de livros espalhados um pouco por todo o país, e já nos Açores, não há reservas nem se aceitam listas, porque os voluntários chegaram "a um ponto comum: ao princípio do valor acrescentado zero".
"Compete ao Governo encontrar a solução. A minha iniciativa é apenas a de alertar, mostrar que eu e mais 60 bancos de recolha e troca de manuais escolares queremos muito falar sobre a reutilização dos livros", frisou.
Para Henrique Cunha, é evidente que todas as famílias que têm que comprar manuais escolares questionam o porquê de gastar dinheiro em livros que não servem para mais nada.
"Este é um problema de educação e penso que só um embaraço pode estar a atrasar a regulamentação" do empréstimo dos manuais, disse.
Henrique Cunha referiu que, desde meados de junho, o número de visitas à página do Movimento no Facebook e na internet (reutilizar.org) "subiu vertiginosamente", considerando que este sinal traduz as preocupações dos encarregados de educação em preparar o arranque do próximo ano letivo.
"Estamos a receber cerca de 50 mil visitas por dia", disse, referindo ainda que são as mulheres quem mais visitam as páginas.
Para o fundador, o movimento é uma forma de "dar um bocadinho do tempo a uma causa", que conta já com o apoio de diversas autarquias, como Faro, Vale de Cambra e Vila Franca de Xira.
São aceites livros escolares do 1.º ano ao 12.º ano, sendo que o promotor apela aos "universitários a entregarem os seus livros do secundário", porque são os que mais rareiam nas prateleiras dos bancos.
Em setembro de 2011, a Assembleia da República recomendou ao Governo a regulamentação para o empréstimo de livros escolares.
Pelas contas deste explicador de matemática, se o Governo avançasse com a regulamentação do empréstimo de livros escolares poderia poupar "105 milhões de euros em três anos".
"Como é que num país falido o Estado contínua a gastar milhões de euros por ano com a compra de livros escolares para famílias que recebem apoios da ação social", questionou, lembrando que a realidade portuguesa "é única na Europa, porque em todos os outros países, a começar pela Noruega, há um sistema formal ou informal que promove a troca de manuais".
Henrique Cunha classificou o Movimento como "um sucesso", afirmando que, mais do que estar a ajudar as famílias que têm dificuldades económicas, este movimento pretende incentivar a troca e mostrar que tal é possível e simples.
"Nunca imaginei que o Movimento crescesse como cresceu", confidenciou à Lusa o promotor, desconhecendo os milhares de livros que foram já movimentados.
Na sua opinião, "ou Portugal está em crise para tudo ou não está em crise para nada" e a troca de manuais "é uma evidência", sendo por isso mesmo que o movimento cresceu tão depressa.
Nos bancos de troca gratuita de livros espalhados um pouco por todo o país, e já nos Açores, não há reservas nem se aceitam listas, porque os voluntários chegaram "a um ponto comum: ao princípio do valor acrescentado zero".
"Compete ao Governo encontrar a solução. A minha iniciativa é apenas a de alertar, mostrar que eu e mais 60 bancos de recolha e troca de manuais escolares queremos muito falar sobre a reutilização dos livros", frisou.
Para Henrique Cunha, é evidente que todas as famílias que têm que comprar manuais escolares questionam o porquê de gastar dinheiro em livros que não servem para mais nada.
"Este é um problema de educação e penso que só um embaraço pode estar a atrasar a regulamentação" do empréstimo dos manuais, disse.
Henrique Cunha referiu que, desde meados de junho, o número de visitas à página do Movimento no Facebook e na internet (reutilizar.org) "subiu vertiginosamente", considerando que este sinal traduz as preocupações dos encarregados de educação em preparar o arranque do próximo ano letivo.
"Estamos a receber cerca de 50 mil visitas por dia", disse, referindo ainda que são as mulheres quem mais visitam as páginas.
Para o fundador, o movimento é uma forma de "dar um bocadinho do tempo a uma causa", que conta já com o apoio de diversas autarquias, como Faro, Vale de Cambra e Vila Franca de Xira.
São aceites livros escolares do 1.º ano ao 12.º ano, sendo que o promotor apela aos "universitários a entregarem os seus livros do secundário", porque são os que mais rareiam nas prateleiras dos bancos.
Em setembro de 2011, a Assembleia da República recomendou ao Governo a regulamentação para o empréstimo de livros escolares.
Empréstimo de manuais pouparia 105 milhões ao Estado - Portugal - DN
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