Este acordo pressupõe que os médicos passem de 35 para 40 horas de trabalho e que façam 18 horas por semana nas Urgências, em vez de 12 por um salário de 2746 euros brutos, o que corresponde a um aumento de 25,9%. A conta é simples de fazer: actualmente, um médico em início de carreira recebe 1853 euros, mas uma vez que vai passar a fazer mais cinco horas deveria auferir 2180 euros. No entanto, o Governo está disponível para pagar mais 566 euros.
Fonte ligada ao Governo garante que o Ministério da Saúde não ultrapassará o orçamento, uma vez que poupa nas horas extraordinárias. Segundo a mesma fonte, "as horas que os médicos agora vão fazer a mais eram antigamente feitas como horas extraordinárias e pagas como tal". Isto porque, na mesa das negociações, está também uma redução de 50% do valor pago por hora no trabalho extraordinário.
Quem também minimiza são os médicos, que garantem não se tratar de um aumento de salário. Argumentam que se trata de algo novo, que não estava regulamentado. Adiantam que fazem mais horas nas Urgências e menos horas extras desde o ano passado, altura em que o Ministério da Saúde deu orientações aos hospitais para cortarem no trabalho extra.
Sobre o número de doentes que o ministério quer que os médicos de família vejam, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) alerta para alguns riscos: "A proposta apresentada afectará a qualidade da prática clínica [...] com a inerente repercussão na relação médico-paciente." As negociações continuam dia 9.
5 horas rendem 566 € a médicos - Saúde - Correio da Manhã
Nenhum comentário:
Postar um comentário