18 de outubro de 2012

Governo pode estar a preparar taxa progressiva no IMI semelhante à do IRS


A aplicação de uma taxa de 1% sobre o valor patrimonial tributário dos imóveis de luxo (acima de um milhão de euros), prevista na proposta de Orçamento do Estado para 2013, pode ser "apenas o início da tributação progressiva no IMI", à semelhança do que já acontece no IRS.


Isto mesmo foi defendido hoje numa conferência na Universidade Católica de Lisboa por Manuel Anselmo Torres, que não tem dúvidas de que "o Governo já percebeu que o património é uma excelente fonte de receitas para o Estado".
"Preparem-se porque é só por aí que o Governo vai conseguir arrecadar mais impostos no próximo ano e nos seguintes", avisou Manuel Anselmo Torres.
Na sua opinião, o Governo pode vir a criar um escalonamento do IMI, de forma a que quanto mais alto for o valor do imóvel, mais alta seja a taxa a pagar. E vai mesmo mais longe, antevendo que para quem tem mais do que um imóvel, o valor tributável possa ser calculado pelo conjunto e não individualmente.
O presidente da Associação dos Proprietários de Lisboa (ALP), Luís Menezes Leitão, também considera que o chamado "imposto de selo" para os imóveis de luxo foi "a ideia que surgiu  para ir buscar mais dinheiro", quando tudo o resto estava esgotado. E disse, na mesma conferência na Universidade Católica,  que "o resultado vai ser a morte do setor de imóveis de luxo, que podia atrair ao País muitos investidores estrangeiros".
Sem contar que prédios não estejam em propriedade horizontal "facilmente podem atingir um milhão de euros, muitas vezes com rendas antigas congeladas, o que dará lugar a situações dramáticas", lembrou Menezes Leitão.
O presidente da APL receia que o resultado do OE 2013 seja "um seríssimo problema social" e já não tem ilusões quanto à "explosão muita séria em cima da mesa que é o IMI"

Governo pode estar a preparar taxa progressiva no IMI semelhante à do IRS - Dinheiro Vivo

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