30 de outubro de 2012

Portugueses pagam poucos impostos mas também recebem menos do Estado

Em relação à média da zona euro, os portugueses pagam menos impostos, mas em termos de gastos em apoios sociais e Saúde, o Estado português também é dos que gasta menos, conclui o Jornal de Negócios. As áreas mais dispendiosas para o Estado são a Educação, Defesa e Segurança, que na média da zona euro só são ultrapassadas pelo Chipre.

Recordando a intervenção do ministro das Finanças na passada sexta-feira, nas jornadas parlamentares da coligação PSD/CDS, que disse existir, “aparentemente, um enorme desvio entre o que os portugueses acham que devem ter como funções do Estado e os impostos que estão dispostos a pagar”, o Jornal de Negócios foi tentar perceber qual o gasto da média dos países da Zona Euro com os seus contribuintes e o que estes dão em troca.
A conclusão, baseada em dados do Eurostat relativos a 2010, é de que a receita de impostos cobrada pelo Governo português é inferior à média da zona euro mas, ao mesmo tempo, em relação a prestações sociais e à Saúde, o Estado português está abaixo da média dos parceiros comunitários.
O Jornal de Negócios apresenta os dados: no caso da receita fiscal, em 2010, Portugal arrecadou 31,5% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que a média dos países do euro foi de 36,4%; mas, em relação aos apoios sociais, o Estado gastou 18,7% do PIB, bem abaixo dos 20,5% da média da Zona Euro, e o mesmo aconteceu em relação à Saúde, com uma despesa equivalente a 7% do PIB, fase aos 7,5% da média comunitária.
Só nas áreas da Educação, Defesa e da Segurança, Portugal está acima da média da Zona Euro, sendo que nas duas últimas só é superado pelo Chipre, sublinha o jornal.
No entanto, é previsível que no próximo ano esta balança fique mais desequilibrada, afectando mais o bolso dos portugueses, tendo em conta o aumento de impostos e os cortes previstos, sobretudo nos apoios sociais.

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